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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Obras de Sonia-CERAMISTA.







Ceramista, trabalha com a matéria prima " o barro" fazendo medelagem e utilizando as mãos como a mais importante das ferramentas.


Antonio Cardoso é sua cidade natal,e suas paixões são as artes.

Professora de educação artística ceramista


http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=9232254145194400686

DE: MARTA PERES




Algo existe no ar e eu sei, o dia vai lento
E preguiçoso, há fumaça no ar...
Mas há no ar uma fragrância, um frescor
E uma ternura que invade a alma e me acalma...

E meus olhos pousam na imensidão, ar solene
E vejo algo brilhante, estremeço ante beleza sem igual
Nada direi, o silêncio fala por mim, sinto-me sufocar...
Me calo e calada ficarei, sinto que mordaça impede-me a voz.

Deixo que o sentimento fale pelo meu olhar, magia no ar
E ele nasceu do coração que pulsa de emoção, amor!
E palavras se tornam desnecessárias e acumulam,
Lágrimas antes represadas deságuam dos meus olhos...

Tudo é belo e não mais existe o lodo e a lama,
Das minha mãos luzes coloridas e um anjo vem,
Flores e mais flores são colocadas, doce aroma, frescor
E poesia paira no ar, algo existe...

Marta Peres





Desejos

Fugias e vinhas e me deste o teu carinho
E o teu cuidado, mas como ondas do mar
Brincavas, ias e vinhas...
Querias que me acolhesse como pássaro,
Segura ao peito...

Quando vinhas, eu risonha a te esperar
Na febre do sonho, feliz te ver chegar...
Fugias e vinhas, nem um beijo ao partir
Pois era escuridão quando ias, fugias...

Há tempos vivo assim, aflita, cheia de desejos
E com o coração grave, cheia de mágoas, medos
E decepções...ando feito noite sombria e cheia de dor
Meus olhos rasos d’água, ofendida, retendo grito...

Como amei e como amo!
Um simples abraço, tudo dissipava e me via feliz,
Queria tanto que voltasse, sonho, não me cansei
E numa saudade sem par, espero ainda te encontrar...

Marta Peres



Saudades de Lisboa

Bela vivenda onde vivi,
Adornada de belo jardim
e caramanchões cobertos de flores.
Belas árvores seculares!
Pelas alamedas donde passeava
me vejo inda de mãos dadas,
tomava os ares da manhã
e o suave frescor da noite
e junto de ti trocava juras de amor.

Mais adiante podíamos ver o Tejo,
Exuberante cortando toda cidade
E o sol brilhava dentro das águas.
Suavemente barcos navegavam,
Nosso olhar extasiado a contemplar
Permaneciam parados...fixos nas águas
E em nós mesmos...

E quando era brisa era suave o perfume
E nos inebriava, pequenas lantejoulas
Acariciavam a noite, eram a luzes
Da terrinha...saudades que doem no peito
E rasgam meu ser, inda ouço teu riso,
Teu canto, tuas rezas, inda choro por ti!

Marta Peres

sábado, 25 de agosto de 2007

"RELATIVIDADE"- RACHEL D.MORAES


Relatividade

Naquele quarto de espaço
Havia uma contração de desejos,
Uma dilatação temporal,
Permitindo um aumento de massa
À medida que esta
Atingia a velocidade do querer.

Ali começava surgir
O limite maximo
De nosso universo,
Onde ajustávamos
As palavras aos gestos.

O tempo passa mais devagar
Para quem está se movendo
E íamos a velocidade da luz.
Naquele encontro de partículas.

Tínhamos o magnetismo
Das forças opostas que se atraem.

Quietos e sem fôlego
Esperávamos sozinhos,
Em silêncio.
Arrebatados nos contorcíamos
Perante a energia
Que entornava saliva,
Ancorava cadências,
Querendo sempre mais e mais
Do mundo côncavo e convexo.

Um mundo que descortinava
A pele que sempre nos cobria,
Que nos sacudia num ritual perpétuo
E nos consumia numa eternidade de desejos.

Rachel D.Moraes

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

**Magaly Grespan**







Magaly Grespan e pedagoga, pós graduada em Educação Especial.
É poeta e trabalha com Artes na sua área de atuação, a educação.
Vive na cidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.
Tem trabalhos publicados em vários sites da Internet.
"Sou uma pessoa extremamente romântica e feliz,
vejo no poema uma companhia que me traz muitas alegrias,
nele posso pousar meu olhar, viver, afora o mundo, nele sonho,
tudo que já tive e o que ainda não tenho, acho que o poeta é isso,
um misto de alegrias e tristezas, alçando vôos através da imaginação e da palavra."



Meu Inteiro

Não dominaria meu pensamento teimoso
Na fração em que reparto meu inteiro
E sutilmente receio não ser essa
Mas a outra alma que tenho
Sem virtudes, povoada de inconfessáveis verdades
E no olhar confuso vejo uma criança estraga –prazeres
E eloqüente são os artifícios
De sempre fazer barulho
Quando tudo em mim é silêncio.






Farta de Ver

Desço sobre as montanhas
E nas ondas ouço os estrondos dos chicotes
Cortando as águas do mar
Farta de ver
As nuvens varrendo o céu levando ao longe o amor
E a felicidade feito pluma sobre as alturas
E desliza a alma plainando sobre o céu uma lágrima
Farta de saber
Que no mundo a vida foge
Na felicidade de outro mundo
Acolhe-me senhor
E de bom grado
Minha felicidade há de cochilar sozinha.



Sons de Violão

Agora,
Vendo o verde,
Ouvindo acordes de um violão,
Bem distante,
Por entre as campinas,
Enxergo a memória dos pássaros.
Esqueço a vida da cidade.
A anatomia do teu corpo.
E o mundo desaparece coalhado
Na esperança da última luz acesa.
E sai o verbo do coração,
Palavra torta feito redenção

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"PABLO NERUDA**Com Quadro de Luiza Caetano







Pablo Neruda, pseudônimo de Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, nasceu a 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile. Prêmio Nobel de Literatura em 1971, sua poesia transpira em sua primeira fase o romantismo extremo de Walt Whitman. Depois vieram a experiência surrealista, influência de André Breton, e uma fase curta bastante hermética. Marxista e revolucionário, cantou as angústias da Espanha de 1936 e a condição dos povos latino-americanos e seus movimentos libertários. Diplomata desde cedo, foi cônsul na Espanha de 1934 a 1938 e no México. Desenvolveu intensa vida pública entre 1921 e 1940, tendo escrito entre outras as seguintes obras: "La canción de la fiesta", "Crepusculario", "Veinte poemas de amor y una canción desesperada", "Tentativa del hombre infinito", "Residencia en la tierra" e "Oda a Stalingrado". Indicado à Presidência da República do Chile, em 1969, renuncia à honra em favor de Salvador Allende. Participa da campanha e, eleito Allende, é nomeado embaixador do Chile na França. Outras obras do autor: "Canto General", "Odas elementales", "La uvas y el viento", "Nuevas odas elementales", "Libro tercero de las odas", "Geografía Infructuosa" e "Memorias (Confieso que he vivido — Memorias)". Morreu a 23 de setembro de 1973 em Santiago do Chile, oito dias após a queda do Governo da Unidade Popular e da morte de Salvador Allende.




Angela Adonica
Hoje deitei-me junto a uma jovem pura
como se na margem de um oceano branco,
como se no centro de uma ardente estrela
de lento espaço.

Do seu olhar largamente verde
a luz caía como uma água seca,
em transparentes e profundos círculos
de fresca força.

Seu peito como um fogo de duas chamas
ardía em duas regiões levantado,
e num duplo rio chegava a seus pés,
grandes e claros.

Um clima de ouro madrugava apenas
as diurnas longitudes do seu corpo
enchendo-o de frutas extendidas
e oculto fogo.

Pablo Neruda


Walking Around

Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.

Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.

Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas


É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.


Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.




Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.



Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo



Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.


Me encante
Me Encante...
Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar.
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir, aquele sorriso malicioso e gostoso,
inocente e carente.
Me encante com suas mãos, gesticule quando for preciso,
me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser, vou fingir que não entendo,
que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos, me olhe profundo, mas só por um
segundo, depois desvie o seu olhar,
como se o meu olhar, não tivesse conseguido te
encantar....
e então, volte a me fitar, tão profundamente, que eu fique
perdido(a) sem saber o que falar...
Me encante com suas palavras, me fale dos seus sonhos,
dos seus prazeres, me conte segredos, sem medos ...
e depois me diga o quanto eu te encantei.
Me encante com serenidade, mas não se esqueça,
também tem que ser com simplicidade,
não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
não tenha pressa, tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o(a) primeiro(a) namorado(a),
sem subterfúgios, sem cálculos,
sem dúvidas, com certezas.
Me encante na calada da madrugada,
na luz do sol ou embaixo da chuva.
Me encante sem dizer nada ou até dizendo tudo,
sorrindo ou chorando, triste ou alegre ...
mas me encante de verdade, com vontade ...
que depois, eu te confesso que me apaixonei
e prometo te encantar todos os dias,
do resto das nossas vidas!!!

Pablo Neruda



Inclinado en las tardes
tiro mis tristes redes a tus ojos oceánicos.

Inclinado nas tardes lanço as minhas tristes redes
aos teus olhos oceânicos.


Allí se estira y arde en la más alta hoguera
mi soledad
que da vueltas los brazos como un náufrago.

Ali se estira e arde na mais alta fogueira
a minha solidão que esbraceja como um náufrago.

Hago rojas señales sobre tus ojos ausentes
que olean como el mar a la orilla de un faro.

Faço rubros sinais sobre os teus olhos ausentes
que ondeiam como o mar à beira de um farol.


Solo guardas tinieblas,
hembra distante y mía,
de tu mirada emerge a veces la costa del espanto.

Somente guardas trevas, fêmea distante e minha,
do teu olhar emerge às vezes o litoral do espanto.


Inclinado en las tardes
echo mis tristes redes
a ese mar que sacude tus ojos oceánicos.

Inclinado nas tardes deito as minhas tristes redes
a esse mar que sacode os teus olhos oceânicos

Los pájaros nocturnos picotean las primeras estrellas
que centellean como mi alma cuando te amo.

Os pássaros noturnos debicam as primeiras estrelas
que cintilam como a minha alma quando te amo.

Galopa la noche en su yegua sombría
desparramando espigas azules sobre el campo.

Galopa a noite na sua égua sombria
derramando espigas azuis por sobre o campo.



Eu te nomeei rainha.
Existem mais altas que tu, mais altas.
Mais puras do que tu, mais puras.
Mais belas do que tu, mais belas.

Mas tu és a rainha.

Quando tu vais pelas ruas
ninguém te reconhece.
Ninguém vê a coroa de cristal, ninguém vê
o tapete de ouro vermelho
que pisas por onde passas,
o tapete que não existe.

E apenas apareces
cantam todos os rios
em meu corpo, as campanas
estremecem o céu,
e um hino enche o mundo.

Somente tu e eu,
somente tu e eu, amor meu,
o escutamos."

De Los versos del Capitán

Diana Ferro "O Carinho da Argentina"






Dolita querida!
Niti recién me convido a leer la bella poesía que tan justamente inspiraste! Amé tu rinconcito de vida especial! Dónde atesorás tus mejores recuerdos...y tus presentes queridos!
Dolita, quiero compartir con vos también el mensaje que acabo de dejarle a Nita!
**Cuanta emoción! Después de esa comunión de versos y amistad en el rinconcito especial de Dolo...quién puede tener el coraje absurdo de afirmar que este sentimiento de amorosa amistad que nos enlaza a los unos con los otros, aún sin conocernos personalmente...no es AMISTAD VERDERA...DE CORAZON A CORAZON...ASI CON MAYUSCULAS???
Vivan estos momentos...vivan los mágicos encuentros entre mágicas seres!!!**
BeSoteS!!!

**Um anjo chamado Nita.....**






Conheci um anjo.....sim um anjo e aqui está,mora em Xambioá-Tocantins.



E aqui está a linda homenagem que esta maravilhosa Menina-Criança me fêz:




“Dolores”

Flor portuguesa,
os campos brasileiros,
estás a enfeitar...
tua força,
vem das raízes de um jardim...

Alma simples,
colhe,
acolhe,
no colinho, sempre recolhe...
carinho e confiança ofertas sem restrição.

O ser humano que em ti habita,
dá-me uma mão,
outra aos seus...

Com mãos suaves,
feito brisa da manhã,
acalenta a alma,
deixando muito de si....

Quem contigo anda,
primavera, o ano todo encontra!!!
Semeias:
carinho,
amor,
amizade,
parece dizer:
não estás só!

(Nita V. Aguiar)
. (05/08/2007)


Obrigada Nitinhaaaaaaaaaaaaa,sempre,para sempre no meu coração!

domingo, 12 de agosto de 2007

História de Portugal



A História de Portugal apresenta diversos denominadores comuns entre as nações europeias mais antigas, cujas origens remontam ao início da Idade Média, e que, com este país, se tornaram grandes potências durante a Era dos Descobrimentos, dispondo de um vasto Império. A seguir ao apogeu de Portugal como potência mundial, este país perdeu muito do seu estatuto e reconhecimento, em grande parte devido à política dos reis da dinastia filipina (1580-1640) ao Terramoto de 1755 em Lisboa, à ocupação durante as Guerras Napoleónicas, e à independência do Brasil em 1822 como colónia. Uma revolução em 1910 iria depôr o regime monárquico e, após 16 anos de república parlamentar instável, o país foi governado por um regime ditatorial (Salazarismo) durante 48 anos. Em 1974, a ala política de esquerda liderou o Revolução dos Cravos, procedendo a grandes reformas democráticas. No ano seguinte, Portugal consentia a independência das colónias africanas. Actualmente, Portugal é um dos membros fundadores da NATO e pertence à União Europeia (incialmente designada por Comunidade Económica Europeia) desde 1986.Cerca de 10 000 a.C. a Península Ibérica era habitada por povos autóctones denominados Iberos. Entre eles estão os Tartessos. Pensa-se serem de origem berbere, do norte da África, embora esta hipótese não tenha unanimidade. Porém, é a mais estudada. No século VII a.C., a região passou a ser habitada por um povo indo-europeu, os Celtas. As tribos Iberas e Celtas misturaram-se, dando origem aos Celtiberos (como os Lusitanos, Galaicos ou Gallaeci e os Cónios, entre outras menos significativas, tais como os Brácaros, Célticos, Coelernos, Equesos, Gróvios, Interamici, Leunos, Luancos, Límicos, Narbasos, Nemetatos, Pésures, Quaquernos, Seurbos, Tamagani, Taporos, Zoelas, Turodos). Influências menores foram os Gregos e os Fenícios-Cartagineses (com pequenas feitorias comerciais costeiras semi-permanentes).
No século III a.C. os Romanos penetraram na Península Ibérica no contexto da Segunda Guerra Púnica que mantiveram contra Cartago. Foram anexadas duas regiões da Península Ibérica por Roma como províncias das Hispânias (a Citerior e a Ulterior). A Citerior foi subjugada e acupada com relativa facilidade, mas a anexação da Ulterior) só se tornou efectiva muito depois. A conquista total da península pelos Romanos só ocorreu no tempo do imperador Augusto.

Viriato, o líder lusitano, nascido em Lorica, nos Hermínius, actual Loriga, na Serra da Estrela, conseguiu conter a expansão romana durante alguns anos, fazendo com que fosse dos últimos territórios a resistir à ocupação romana da Península Ibérica. Erigindo-se em chefe dos Lusitanos após escapar a uma matança perpetrada à traição pelo romano Galba, uniu à sua volta um número crescente de tribos e travou uma guerra incansável contra os invasores. Perito em tácticas de guerrilha e em iludir o adversário, derrotou sucessivamente os vários generais romanos enviados contra ele. No auge da sua carreira, o Senado reconheceu-o e declarou-o "amigo do povo romano". Não obstante, seria morto à traição (140 a.C.) por três companheiros de armas comprados pelos romanos.

Desprovidos de chefe, os Lusitanos sujeitaram-se ao jugo romano, mas por pouco tempo. Na sequência das guerras civis, o general romano Sertório, da facção derrotada, foi convidado pelos Lusitanos a chefiá-los contra Roma. Excelente general, derrotou mais uma vez todos os generais enviados contra ele, incluindo o célebre Pompeu. Hábil e carismático político, romanizou de facto o território com o beneplácito dos próprios habitantes. Perpena, um outro general romano que se lhe juntou, veio a assassiná-lo traiçoeiramente. A partir daí, a romanização do território que viria a ser português prosseguiu sem dificuldades de maior para Roma.

Os Romanos tornaram-se um dos povos que deixaram um importante legado cultural naquilo que é hoje Portugal, mas pouco terão contribuido para a composição étnica portuguesa actual. Uma variante do Latim (Latim Vulgar) passou a ser o idioma dominante da região. Surgiram novas cidades e desenvolveram-se outras, segundo o modelo habitual de colonização romana. No fim do século I a.C. o imperador Augusto criou a província da Lusitânia, que correspondia a grande parte do actual território português, embora não à sua totalidade, já que as terras a norte do rio Douro integravam a Tarraconense. Em finais do século III d.C. o imperador Diocleciano subdividiu a Tarraconense em outras províncias, entre as quais se achava a Callaecia, que integrava o norte do actual Portugal, a Galiza e as Astúrias. Durante o Império Romano o Cristianismo foi introduzido no território.Em 409 d.C. os chamados povos bárbaros, Suevos (Quados e Marcomanos) e Vândalos (Silingos e Asdingos), todos de origem germânica, e os Alanos fixam-se na Hispânia. Em 411 estes povos dividem entre si o território: os Vândalos Asdingos ocuparam a Galécia, os Suevos a região a norte do Douro, os Alanos ocuparam as províncias da Lusitânia e a Cartaginense, e os Vândalos Silingos a Bética. Algum tempo depois, ocorre a entrada dos Visigodos na península ao serviço do Império Romano e com o objectivo de subjugar os anteriores invasores.

De todos estes povos, os Suevos e os Visigodos seriam aqueles que teriam uma presença mais duradoura no território que é hoje Portugal. Estabelecendo a capital do seu reino em Braga, os Suevos dominam um território que também inclui a Galiza e chegam a dominar a parte ocidental da Lusitânia. Estabelecidos na condição de federados do Império Romano, os Suevos eram pagãos, tendo sido evangelizados por S. Martinho de Dume e convertidos ao catolicismo. A partir de 470 crescem os problemas do reino suevo com o vizinho reino visigodo. Em 585 o rei visigodo Leovigildo toma Braga e anexa o reino suevo. A partir daqui toda a Península Ibérica fica unificada sob o reino visigodo (com excepção de algumas zonas do litoral sul e levantino, controladas pelo Império Bizantino) até à queda deste reino em 711. A estabilidade interna deste reino foi sempre difícil, pois os visigodos eram arianos, enquanto a maioria da população era católica. Recaredo, convertendo-se ao catolicismo, facilitou a união das duas populações; mas questões dinásticas reacenderam os conflitos e vieram a estar na origem do colapso final.

Os povos bárbaros eram numericamente inferiores à população hispano-romana, pelo que foram obrigados à miscigenação étnica e cultural com esta. Muitas cidades foram destruídas durante este período e verificou-se uma ruralização da vida económica.Em 711 a Península Ibérica foi invadida pelos muçulmanos (basicamente Berberes com alguma componente de Árabes). Estes dominaram partes da península por mais de cinco séculos: inicialmente sobre o controlo de Damasco, como uma província do império omíada, o Al-Andalus, mais tarde sob a forma de um emirado e califado e, devido ao colapso deste, em pequenos reinos (taifas) com autonomias características. Durante estes séculos, nas Astúrias, a única região que resistiu à invasão árabe, desenvolvia-se um movimento de reconquista da Península, culminando no fim do poder político islâmico nesta com a tomada de Granada pelos Reis Católicos (1492). A esta altura, já o reino de Portugal estava formado, soberano e completo e, talvez por isso, o país explorava o além-mar, em parte sob o pretexto do espírito das Cruzadas, para difundir o Cristianismo. Os muçulmanos que não foram expulsos ou mortos durante o processo de reconquista, tiveram de aderir aos costumes locais (incluindo o Cristianismo). Não se sabe ao certo o grau existente de mescla com estes berberes na população portuguesa actual, mas há um consenso de que esta mescla existe.Se rápida foi a invasão árabe, a reconquista pelos visigodos foi francamente mais lenta. Este processo gradual originou o nascimento de pequenos reinos que iam sendo alargados à medida que a Reconquista era bem sucedida. Primeiro, o Reino das Astúrias, que viria a dividir-se entre os filhos de Afonso III das Astúrias quando morreu. Assim nasciam os reinos de Leão e Castela e, mais tarde, de Navarra e Aragão e da Galiza. Mais tarde Afonso VI de Leão e Castela (autodenominado Imperador de toda a Espanha), entregou, por mérito, ao seu genro D. Henrique de Borgonha, o governo do território meridional, o Condado Portucalense. Deste condado, que fazia ainda parte do reino de Leão, mas que dele tinha grande independência, nasceria o reino de Portugal. D. Henrique governou no sentido de conseguir uma completa autonomia para o seu condado e deixou uma terra portucalense muito mais livre do que aquela que recebera. Por morte de D. Henrique (1112), sucede-lhe a viúva deste, D. Teresa, no governo do condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques. O pensamento de D. Teresa foi idêntico ao do seu marido: fortalecer a vida portucalense, conseguir a independência para o condado. D. Teresa começou (1121) a intitular-se «Rainha», mas os muitos conflitos diplomáticos e a influência que concedeu a alguns nobres galegos (principalmente a Fernão Peres) na gerência dos negócios públicos prejudicou o seu esforço. Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente. A posição de favoritismo em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses originou a revolta destes, sob chefia do seu filho, D. Afonso Henriques.


João I de PortugalA luta entre D. Afonso Henriques e sua mãe desenrola-se, até que em 1128 se trava a Batalha de São Mamede (Guimarães) e D. Teresa é expulsa da terra que dirigira durante 15 anos. Uma vez vencida, D. Afonso Henriques toma conta do condado, declarando-o principado independente. Continuou, no entanto, a lutar contra as forças de Afonso VII de Leão e Castela (inconformado com a perda das terras portuguesas), enquanto paralelamente travava lutas contra os muçulmanos. Em 1139, Afonso Henriques conseguiu uma importante vitória contra os Mouros na Batalha de Ourique, tendo declarado a independência com o apoio dos chefes portugueses, que o aclamaram como soberano. Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal e sua primeira dinastia, com o Rei Afonso I de Portugal (D. Afonso Henriques). Só em 1143 é reconhecida independência de Portugal pelo rei de Castela, no Tratado de Zamora, assinando-se a paz definitiva. D. Afonso Henriques dirigiu-se ao papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia. Durante o período que se segue, as atenções seguiam, sempre que possível, em assegurar essa soberania (que ficou dificultada durante a crise dinástica de 1383) e prolongar o território para Sul.


Os Descobrimentos

Descobrimentos portugueses.
Algures na passagem para o século XV iniciaram-se várias campanhas além-mar, na conquista de praças em África, como Ceuta e Tânger. Vendo a riqueza com que se vivia na região, os portugueses empenharam-se em descobrir mais e mais território. O pretexto inicial da conversão cristã começava a revelar-se agora um verdadeiro espírito aventureiro, o gosto por descobrir. Portugal inicia uma longa caminhada pela costa Africana, redescobrindo a Madeira, Açores e descobrindo São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e a Guiné até que D. João II, baseado em boatos que procurou esclarecer, inicia o planeamento de um projecto que iria lançar Portugal entre as potências mundiais: uma rota comercial marítima para a Índia. O projecto passa a empreendimento, e eis que Vasco da Gama, já no tempo de D. Manuel I, vê a luz ao Oceano Índico e espalha a presença portuguesa pela costa oriental africana, até à Índia. Entretanto tomava-se conhecimento, através de Cristóvão Colombo, de novo território a Oeste, as mais tarde chamadas Índias Ocidentais, as Américas, portanto. E seria a curiosidade de Pedro Álvares Cabral que traria, para o novo Império Português, o Brasil. Com todas as suas colónias estabelecidas, Portugal tornou-se rapidamente um importante explorador comercial, tornando a Península Ibérica a maior potência mundial da altura.


Império Português.
O Império Português foi o primeiro e o mais duradouro dos Impérios coloniais (1415-1999) da Era dos Descobrimentos. Após a descoberta da costa Africana, enquanto se avançava por terra para o centro do continente, exploravam-se outras alternativas rumo às especiarias. A intensidade desta procura, por várias nações, iria permiti-las estabelecer vastas colónias em todo o mundo, e Portugal foi uma dessas nações. Desde a América do Sul à Ásia, Portugal espalhava a língua e os costumes, trazendo para o país grandes riquezas, muitas vezes em prejuízo das colónias.

No entanto, logo após a Segunda Guerra Mundial começou a ruptura das dominações coloniais, a que Portugal não escapou. Após a perda do Estado Português da Índia, a situação manteve-se relativamente controlada até que, em 1961, estalavam os primeiros confrontos armados em Angola, a que se sucederiam intensos combates.



Dinastia Filipina.
Em 1580, Portugal enfrenta uma crise dinástica cuja análise se mostrava complexa. Apesar dos esforços de D. António, o Prior do Crato, o trono caía nas mãos dos reis de Espanha, sob a forma de monarquia dual - dois reinos, um rei. Face ao ocorrido, e à instabilidade social provocada pela quebra de promessas pelos reis castelhanos, Portugal vive um período de guerra interna pela restauração da Independência, até conseguir a Paz que elevaria D. João IV ao trono português.

Após 1640 (fim da dinastia filipina), a Coroa Portuguesa criou o Conselho Ultramarino, encarregado de uma nova política colonial, com o objetivo de superar a situação econômica enfrentada pela Metrópole. Neste contexto, o Brasil, como a maior e a mais rica das colônias, foi alvo de um arrocho econômico e administrativo, e ao mesmo tempo, estimulou-se a busca pelo ouro e pedras preciosas. Assim, procurou-se reduzir os poderes das Câmaras Municipais, caracterizados no localismo político dos “Homens Bons” da Colônia.


Era Pombalina
No princípio do século XVIII, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal assume o cargo de primeiro-ministro, e torna-se responsável por reformas em várias áreas. Introduziu em Portugal a doutrina do "direito divino dos reis", revelando-se um déspota esclarecido ao serviço de um apagado rei absoluto, D. José I. Os jesuítas, defensores do pacto de sujeição do rei à República, foram naturalmente expulsos. As Cortes nunca reuniram. Foi muito contestado pela sua crueldade e rigidez, evidente no processo dos Távora. A reconstrução da baixa de Lisboa, após o Terramoto de 1755, expressa os conceitos urbanos e estéticos do Iluminismo. Relativamente ao Brasil, o Marquês considerava-o uma colónia estritamente dependente de Lisboa e ao serviço do enriquecimento do Reino de Portugal; o povo brasileiro sentiu-se desprezado, o que gerou a instabilidade local suficiente para que a colónia se revoltasse e se viesse a tornar independente.


Guerra Peninsular
Entretanto, na Europa, um brilhante estratega militar, Napoleão Bonaparte, inicia uma campanha de larga escala contra os países que não se assumiam contra Inglaterra. Portugal foi um deles, trazendo à nação um período de conflitos, agravado pela aliança com a Espanha que, com o Tratado de Fontainebleau, esperava conseguir o que os Filipes tinham tentado anteriormente. Desta vez, com o auxílio da aliada de longa data, a Inglaterra, Portugal conseguiu implementar linhas de defesa sólidas e evitar a ocupação; entretanto ia infringindo golpes nos territórios franceses da América do Sul.


A Revolução Liberal de 1820
Revolução liberal do Porto.
Nos inícios do século XIX Portugal vivia uma crise motivada pela partida da família real para o Brasil, pelas consequências destrutivas das Invasões Napoleónicas, pelo domínio dos ingleses sobre Portugal e pela abertura dos portos do Brasil ao comércio mundial, o que tinha provocado a ruína de muitos comerciantes portugueses. Ao mesmo tempo, a ideologia liberal implantava-se em pequenos grupos da burguesia.

No dia 24 de Agosto de 1820 eclodiu no Porto uma revolução cujo objectivo imediato era convocar Cortes que dotassem Portugal de um texto constitucional.

Esta revolução não encontrou oposição. Tendo a cidade de Lisboa aderido ao movimento, formou-se uma Junta Provisória cujo objectivo era organizar as eleições para eleger as Cortes. Os deputados eleitos, oriundos de todo o território controlado por Portugal (Brasil, Madeira, Açores, dependências da África e Ásia) formaram as Cortes Constituintes.

O rei D. João VI foi intimado pelas Cortes a regressar a Portugal. Antes de voltar nomeia o seu filho, o príncipe D. Pedro, regente do reino do Brasil, o que desagradou às Cortes Constituintes que entendiam que a soberania só poderia residir em Portugal continental. As cortes ordenaram também que D. Pedro deixasse o Brasil para se educar na Europa. Estas atitudes geraram o descontentamento ds 65 deputados brasileiros nas Cortes Constituintes, que deixam o país em direcção ao Brasil. No dia 7 de Setembro de 1822 o princípe D. Pedro recebe mais uma mensagem das Cortes, que rasga diante dos seus companheiros, exclamando: "Independência ou morte!". Este acto, conhecido como o grito de Ipiranga, marcaria a data da independência do Brasil.

No mesmo ano as Cortes aprovaram a Constituição. Inspirada na Constituição francesa de 1791, consagra a divisão tripartida dos poderes (legislativo, executivo e judicial), limitava o papel do rei a uma mera função simbólica, colocando o poder no governo e num parlamento unicamaral eleito por sufrágio directo.



Guerras liberais.
Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão. Após D. Pedro IV ter sido forçado a abdicar do trono de Portugal em favor do trono do Brasil, D. Maria II subia ao trono por legitimidade. Entretanto, D. Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava exilado, foi nomeado regente do Reino, e o casamento com D. Maria seria arranjado. Na tentativa de impor o seu regime absolutista, depôs o regime monárquico-constitucional de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados com intervenções da política internacional. Para resolver a situação, D. Pedro abdica do trono para o seu filho Pedro II do Brasil, e impõe-se, pela força. As derrotas sucessivas de D. Miguel iriam forçá-lo a desistir da luta no compromisso de Évora-Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de 1826 e do trono de D. Maria II.


Primeira República
Proclamação da República Portuguesa, Governo Provisório da República Portuguesa.
O Republicanismo acentuou-se de tal forma na primeira década do século XX que vários elementos da família real foram abatidos. A 3 de Outubro de 1910 estalava uma revolta que provocaria a abdicação de D. Manuel II a favor da República Portuguesa. Constituía-se o primeiro Governo Provisório, encabeçado por Teófilo Braga, naquele que ficou conhecido como o primeiro momento do período das Três Repúblicas.


A ditadura e o Estado Novo
Salazarismo, Estado Novo.
Por volta de 1928 tornara-se premente a situação financeira do Estado português. Nesse ano foi chamado ao governo um professor de Finanças da Universidade de Coimbra, António de Oliveira Salazar, que teria os destinos de Portugal nas suas mãos durante as próximas quatro décadas.

O seu pensamento político rejeitava o comunismo, mas também as tradições do liberalismo político e económico. Profundamente conservador e nacionalista, alimentava uma nostalgia pelo meio rural, considerado ideal.

Em 1932 Salazar passa a acumular o cargo de ministro das Finanças, com o de presidente do Conselho de Ministros para o qual é nomeado. A partir daqui dedica-se a montar as estruturas do novo regime político, caracterizado pela existência de um único partido (a União Nacional), por um sistema económico regulador da economia (condicionalismo industrial) e pelo antiparlamentarismo.

Em 1933, entrou em vigor a nova Constituição Portuguesa. De cariz presidencialista, admitia a existência de uma Assembleia Nacional e de uma Câmara Corporativa composta por elementos ligados às profissões. Na prática, o presidente da República foi uma figura apagada, a Assembleia Nacional foi ocupada por apoiantes do regime e o poder concentrou-se na figura de Salazar.

Os antigos partidos políticos portugueses desaparecem, com excepção do Partido Comunista Português (fundado em 1921), cujos dirigentes foram duramente perseguidos pela polícia política (PVDE e depois, PIDE). A censura, restabelecida em 1926, foi consolidada e todas as greves proibidas. Em 1936 o regime cria a Mocidade Portuguesa, cujo propósito era incutir à juventude do país as ideias do regime.

Durante a Segunda Guerra Mundial Portugal manteve-se neutro no conflito, tendo beneficiado com a venda de volfrâmio, usado para o fábrico de material bélico. Em 1949 Portugal ingressa na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO) e em 1955 na Organização das Nações Unidas.

Nos anos sessenta Portugal registou um forte fenómeno de emigração. Os destinos principais dos portugueses, motivados pelo desejo por melhores condições de vida, foram a França e a Alemanha Ocidental.

A Operação Vagô envolveu o desvio de um avião entre Casablanca e Lisboa, na 10 de Novembro de 1961. Foi a primeira acção do género no Mundo e serviu para distribuir panfletos anti-salazaristas. No dia 19 de Dezembro de 1961 tropas da Índia invadem os territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. No mesmo ano estala a guerra de indepedência em Angola.


Guerra do Ultramar
Guerra colonial portuguesa.
No contexto político-social do pós-Segunda Guerra Mundial, em que subsistiam os princípios de autodeterminação e independência, as colónias em todo o Mundo se revoltavam contra os colonizadores, exigindo a independência, ou uma forma de governo equiparável à metrópole. As possessões portuguesas, agora designadas províncias ultramarinas não foram excepção, e entre 1961 e 1964 estalam uma série de tumultos violentos contra as forças coloniais portuguesas exigindo a libertação dos povos. Primeiro em Angola, depois na Guiné Portuguesa e Cabo Verde, e em 1964 em Moçambique, dava-se início ao um conflito armado que ficou conhecido na historiografia portuguesa como Guerra do Ultramar, e na historiografia das antigas colónias como Guerra de Libertação. A insustentabilidade de uma guerra de três frentes (desprezando Timor Português, cuja distância tornou inviável a intervenção portuguesa), aliado a um contexto político-social ditatorial, fariam o país revoltar-se contra o governo e, num movimento apoiado pelas Forças Armadas, libertava-se o país do regime opressor que se vivia, com a designada Revolução dos Cravos.


Revolução dos Cravos
Revolução dos Cravos.
Numa conspiração militar, o Exército Português consegue ser bem sucedido num golpe de estado que, por não ser violento, se tratou de designar historiograficamente de Revolução dos Cravos e que ocorreu no dia 25 de Abril de 1974. Os dirigentes do movimento (os "Capitães de Abril"), assumiram como prioridades o fim da polícia política, o restabelecimento da liberdade de expressão e pensamento, o reconhecimento dos partidos políticos existentes ou a criar e a negociação com os movimentos de independência das colónias.

O poder seria assumido pela Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, órgão que seria substituído pelo Conselho da Revolução (1975-1982). António de Spínola foi designado Presidente da República, tendo entrado em funcionamento o primeiro de uma série de governos provisórios, presidido por Palma Carlos.

No dia 11 de Março de 1975 o país viveu a ameaça de um golpe de estado direitista encabeçado por militares próximos a Spínola, que entretanto, descontente com aquilo que consideravam ser uma deriva esquerdista na vida política nacional tinha partido para Espanha. No mesmo dia o governo provisório tomou medidas socialistas na economia, decretando a nacionalização da banca e dos seguros.

No dia 25 de Abril de 1975, passado justamente um ano sobre a revolução, realizaram-se as primeiras eleições democráticas, cujo objectivo era formar uma Assembleia Constituinte que elaborasse uma constituição para o país. Essa constituição seria promulgada no dia 2 de Abril de 1976 e é a constituição que rege Portugal até hoje, apesar de ter sido revista em várias ocasiões.

III República
Governo Constitucional de Portugal.




Tópicos de História de Portugal
Romanização da Península Ibérica: Hispânia, Lusitânia
Visigodos e Ostrogodos
Ocupação Muçulmana
Reconquista
Independência de Portugal
Crise de 1383-1385
Descobrimentos portugueses
Império Português
Imigração portuguesa no Brasil
Crise de sucessão de 1580
Dinastia Filipina
Restauração da Independência
Terramoto de 1755
Guerra Peninsular
Guerras Liberais
Monarquia Constitucional
Implantação da República
Estado Novo
Guerra do Ultramar
Revolução dos cravos



Este artigo é um esboço sobre História de Portugal.



Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Portugal"

De Miguel Torga




Faz hoje (12 de agosto de 2007) 100 anos que nasceu Adolfo Correia da Rocha, o poeta e cidadão Miguel Torga, que escolheu para abrir a sua própria antologia poética um verso feito poema:

"Sinto o medo do avesso."

E toda a sua vida, como a sua obra, foi um exemplo de como os medos devem ser combatidos: com coragem, com amor pela vida, pela liberdade, pela dignidade.



Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga



Ciganos
Tudo o que voa é ave.
Desta janela aberta
A pena que se eleva é mais suave
E a folha que plana é mais liberta.

Nos seus braços azuis o céu aquece
Todo o alado movimento.
É no chão que arrefece
O que não pode andar no firmamento.

Outro levante, pois, ciganos!
Outra tenda sem pátria mais além!
Desumanos
São os sonhos, também...

Miguel Torga



Fábula da fábula
Era uma vez
Uma fábula famosa,
Alimentícia
E moralizadora,
Que, em verso e prosa,
Toda gente
Inteligente,
Prudente
E sabedora
Repetia
Aos filhos,
Aos netos
E aos bisnetos.
À base duns insectos,
De que não vale a pena fixar o nome,
A fábula garantia
Que quem cantava
Morria
De fome.

E realmente...
Simplesmente,
Enquanto a fábula contava,
Um demônio secreto segredava
Ao ouvido secreto
De cada criatura
Que quem não cantava
Morria de fartura.

Miguel Torga


Depoimento
Deponho
no processo do meu crime.
Sou testemunha
E réu
E vítima
E juiz
Juro

Que havia um muro,
E na face do muro uma palavra a giz.
MERDA! – lembro-me bem.
– Crianças......
– disse alguém que ia a passar.
Mas voltei novamente a soletar
O vocábulo indecente,
E de repente
Como quem adivinha,
Numa tristeza já de penitente
Vi que a letra era minha.....

Miguel Torga

"Arco -íris de energia"



Quando teu fino canto entoas,
até o chão grita de prazer,
dias lunares de inverno,
tornam possível o impossível...

Cintilações espontâneas brotam do peito,
num ritmo pessoal, abre-se em poesia!!!
Algo com cheiro indizível,
anuncia a proximidade dos querubins...

No rufar dos tambores,
no espocar dos fogos,
ergue-se o cálice da alegria!!!

Forças enigmáticas iluminam a escuridão,
sem deixar que os oásis utópicos sequem,
com fios de ouro, tecem um arco-íris de energia...

(Nita V. Aguiar)
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sábado, 4 de agosto de 2007

RACHEL DIAS DE MORAES-A Fada dos Cakes e dos Poemas.




Inútil tentar descrever o tanto do quanto vi
Na estampa exuberante daquela deusa de folhas
De pele tostada de sol.
Ela era luz de encantamento e esplendor.
Seus olhos como o sol,
Alcançava os lugares escondidos,
Lambendo cada brecha com sua língua de fogo.
A boca como um vulcão,
Combinava confluências de água e céu,
Céu e terra, modificando suavemente.
As palavras soltas como fumaça.
Seus cabelos eram como a selva verde,
Ondulantes, onde pássaros e frutos,
Perdiam-se num enxame de cores.
Seus seios eram melões suculentos
Com um vale profundo entre eles,
Onde se tentava descer
Temendo com medo de ficar preso neste espaço
Quente e perfumado e não querer sair mais.
Rasguei o véu de torpor que me encontrava
E desci tateando a suave maciez de montes e vales,
Senti a redondez de cada pomo
Que se me oferecia suculento e doce.
Deitei nessa paisagem de lago
Com uma água clara que refletia como um espelho.
E lá onde se fechava o vale das tormentas
Desci mudo, me enroscando enlouquecido,
Embriagado pelo perfume da noite mais profunda.
Ali onde tudo era invisível
Onde meu guia era o olfato e o gosto uma delicia inexplicável,
Cantei e dancei nesse enigma,
Nesse regato quente e úmido como o universo,
Conheci o templo das vertigens,
Conheci a arte de mudar o vapor de meu hálito em sonhos.
Agora adormeço verde e fresco como um menino.

Rachel D.Moraes









RACHEL DIAS DE MORAES.....Por ELA MESMA.



Comecei meu trabalho com o açúcar através dos Contos de Fadas. Montanhas de delícias são empilhadas para dar vida a castelos, princesas, sereias, bichos da floresta, jardins com fadas e gnomos, tudo regado com o licor púrpura feito da vontade de trazer aos olhos o melhor do
"Bolo Encantado".



Esta é uma comunidade que a amiga portuguesa Luiza Caetano, artista plástica da melhor qualidade conhecida internacionalmente, fez para mim. Lá vocês conhecerão os meus poemas e contos.

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23635283


Estou construindo um blog que ainda não está como eu gostaria, pois ainda quebro a cabeça com as ilustrações que não ficam onde eu quero que fiquem, portanto reconsiderem se forem passar para uma visita.
http://oquecintilaemmim.blogspot.com/


rong>

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

HELENA COELHO







Minha homenagem à amiga Helena Coelho
Artista Plástica
Arte Naif

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Marie Thereze Braz






http://www.azeret.nafoto.net
http://www.saatchi-gallery.co.uk/yourgallery/artist_profile/Mariatereza+Braz/12747.html http://www.gigafoto.com.br/wwwmariatereza
www.cyberartes.com.br maria tereza braz
http://www.artenarede.com.br/inside.asp?area=hpautor&autor=maria%20tereza&menu=menu_autor
http://www.bettyrj.hpg.ig.com.br/Naif/inter/mariaterezabraz/mtereza.htm
http://www.galeriaaberta.com/index76.html
http://www.theglobalart.com/index76_eng.html
http://www.culturevulture.org.br/mostra_03_eu_e_o_mar_artes_plasticas.htm
http://www.arteplastica.com/ http://www.adriepaint.naievekunst.nl/index.html
http://arteseartistas.blogspot.com/index.html





Marie Thereze!

Minha singela homenagem à sua Arte e à sua Pessoa Encantadora.

ANA MARIA SILVA








Ana Maria Silva.


Pintora e Amiga!

Minha Homenagem a você!

Parabéns por seu lindo trabalho.

Mary Bergmann




Sou uma pessoa simples que gosta de tranquilidade e paz, amo minha familia, meu trabalho, meus amigos e minha cachorrinha Kaya .


profissão: ceramista
setor: Artes
descrição do trabalho: crio e produzo esculturas para lojas de decoração e galerias.
habilidades profissionais: creio que sou habil na criação de novas peças, não copio, crio.
interesses profissionais: não tenho grandes ambições, pretendo continuar minha carreira tranquilamente.