POESIA BARROCA
Uma das principais características é a religiosidade.
O conflito entre os ideais impostos pela igreja Católica (Teocentrismo) e os ideais humanistas (Antropocentrismo) foi transmitido na forma de poesias que transparecem desequilíbrio e desencanto, com uso de uma linguagem rebuscada, repleta de antíteses, paradoxos, hipérboles, anáforas, metáforas, hipérbatos e sinestesias.
Principais autores e obras:
Padre Antonio Vieira - "Sermão da Sexagésima";
Gregório de Matos - "Cristo Crucificado";
Bento Teixeira - "Prosopopéia".
"A mesa D.Angela"
Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente;
Ser Angélica flor, Anjo florente;
Em quem, senão vós, se uniformara.
Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
De verde pé, da rama florescente;
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara?
Se pois como Anjo sois dos meus altares;
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda;
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares;
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
Gregório de Matos
Nenhum comentário:
Postar um comentário