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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

LUIZA CAETANO - PREMIADA MAIS UMA VEZ!!



ANTOLOGIA LUSÍADAS


A I Antologia Lusíadas reúne os ganhadores do concurso da editora. A portuguesa Luiza Caetano com suas poesias maravilhosas nos mostram o dia em que Lisboa fez-se Rio de Janeiro. O argentino Juan Pomponio Castiglione, que morou alguns anos no Brasil, traz à lume uma poesia com um aroma frutal afrodisíaco. Através da pena marginal de Ferréz, somos conduzidos à um lugar de horror que só gostaríamos de conhecer mesmo através da literatura: o submundo dos Complexos Prisionais. Por falar em Complexos, Jeff Carlson traz um conto sobre complexos militares que eu não recomendaria àqueles com claustrofobia. Jeff é um escritor de muitos êxitos, tendo sido bestseller do The New York Times com sua trilogia The Plague. O interesse de Jeff Carlson na editora foi em busca de divulgação de seu trrabalho na América Latina, onde permanece inédito. The Plague Trilogy conta a história de uma humanidade pós-apocalíptica, e suas agruras para viver num mundo dominado por um nanovírus mortal, que ataca toda forma humana abaixo de 10.000 pés de altitude. James S. Dorr, da aprazível Ligonier, na Pensilvânia, nos envia seu pesadelo de última hora: O Terceiro Prisioneiro, uma inventiva história sobre cadafalsos e invasores. Eu também tinha algo a dizer sobre Frank Roger, mas me esqueci, deixe ver... acho que anotei em algum lugar... meus bolsos! Hum, da Bélgica um conto sobre esquecimento... Garreth D. Jones chegou a esse encontro cosmopolita de gôndola, direto de Essex, no Reino Unido. Garreth contradiz o ditado que o "futuro não é mais como era antigamente", pois talvez olhando do futuro pra o passado, veremos nada muito diferente do que o nosso conhecido passado, talvez em outro planeta, quiçá, mas ainda o velho passado.



1° Lugar: Canto a Lisboa - Luiza Caetano (Portugal)



2° Lugar: Fecundo - Juan Pomponio Castiglione (Argentina)



3° Lugar: O País das Calças Beges - Ferréz (Brasil)



4° Lugar: O Terceiro Prisioneiro - James S. Dorr (Estados Unidos)



5° Lugar: Saída - Jeff Carlson (Estados Unidos)






6° Lugar: O Gondoleiro - Garreth D. Jones (Inglaterra)



7° Lugar: Lembrete - Frank Roger (Bélgica)



8° Lugar: O Novo Campo de Força do Imperador - Garreth D. Jones (Inglaterra)



9° Lugar: Não acredites no poeta - Luiza Caetano (Portugal)



10º Lugar: Vampiro de Sengir - Maurício Robe Barbosa (Brasil)

domingo, 13 de dezembro de 2009

LUIZA CAETANO -" BREVE PENSAMENTO"


LUIZA CAETANO -"O MEU PAÍS TAMBÉM É A TUA PÁTRIA"



"O MEU PAÍS TAMBÉM É A TUA PÁTRIA"

O

Meu País
tem um Sol
pendurado
em cada janela,

Um imenso SOL AMARELO

jorrando
lágrimas
de esperança

O meu País
é uma Criança!

Acabada de nascer
tem um coração
do tamanho do mundo

Onde
tu cabes!
e
Tu!
e
Tu!

Tens uns braços
de afagos mil
pintados
de vermelho e verde

Meu País
é de ABRIL

onde a Primavera
é um colo
que te espera.

Porque esperas?

Vem!

Luiza Caetano



tela de LuizaCaetano/ LISBOA NO ESPELHO DO TEJO

LUIZA CAETANO - "AMOR LIVRE"


LUIZA CAETANO - "DIZER ADEUS"

"DIZER ADEUS"

Dizer Adeus
ainda que em silêncio,

é partir
para o outro lado de mim ...

É como morder as lágrimas
em cada aceno

e passar a derradeira fronteira

do oceano branco e breve
de alguma secreta embarcação

Lá no cais velho das partidas
onde os barcos chegam e partem

e se esvaziam para sempre
de nossas vidas.

Tela/Poesia - LuizaCaetano  
 

LUIZA CAETANO - "VOLÚPIA DA MEMÓRIA"



"VOLÚPIA DA MEMÓRIA"


Escrevo
em pedra sobre pedra
linhas passionais
num gesto onírico

em permanente construção.

Sonho vão
de músicas passadas
sobre o dorso das palavras
num veio de água mormurada,

quando
a melodia de fogo
rasava os nossos lábios

despenhando temporais
nas margens voluptuosas
dos nossos corpos.

luizacaetano

RUBEM ALVES - "EU ACREDITO EM DEUS"

Eu acredito em Deus!





Mas não sei se o Deus em que eu acredito, é o mesmo Deus em que acredita o

balconista, a professora, o porteiro, o bispo ou pastor...



O Deus em que acredito não foi globalizado.



O Deus com quem converso não é uma pessoa, não é pai de ninguém.



É uma idéia, uma energia, uma eminência.



Não tem rosto, portanto não tem barba.



Não caminha, portanto não carrega um cajado.



Não está cansado, portanto não está sempre no trono.



O Deus que me acompanha vai muito além do que me mostra a Bíblia.












Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos, algumas parábolas e um pensamento que não se renova.



O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos

outros, mas sua superioridade está na compreensão das diferenças, na

aceitação das fraquezas e no estímulo à felicidade.



O Deus em que acredito me ensina a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos atos.



Não distribui culpas a granel: as minhas são umas, as do vizinho são outras. Nossa penitência é a reflexão.



Para o Deus em que acredito, só vale o que se está sentindo.




O Deus em que acredito não condena o prazer.



O Deus em que acredito não me abandona, mas me exige mais do que uma flexão de joelhos e uma doação aos pobres: cobra caro pelos meus erros e não aceita promessas performáticas, como carregar uma cruz gigante nos ombros.



A cruz pesa onde tem que pesar: dentro.



É onde tudo acontece e este é o Deus que me acompanha:



Um Deus simples. Deus que é Deus não precisa ser difícil e distante, sabe tudo e vê tudo. Meu Deus é discreto e otimista.








Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente nas horas boas para incentivar, para me fazer sentir o quanto vale um pequeno momento grandioso:

de um abraço numa amizade, uma música na hora certa, um silêncio.



O Deus que eu acredito também não inventou o pecado, ou a segregação de credo.



E como ele me deu o Livre-Arbítrio, sou eu apenas que respondo e responderei pelos meus atos.


RUBEM ALVES

"Ah , este envelhecer! "

Ah, este envelhecer!





Envelhecer explodindo de vida, alimentando-se do prazer.

Envelhecer com os amigos, com os vizinhos, sem importar-se muito com o dogma e a sombra do preconceito. Envelhecer na santa paz de Deus, com a genética que Ele nos deu, envelhecer com Fé. Fé, paciência divina, que sustenta o espírito e faz da alma um menino travesso, sapeca e feliz... Fé de um guerreiro e de um aprendiz.

Envelhecer com a saliva e o paladar presentes na boca, com as lágrimas banhando os olhos, com a pele banhada pelo sol e pela lua, envelhecer com um sorriso largo no rosto afável, envelhecer como o bem que se quis, enxergando-se à frente do nariz.

Envelhecer não é tão doloroso assim. Para alguns é o fim do mundo, e eu me pergunto: - O mundo tem fim? Envelhecer é ganhar do tempo o tempo exato e lapidado para saber aproveitar, compartilhar, multiplicar todas as belezas e obras do sol nascente. Por que a sua idade mente?

Envelhecer é fazer da abobrinha o prato do dia e do açúcar a festa de domingo.

Envelhecer é comer pela manhã, exercitar o corpo à tarde e relaxar ao anoitecer.

É ir a praia, ao mercadinho, é ver novela, é ir ao cinema, ao shopping, é estar perto do que temos direito, é ser livre, é valorizar a pátria das células, o sangue que transita nas veias, e controlar a oxidação dos tecidos. Envelhecer é trazer no peito a medalha dos filhos, dos netos, dos bisnetos... é ver a cegonha várias vezes por ano, milhares de vezes sobrevoando o céu.

Envelhecer é dar o colo confortável, o ombro, o abraço, o beijo apaixonado na face de um mimo querido.

Saber envelhecer é qualquer carinho!

O que são as doenças? Elas dão na gente e não nas pedras, dizia a minha avó. Nunca escolhe o dia mais certo ou o mais errado para chegar e nem mesmo bate a nossa porta como uma convidada exemplar. Doença é coisa de velho... você tem certeza do que fala ou pensa???. Cuidado com a sua crença.

O controle da mente, a vontade de existir, a mão firme mesmo que frágil, um dia menos triste, espanta qualquer vírus, nos livra da maca, do convênio e da emergência.

Envelhecer é estar de bem com as árvores, é ver o pássaro colorido, é respeitar o tempo da felicidade, é gostar-se como se gosta dos amigos.

Envelhecer é cantar, dançar, acreditar na sabedoria.

Envelhecer é algo que me anima, possui ritmo e melodia.

É experimentar prazeres e galgar descobertas.

Ah, este envelhecer transformou-se em arte, Van Gogh, Monet, Sinatra.

Envelhecer é dar bombom aos netos, é brindar a tecnologia.

Meu avô, minha avó... Velhos amados, que eu pude ter.

Estar velho, antigo, idoso seja qual for o nome dado, importa muito pouco o rótulo. Importa muito mais a garantia de vida. Os hormônios, a atividade física, são recursos que podemos optar sem desmerecê-los. O sexo está no desejo e devemos a ele saciar.

Amigos, aproveitem, envelheçamos sem preconceitos, quero vê-los na casa dos 90

com os nossos 30, 40, 50 e etc.

Quero estar onde vocês estiverem, com ou sem rugas, com ou sem cabelos brancos, mas repletos de paz e alegria!

A vida não se aprende nas cartilhas, ela está em nossas mãos! Envelhecer exige acima de tudo perseverança e muita paixão.



ANDRÉIA ABDALLA

"Beija-Flor"



BEIJA-FLOR




Quando a última flor

do último jardim morrer,

beije-me, beija-flor.

Que eu vou virar um jardim

cheio de flor pra você.





Kátia Drummond

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"SUA AUSÊNCIA"


SUA AUSÊNCIA


De: Maria Mendes



Na madrugada fria a sua voz me aquecia.

Sua conversa a cada minuto me convencia.

A constatação da nossa sintonia

Parecia a cada minuto se ajustar.

O encanto, a magia, o universo conspirando

E unindo dois corações que estavam

Desacreditando de amar.

No vazio de um mundo frio

Você me mostrou o que é amor.

Aos poucos minhas raízes voltaram aflorar

A vida solitária sem razão nem explicação

Com você voltei a sonhar.

O que faço com essa vontade de você?

Ah, que falta você me faz!

Não posso viver com esta ausência

Preciso dos seus beijos, do seu carinho.

Minha alma inquieta fica a sonhar...

Os dias se tornam eternidades até eu

Poder voltar tocar seu corpo, sua boca.

Necessito te olhar e cada dia constatar

Que não estou sonhando, estou amando.

Jamais te deixarei partir

Você é parte de mim, Te amo.

'PRECISO DO SEU AMOR"

PRECISO DO SEU AMOR


De: Maria Mendes



Na madrugada fria a sua voz me aquecia.

Sua conversa a cada minuto me convencia.

A constatação da nossa sintonia

Parecia a cada minuto se ajustar.

O encanto, a magia, o universo conspirando

E unindo dois corações que estavam

Desacreditando de amar.

No vazio de um mundo frio

Você me mostrou o que é amor.

Aos poucos minhas raízes voltaram aflorar

A vida solitária sem razão nem explicação

Com você voltei a sonhar.

O que faço com essa vontade de você?

Ah, que falta você me faz!

Não posso viver com esta ausência

Preciso dos seus beijos, do seu carinho.

Minha alma inquieta fica a sonhar...

Os dias se tornam eternidades até eu

Poder voltar tocar seu corpo, sua boca.

Necessito te olhar e cada dia constatar

Que não estou sonhando, estou amando.

Jamais te deixarei partir

Você é parte de mim, Te amo.

"SENTIMENTAL"

SENTIMENTAL


De: Maria Mendes



É, queria ouvi sua voz, você me faz falta.

Neste vazio infinito estou sozinha.

Vi as nossas chances aos poucos morrendo.

Achei que você entenderia o meu adeus.

Eu errei, mas diga-me aonde esta o erro?

Quem está magoando quem?

É eu deveria ter pensado melhor,

É verdade, deixei nosso amor de lado.

Tentar explicar, simplesmente eu não sei.

Choro, mas lágrimas não me ajudam amenizar.

Porque nos perdemos de nós mesmos?

Vejo em mim a paisagem mórbida.

Lembranças contidas na alma.

O coração demente sem noção.

Quer achar razão para o conformismo.

Continuo esperando o tempo passar.

A confusão sentimental, não é o meu habitual.

Você deu muito de você, me deixou a vontade para partir.

Não posso ir assim sabendo que está sofrendo.

Estou voltando para meu interior secreto.

Na minha ausência encontre uma saída.

Recomece uma nova vida.