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quinta-feira, 22 de julho de 2010

"FILHOS DO ACASO"

FILHOS DO ACASO



Pedindo pão!

clamando da razão

sem razão

de serem e estarem

Renegadamente...



São filhos sem pais!

Netos sem Avós!

Vidas sem sentido!



São seres

ao sabor do mundo.

Um universo perdido

na Droga!

na prostuição!

cuspidos

e

ignorados

meio alienados!





Não

aos

FILHOS DO ACASO

também é minha luta

é que eles,

por acaso...



nem são

OS FILHOS DA PUTA
 
 
(Luiza Caetano)

LUIZA CAETANO ---- ABISMADAMENTE......

(Tela  e texto de Luiza Caetano - Senhora do Lago)









ABISMADAMENTE...






Chegou. Sentou. Limpou os óculos. Fumou um cigarro e olhou para dentro de fora de si - À sua volta havia um zumbido de vozes incaracterísticas e incolores - Em seu peito, uma dor estranha arranhando o vácuo. Um torpor meio indiferente como se nada mais lhe interessasse.

Doíam-lhe os sentimentos feitos de mil emoções. Acabara com a mais bela relação da sua vida . No entanto e, enquanto tudo se lhe ruía por dentro, à sua volta o mundo continuava pululante e ruidoso. Sua dor era invísivel para tantos outros que, quem sabe guardavam tesouros de amor nas entranhas.



Pensava: Como é que de repente tudo se tornou banal? Quase monótono? Como é que não fui capaz de manter a chama do encanto?

- quando as manhãs acordavam feitas de raios dourados e os caminhos tinham os cheiros do amor e os pássaros cantavam hinos vibrantes - Dentro dela crescia agora uma rosa murcha cujos espinhos lhe lascavam a alma. Como se o Sol tivesse deixado de brilhar e o tempo deixado de existir e os morangos já não fossem vermelhos...



As esquinas do tempo deixam cicatrizes, traços e matizes e Deus não nos deu remédio nem nos ensinou a esquecer. Que fazer se o abismo é uma fenda dolorosa! Uma via sacra que todos temos de percorrer? Nesta vida te é dado o vislumbre do paraíso onde te embebedas pelo cálice sagrado. Esse cálice que uma vez provado te leva aos píncaros duma emoção feliz com lágrimas, duma vertigem de eternos instantes únicos - tal como uma droga que a habituação faz tombar no abismo negro dos quotidianos desencantados.Tal como um viciado, que ainda espera voltar a vibrar com esse instante de Luz, ainda que nos escombros mais fundos desse abismo para onde todos os dias vai caíndo...ela espera ansiosamente a sua dose de encanto ! Algo dentro dela como um raiozinho de fascinação lhe sussurra



É PRIMAVERA! O Sol vai raiar sobre os morangos do teu contentamento Cabe-te a capacidade de saberes pintá-los de novo.



Inventa a cor!

Inventa o amor!

Reinventa-te!
 
 
 
(Luiza Caetano)

"ROSA BRAVA DO DESERTO"

"ROSA BRAVA DO DESERTO"



Entre obscuras sementes

me ergo todos os dias!



Sou um rumor de animal

correndo à desfilada

entre a festa e a morte...



Aço em força fundido

vara que abana e não verga.



Interminável é o caminho

que todos os dias invento.



Às vezes sentas na sombra

oscilante dos meus dedos

neles bordas um carinho

em meu anel moribundo.





No calendário do mundo

Tombam folhas como lágrimas

- Tão longe o que já foi perto!



Eminente em meu peito

uma raíz ! Um deserto!

um poema cicatriz



em Rosa brava aberto
 
 
Luiza Caetano
(TELA E POEMA DE LUIZA CAETANO)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"SONO" -------------- Luiza Caetano


                                       (Tela e poema de Luiza Caetano)
 "SONO"

Na sedução do sono
existe um quê de esquecimento,
um inerte abandono de viagem sem fronteiras
como asas intemporais
de algum eterno momento.


-Como morrer e ...evadida
perder a noção de estar e de ser
nesse imenso palco de espelhos
que é a puta desta vida

Luiza Caetano
2010-07-05

"A PONTE"-----LUIZA CAETANO *****




                                      (Tela e poema de Luiza Caetano)


ME VESTI DE TI
E DE TI ME PERFUMEI
TE PERCORRI EM REGRESSOS,
PARTIDAS E LEMBRANÇAS
POR TODOS OS CORREDORES
PORTOS E NAVIOS


TÃO POUCO TE VIVI!
TANTO QUE TE SONHEI

ME VESTI DE TI
DO TEU QUÍMICO ODOR ME ENEBRIEI
ENTRE PONTES E PONTES
EM TI ME SUICIDEI

E AS ROSAS? AS ROSAS
QUE PÉTALA-A-PÉTALA DESFOLHEI
EM POESIAS,HERESIAS OU EMOÇÕES,

COM ELAS BORDEI A PONTE DA FONTE DAS ILUSÕES.

"JULHO"

Já algum tempo, que aqui não compareço.
O fato é que são tantas coisas a fazer, o dia-a dia, o cotidiano.
A poesia,contina a florescer por todos os cantos, isso é bom,muito bom.
Poetas,que aparecem e desaparecem, com a mesma rapidez.
Uns se vão e outros ficam.Ainda bem!