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segunda-feira, 7 de julho de 2008

MAIA DE MELO LOPO


Santa mulher, anjo pálido e sereno, embalaste meu peito sabe Deus com tanta tristeza, Fecunda de grandes tormentos e severos flagelos, foste piedosa aos meus frágeis apelos,
Estou perdida, nem afago teus cabelos, saudades de teus beijos cheios de amor e leveza,
Disseste-me adeus, meus olhos rasos de água derramam a comoção e nas cinzas padeço,
Ainda que ande pelo vale das sombras, foste a minha única amante e quase enlouqueço.

Tanto desgosto tanta dor que arrancaste do meu coração, és meu desejo sem nada ter, Escondo-me agora no claustro da tua campa, nem a orgia primaveril me inflama a vida,
O sol é a taça de luz na aurora da tua terra funda, e caío sepultada a teu lado sem morrer,
Pomba alva voaste para o berço negro e gelado em busca do clarão divino ou de alguém,
Mulher amada, saudade dourada, triunfo do meu céu, linda só és tu, minha querida mãe

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