-Olhe quer um ponto de referência?
-Casa dos Bicos
-Bicos?
-Oh seu ordinário
-Ai que coisa feia
-Mente perversa
-Adiante, esqueça os bicos
os Chicos e os picos
a zona bem podia estar melhor
mais iluminada
arranjada
-Ah os Bicos?
-Não que cena pá!
-O Tejo é culpado pela humidade
-Você é um tretas
-Veja lá sou dali de cima de Alfama
-Tenho cá um medo seu
-Olhe mas gosta de Jazz
-Ahn?
-Ali no Arco Jesus
-Pois sabe é que eu sou muçulmano
-Ah pois mas há por lá o Sun-Ra
-Mas isso não é hindu
-Não...é aquele gajo que se põe de costas voltadas para o piano
-Ahnn
-E espanca os teclados
-De cu voltado?
-Já viu o gajo é um espanto
-Pois e reza a Alá, imagine rezar a meio do concerto?
- Mas diga-me lá, você gosta mesmo de ver gajos de cu voltado para o piano?
- Mas, mas, caraças, você
- Olhe que você leva na cara
- Pronto, acabemos a conversa do Sun Ra por aqui, The End
- Quer dizer, aqui à entrada de um bar de jazz
- Sim, sim e falava de jazz só que você...
- Eu cá gosto mais dos Blind Zero
- Rock eu logo vi... mas... espere lá
- Ena, estou a ver o mesmo
- Caramba, um cortejo de dançarinas, e aquilo é
- Pois é, umas depravadas
- A dançarem com a cobra em frente, e a pobre coitada delira
- É o Bolero caramba
- E o que tem isso a ver com um bar de jazz
- Espere lá... elas vêm para aqui... as cobras dançam na nossa direcção
- Mas são Capelo
- Fernão?
- Gaita, são venenosas, ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh
- Pronto deixa-me mas é pirar daqui que a ganza está-lhe a fazer efeito.... eheheheheh
E entrou no Onda Jazz, estava lá o neto do Sun Ra, de costas para o piano, e uma banda de malta marada a ganzar, de carapinha ou sem miolos na pinha...
Publicada por Manuel Marques em Regresso a Lisboa a 9/09/2007 12:42:00 PM
3 comentários:
No importa cuanto lo intente no puedo evitar que mis palabras sean tristes.
Supongo que soy una persona gris que se carga de ropas, miles de capas de ropa, de las más variadas texturas y colores para poder ocultar lo que hay debajo.
Pero eventualmente cae la coraza, dejo de mostrarme como un ser racional y calculador, que son las únicas cualidades que me protegen de aquellos que abusan de mí, lo hagan hoy o mañana siempre están acechando. Cuando ya nada me protege, cuando me encuentro frente a frente con mis miedos y mis dudas, cuando entiendo que estoy totalmente desnuda y rodeada de todos mis fantasmas, en ese momento quiero desaparecer para siempre, dejar de existir, o tener el poder de transformarme en una mariposa para dejar atrás todos los defectos de mi vida de oruga.
Obrigada por sua visita.
Venha sempre que quiser,as portas estarão sempre abertas para si.
Aqui,reuno algumas das pérolas que recebo de amigos e amigas..Fico feliz em ter sua presença aqui.
Bjs.
Entrei assim sem medo dentro da água cálida
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andei alguns metros e o corpo submergiu
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nem o frio, nem o calor do momento e do encanto
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apenas desaparecer seguindo uma sereia na ausência de tormento
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Beijos e abraços e muito obrigado pela sempre enorme gentileza!!!
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