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sexta-feira, 25 de maio de 2007

De Julio Teixeira de Lima

25/05/2007 Retrato do Renato


Retrato do Renato

Quem esquece não cresce, não cresce, não cresce...
Quem esquece não vai e não fica senão cai tropica
E não sai do lugar...

Quem esquece não sabe o que é não sabe onde foi
Hoje ou amanhã não sabe se é agora ou depois
E não passa daqui.

Quem esquece não sabe de nada se fosso ou estrada
Só sabe dormir; quem esquece se esquece
E não sabe aonde ir.

Quem esquece desmerece desconhece não sabe daqui
É um louco que vive por pouco e, a saber, tão pouco
Ou nada de si...

É um louco que vive por pouco
Não sofre e tampouco sabe o que é viver
Contudo e, porém viver por viver
É melhor também não saber por que
É um louco que vive por pouco
Ou por quase nada... Sem saber tampouco
O que é um fosso o que é uma estrada...


Esta é uma pequena homenagem que eu faço em música a uma viagem inútil que eu fiz de Porto para Palmas.

Mas serve também para ilustrar bem ilustrado o nível médio de compromisso do homem para com outro homem numa relação profissional.

Não fosse essa relação de trabalho artístico, ainda vá lá, mas sendo um projeto que requer responsabilidade e presteza, a parte falha merece mesmo ser retratada assim,
pois é verdade, quem esquece não merece nem carece se lembrar... (riso)

Existem muitas formas de criticar, mas só uma crítica deve ser feita: aquela que constrói.

Ainda que às vezes e muito especialmente neste momento seja necessário ser destrutiva, para destruir aqueles outros que querem destruir a nação.

Engana-se quem pensar que o Brasil do PAC é sério; senão que é um projeto para sofrer muitos outros inúmeros projetos e desvios, como os que estão perenemente acontecendo; mas naturalmente estavam previstos no orçamento do PAC.

Segundo famoso ministro, a corrupção tem níveis e teríamos que trazê-la para um nível tolerável... Ou aceitável. Não me lembro bem.

Os supermercados, por exemplo, têm uma cota para compensar os pequenos roubos...

E eles, do governo levam isso muito a sério, e já contabilizam do provável prejuízo cota de sessenta por cento, que é pra não haver surpresas desagradáveis, na hora de fazer as contas.

Senão, como? Do céu cai dinheiro pra comprar fazendas, gado, muito gado e usinas de álcool? Uma delas diz a fonte chamar-se Galo Bravo.

E as mortes? Houve a morte de muitos deles e eles que prendem todos e a tudo descobrem através da sua polícia, não descobrem os algozes dos seus companheiros?

Nem para isso se empenham, e estão sempre repetindo que foi crime comum...

Se fosse do outro lado, tapa valeria um tiro. Mas os tiros nos deles passam por ser um tirinho num assalto banal e atirou-se por inexperiência. Ou talvez até por medo! Coitados dos assassinos!

Até parece que querem impedir que se apure a verdade!

Já disse aqui e vou repetir, mas agora em outro sentido: Há de chegar o tempo em que eles terão de “desenforcar as sombras”.



publicado por Júlio Teixeira de Lima | 17:56






24/05/2007 NOTURNO AMANHECER


“Nem sempre o amanhecer acontece pela manhã, nem o anoitecer é aquele avermelhado escurecer em penumbra enfumaçada à noite... Há momentos em que anoitece ao amanhecer, o que não é bom, porque terá saído da noite uma alma entristecida, sem vontade de abrir os olhos para um desejoso despertar. E ainda que não houvesse trágicas lembranças, o desassossego impõe ao amanhecer um noturno fim de outono já com os pés a entrar no inverno.

É quando não mais que um amargor na boca se pode oferecer à rima, porque não houvera sonhos belos para celebrar a alma. Quem dera florescesse ao menos um lampejo de esperança, ou mesmo um sonho! E do mais alto de mim pudesse esperançar a ela!

Ah se houvesse no horizonte ainda primaveras, que afastassem este infernal calor do meio dia à noite! Senão já o rigoroso frio ao meio dia em pleno deserto abrasador!

Quem dera tanta gravidade não levasse às lágrimas, que a membros físicos e a mentais instrumentos tanto enferrujam! Tomara não fossem farrapos estes com que meu ser reveste a alma, neste entardecer de outono já de inverno! Mas o tempo inclemente impõe a sua lei e passa sem se importar com as flores despetaladas da já tombada primavera; nem o rigoroso frio do já pleno inverno a esse inclemente tempo sensibiliza”.

Foi assim que o sonho terminou, quando o forasteiro metido a poeta despertou ao encerrar a visita que fizera ao núcleo do poder central.





publicado por Júlio Teixeira de Lima | 13:14






21/05/2007 QUE PODRIDÃO!


Este grito em desabafo editado pelo Grupo Militar Guararapes, é aqui reproduzido na integra
como alerta devido o caminho que o Brasil está tomando...

“Doc. Nº. 48/2007

O que o GRUPO GUARARAPES pode fazer? Já usamos todas as palavras possíveis para expressar nossa revolta, nossa indignação e até a nossa vergonha de viver no Brasil atual. O pior, ou o que, também, nos repugna, é que já se observa um estranho silêncio da sociedade brasileira. Nossos artigos são lidos com interesse, mas de vez enquanto, um correspondente pede para sair da nossa lista de endereços, com palavras chulas e, ou mesmo, ofensivas. Serão aqueles que mamam nas tetas da desgraçada Nação Brasileira e revoltam-se com medo de perder a mamata?

Perdeu-se todo sentido de dignidade. Mensalão, Sanguessuga, Dossiê, Hurricane, Thêmis e outros muitos nomes que queiram dar aos ilícitos que jogam na lama, onde vivem a conforto, altos servidores da Presidência da Republica, ministros, senadores, deputados, desembargadores, policiais, juízes, diretores de escola de samba e por aí vai. De toda essa desgraça, só vão presos e humilhados os infelizes da vida, cujo maior símbolo é o FRANCENILDO. Até o momento, parece que só as Forças Armadas, tão caluniadas, estão resistindo à corrupção, que se tornou endêmica no Brasil, talvez ou certamente por isso.
Qual o bom exemplo que se dá aos jovens? Nenhum. No momento atual, todos se empurram e se chocam para conseguir um pedaço do bolo do PODER. A oposição vai desaparecendo e começa a dar sinais de que deseja, também, participar, pelo menos, das sobras do festim da PODRIDÃO. Ministérios ou similares (são já 37, se é possível contar ao certo), para os quais são nomeados, aos borbotões. São ocupados até por pessoas que já fizeram das mais graves acusações ao governo que aí se encontra. 37 “ministros” que se batem atrás de um naco do orçamento, não para desenvolver o Brasil, mas para distribuir verbas para si, os seus e os apaniguados políticos; as migalhas, se houver, sobram para todos. E assim se mantém o PODER comprado, até que o povo dê um basta. Será que vai dar? A esperança é que tudo tem um limite.

Políticos, com processos graves na Justiça, são absolvidos pelo Presidente, em declarações públicas, a Nação sendo espoliada, miseravelmente roubada.

O GRUPO GUARARAPES só queria saber como se olham no espelho os já acusados de ladrões e outros epítetos. Será que não
há mais um mínimo de amor próprio? Tudo apodreceu mesmo? Quem é mais sem-vergonha: o que atacou e aceita convite para o cargo ou o atacado que convida para o cargo quem lhe atacou a Honra? ACABOU-SE A HONRA? Pobre MIGUEL DE CERVANTES que escreveu: “Vão uns pelo largo campo da AMBIÇAO soberba, outros pela da ADULAÇÃO servil e baixa, outros pelo da artificiosa HIPOCRISIA, e alguns pelo da religião sincera. Eu, porém, inclinado à minha estrela, vou pela estreita senda da cavalaria – por cujo exercício desprezo a FAZENDA, mas não a HONRA ”.

No Brasil, sábio e honrado CERVANTES, temos a FAZENDA e desprezamos a HONRA. Aqui não se conhece o que falou CÍCERO: “A HONRA É O PRÊMIO DA VIRTUDE”.

A LAMA DA PODRIDÃO JÁ ATINGIU ATÉ O PODER JUDICIÁRIO! INFELIZ PAÍS ONDE JÁ HÁ JUÍZES QUE NÃO SÃO ÍNTEGROS! MEU DEUS, PELO MENOS, JUÍZES!

GRUPO GUARARAPES”


publicado por Júlio Teixeira de Lima | 01:06

Um comentário:

maria tereza disse...

..julio bom ve-lo por aki!!!