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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

MARTA PERES










Morte

Olhos voltados para o teto e abertos
Os braços magros, brancos e nervosos,
Espasmos esporádicos em espaços compassados
Infinita dor da solidão de um deserto.

Perfil pálido, tímido e dolorido
Traços indefinidos e vagos
A luz aos poucos se acabando
Na névoa que nos olhos vão se formando.

Nos céus, branca luz mortuária,
Luz da dor e do martírio
Triste agonia da mágoa funerária
Sentindo seu próprio passamento.

Só lhe resta agora os vermes!
Da vida levará cruel tormento
Tristeza imensa se lhe atassalha
Dor cruel lhe vem no pensamento.

Aos poucos vão se cosendo a última mortalha,
Coveiro abre um fosso lutulento
No pélago profundo esquecimento,
Maldade! É o povo que enxovalha.

Atrocidade cometida, gatilho puxado,
Eternidade! Só resta caminhar por ela
A sociedade hipócrita recrimina
O que na vida, a dor já discrimina!

Marta Peres




Nosso Amor

Meus olhos encheram-se de lágrimas
que desceram pela face molhando minha boca
engasguei-me, nada conseguia dizer
e balbuciar uma só palavra tornou-se impossível...
Apenas sussurros, palavras mudas
que dizia com meu olhar sobre ti...
Meu amor é tão forte que chega doer no coração.
Sei que te entendo e que me entende
moro em ti e tu em mim...
Assim é o nosso amor!

Marta Peres


Agradeça

Dizes que a vida não te conforta
E que não vives bem, como querias
Viver? sofro, não vês?
Mesmo dura a vida dá alento e prazer.

As rosas convivem com os espinhos
E não reclamam, vivem,
Tu te queixas eternamente?
Fazes de tudo um drama contínuo.

Venha ver o jardim quando a noite é densa,
Nem as árvores e nem as flores reclamam
Vivem felizes dentro da noite, na solidão.
Tu tens as luzes e o quarto quente,
Elas as estrelas e a noite morta.

Nada te conforta?
Nem os ventos que batem em tua vidraça
E por lá param, tu tens proteção.
As árvores sentem pancadas
quando o vento corta os ramos
chicoteando sem piedade.

Joga teus joelhos na terra e levanta
Tuas mãos aos céus, tens vida boa
E farta é tua mesa, agradeça no pouco
Se queres ter o muito.

Marta Peres

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

ANTONIO LOBO ANTUNES




António Lobo Antunes, Lisboa, 1 de Setembro de 1942 é um dos mais importantes autores da literatura portuguesa do século XX.



Lobo Antunes é licenciado em Medicina, com especialização em Psiquiatria. Esteve destacado em Angola, entre 1970 e 1973, durante a fase final da Guerra Colonial portuguesa. A sua experiência de guerra inspirou muitos dos seus livros. Regressado a Portugal, trabalhou no hospital psiquiátrico Miguel Bombarda, em Lisboa.

Foi militante da APU (Aliança Povo Unido - coligação liderada pelo Partido Comunista Português) em 1980. Actualmente vive em Lisboa, dedicando-se em exclusivo à escrita.

Em 2007 é-lhe atribuído o Prémio Camões[1], o mais importante galardão literário de língua portuguesa.

No Brasil, a Editora Objetiva adquiriu os direitos de publicação, em versão original, de toda a obra do escritor português. A editora já publicou no país os seguintes títulos: Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, Memória de Elefante, Conhecimento do Inferno, Os Cus de Judas e Eu Hei-de Amar uma Pedra.

Lobo Antunes tem uma escrita densa. O leitor tem algum esforço de leitura porque, por exemplo, não é raro haver mudanças de narrador e assim o leitor tem tendência a "perder o fio à meada". No entanto apesar de não ser um autor que opte por uma escrita fácil (ou facilitista) Lobo Antunes constitui um fenómeno de vendas e é muito lido internacionalmente, especialmente na Europa Continental.

Os livros de Lobo Antunes são muito obsessivos e labirínticos dando um tom geral de claustrofobia e paranóia às suas obras. Apesar disso as suas obras apresentam uma diversidade linguística notável.


Ocorre muitas vezes numa descrição ou pensamento do que está a acontecer a um personagem aparecerem sobrepostos tanto o que está "realmente" a acontecer como uma realidade imaginária. Outros processos típicos são sintagmas nominais complexos como por exemplo "cachoeira dos pulmões". Aqui os substantivos (S1 de S2) não funcionam da maneira habitual em que S2 atribui propriedades sobre S1 ("copo de água"; água está a especificar o conteúdo do copo) mas funcionando este sintagma como uma metáfora ou como uma comparação. (assim esta imagem seria descrita num português mais habitual como "os pulmões fazendo barulho como uma cachoeira"). Em As Naus, um velho cego tem "olhos lisos de estátua"; em Manual dos Inquisidores, uma luneta é descrita como sendo "um tubo de inventar planetas".

Tipicamente ocorrem várias descrições simultâneas, tanto físicas como de pensamentos. É habitual uma realidade do passado estar misturada com uma realidade do presente. No meio de um diálogo serem inseridos diálogos imaginários ou do tempo passado. Estes processos são usados com mestria por este autor resultando efeitos de grande valor literário.



Obras

De sua autoria

Memória de Elefante (1979)
Os Cus de Judas (1979)
A Explicação dos Pássaros (1981)
Conhecimento do Inferno (1981)
Fado Alexandrino (1983)
Auto dos Danados (1985)
As Naus (1988)
Tratado das Paixões da Alma (1990)
A Ordem Natural das Coisas (1992)
A Morte de Carlos Gardel (1994)
Crónicas (1995)
Manual dos Inquisidores (1996)
O Esplendor de Portugal (1997)
Livro de Crónicas (1998)
Olhares 1951-1998 (1999) (co autoria de Eduardo Gageiro)
Exortação aos Crocodilos (1999)
Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000)
Que farei quando tudo arde? (2001)
Segundo Livro de Crónicas (2002)
Letrinhas das Cantigas (edição limitada, 2002)
Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo (2003)
Eu Hei-de Amar uma Pedra (2004)
História do Hidroavião (conto, reedição 2005)
D'este viver aqui neste papel descripto: cartas de guerra ("Cartas da Guerra", 2005)
Terceiro Livro de Crónicas (2006)
Ontem Não te vi em Babilónia (2006)
O Meu Nome é Legião (2007)
Sobre o autor e obra
Conversas com António Lobo Antunes, de María Luisa Blanco (2002)
Os Romances de António Lobo Antunes, de Maria Alzira Seixo (2002)
A Escrita e o Mundo em António Lobo Antunes - Actas do Colóquio Internacional da Universidade de Évora (2003)
Fotobiografia, por Tereza Coelho (2004)

Prémios literários
Prémio Franco-Português, 1987 ("Cus de Judas)
Prémio instituído pela embaixada de França em Lisboa, no valor de duzentos mil escudos e atribuído a obras traduzidas para a língua francesa nos últimos cinco anos.
Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, 1985 ("Auto dos Danados")
Prémio Melhor Livro Estrangeiro publicado em França, 1997 ("Manual dos Inquisidores ")
Prémio Tradução Portugal/Frankfurt, 1997 ("Manual dos Inquisidores")
France-Culture ("A Morte de Carlos Gardel")
Prémio de Literatura Europeia do Estado Austríaco, 2000
Prémio União Latina , 2003
Prémio Ovídio da União dos Escritores Romenos, 2003
Prémio Fernando Namora, 2004
Prémio Jerusalém, 2005
Prémio Camões, 2007

ESCRITORES DA LIBERDADE POR JULIO TEIXEIRA






Este prêmio (Escritores da Liberdade) traz oculta em sua tragetória, que espero seja longa, algo de extraordinária importância traduzida numa palavra: Liberdade. Liberdade no uso da palavra escrita, exercitando a expressão mais simples do pensamento livre... E sem medo!

Pois assim como a arte tem incontáveis formas de se a olhar, também a palavra tem quase infinitas vozes. Pena que muitas ainda se calem!

Embora no silêncio pensem, e o pensamento crie tanto ou mais que a palavra.

Por outro lado vão também muitos retóricos... Que hoje já nem tanto... Já nem tanto retóricos, bons retóricos, naturalmente. E o que desses se ouve são mesmo só impropérios retóricos, vejam que absurdo, a que ponto nós chegamos!

Impropérios retóricos? O que é isso? Nada, é tudo que eles dizem nada!

Sempre, todavia armados contra algo ou alguém, indo sempre por uma via escura e mal freqüentada a vociferar impropérios e blasfêmias, se tiverem e forem (os outros) aquilo que eles não têm ou não sabem... Algo a que a inveja lance as suas garras cobiçosas em direção ao OUTRO...

Pois não é que este anseio de liberdade celebrado neste prêmio, “Escritores da Liberdade”, revela também um mote magnífico, o Outro!

Quão difícil é lidar com o outro!

Mas, quem é o outro?

Depende de quem observa.




Se o observador estiver perto e em casa, pode o outro ser o oposto, no casa de um casal...

Quando, porém o Outro é o Outro idealizado... O ente político contrário ideológico, o inimigo mortal que deve ser eliminado, seja este quem for do outro lado, seja a tal de “zelite”, segundo a ótica deles, e caso ainda sejam estes observadores da esquerda dita burra... (Deus nos acuda)

Burra diz-se porque é por natureza “acéfala esférica”, pensando apenas rudimentarmente com o lado esquerdo do cérebro, na base rude da militância, enquanto uma nova zelite retórica de uma só via, também, já vai instalada ou encostada em algum gabinete...

E eis, pois os construtores de “Impropérios Retóricos”!

E os espalhadores ao vento de impropérios retóricos são então o contingente da militância, e os pensantes construtores esses outros, já “engabinetados” na máquina, que afinal são eles agora situação!

Todavia até entre eles há esta mesma polaridade, e se o chefe do gabinete em frente tiver um carro novo, o mínimo que este observador menor lhe deseja é que fure o pneu, porque afinal hoje este pequeno observador está de bem com a vida, seu time ganhou e amanheceu melhor e menos cobiçoso do bem alheio, ou do outro...



E então a liberdade dos livres, e o inferno daqueles que morrem de inveja do bem do outro são os pólos opostos deste pequeno ensaio.

Há, todavia uma diferença brutal entre eles, pois enquanto os livres falam com a razão e com a alma e são apenas o outro para o invejoso, a estes só resta o inferno da desinformação e as crenças levianas e cachaças acompanhadas por uma côdea, seja de pão, seja de esperança.

Mas também devido à pobreza de espírito daqueles, os livres passam a ser alvo dos escravos da cobiça. E aí os livres e agora apenas o outro, se não se puder tomar a liberdade e a tudo que neles reluz, se lhe tome então a vida ou no mínimo o que ele mais quer...

E aos seus mitos e padrões de civilização culturais celebrados em valores de espírito e de família destruam-se todos, seguindo a cartilha do Italiano e do Francês que morreu de AIDS...

Cujo ideal da cartilha já esta cristalizado numa forma muito próxima ao código dos sindicatos do crime no Foro de São Paulo, que de algum modo governa.

Ah, mas estes rapazes e estas moças envolvidos com “botecos sombrios e cachaças de péssima qualidade”, gerundismos e verborragias da moda e encostados na máquina, enquanto a maioria eternamente à margem, mas acreditando, como revelam bem as duas faces dos criadores de “impropérios retóricos”! (riso)


Rir para não chorar, por ser este o tempo deles! E numa gigantesca onda cujo movimento... Oriente Ocidente, Europa América... Está mesmo por aí!

Mas também junto veio o anseio coletivo dos livres, plasmando o Bem, Bom e Belo, e desde muito remotamente vêm vindo cautelosos vigiando o andar da evolução.

Sim. Por mais nobre seja a taça de cristal só terá real valor e serventia contendo raríssimo e eucarístico licor, ou porque não um especialíssimo vinho, para não se falar já em essências ainda mais caras, e raras!

Mas freme, sim, no alto do mastro a bandeira da liberdade e da amizade sincera, e ainda bem que são invisíveis aos criadores de “impropérios retóricos”!

Todavia cautela, pois são ladinos; e, desconfiados, podem deduzir... Sabem também muito bem bajular, e para isto fiquemos nós os livres sempre atentos.

“Impropérios retóricos”! Acontece cada uma, que até parece duas!

Viva a Verdadeira Amizade e vivam para sempre os “Escritores da Liberdade”!


Estou ainda viajando e venho aqui prestar minha homenagem a todas as amigas(os)
e agradecer à Ana Paula pelo Prêmio a mim conferido e também à sua idealizadora Dolores.
muito, mas muito obrigado mesmo. amigas!

A caráter escrevi com a tônica da liberdade essa mensagem acima dedicada aos amigos e amigas da Of...

Obrigado

(POR JULIO TEIXEIRA)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

QUEM É ANA PAULA ROQUE?




MINHA HOMENAGEM À AMIGA ANA PAULA ROQUE:



Deixo-lhe este poema belíssimo do poeta querido de Portugal
JOÃO JACINTO:

Sem querer...
Sem querer atraio
o que mereço para crescer.
Sem querer me deparo
com o que jamais eu quis ver.
Sem querer faço
tudo o que sempre recusei.
Sem querer penso
no que nunca confrontei.
Sem querer digo
o que a alma em mim contém.
Sem querer abrigo
aquele que diz vir por bem.
Sem querer caminho
ao lado de quem precisa.
Sem querer ouço
quem sabiamente me avisa.
Sem querer amo
na esperança a quem me dei
Sem querer acordo
tão tarde que nem de mim sei.
Sem querer respiro
o ar poluído de desumanização.
Sem querer sofro
vitima do egoísmo da solidão.
Sem querer luto
por tudo que sempre acreditei.
Sem querer sou
todos com quem me cruzei.
Sem querer habito
no sonho que ainda há mim.
Sem querer quero
ser coerente comigo até ao fim.



(JOÃO JACINTO)

(Respeitando os direitos autorais)


ARTE ORIGINAL
MOSAICO & VITRAL TIFFANY "O mosaico é uma arte milenar que nos remete à época greco- romana, na qual teve seu apogeu. Era utilizado na criação de pavimentos e em paredes" "Os vitrais são elementos arquitectónicos constituídos por pedaços de vidro, geralmente coloridos, combinados para formar desenhos"



Quem é ANA PAULA ROQUE?


Alguém que ama a vida,os amigos! E sonha alcançar seus objectivos!

Lugares onde podem encontrar ANA PAULA ROQUE:

Blog:
http://arteoriginaldeanaproque.blogspot.com

youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=LqU9whYNdAA






Comunidades:

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=23554767&tid=2550072136917307901&start=1



Comunidades que Ana Paula recomenda:



http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18507182


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3395928


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=37211479


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18211369


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18507182






"O DESÍGNIO" - JOÃO JACINTO





O desígnio


Heroicidade
na batalha dos meus medos
aliada das crenças
que em mim também povoam…

Necessito confiar-me ao alto.

Sou esmagado pela grandeza
do que se reveste sem rosto
porque me sinto mínimo e cego.

O desígnio é imortalizar
a humanidade
e dar-lhe uma alma.

joão jacinto


Membro do Movimento Internacional Poetas Del Mundo

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_europa.asp?ID=3248

POESIA- DORA DIMOLITSAS




Poesia
Eco maravilhoso
Arte da vontade da palavra
Ascendendo no espírito
Esplendor dos hiperbóreos
Almas luminosas, transparentes.
Primavera de Delfos
Oráculo de Pítia
Cisne de Apolo
Mensageiro da alma
Ondas etéreas de luz
Fosforescência da alma



Dora Dimolitsas

AMOR PLATÔNICO



Amor platônico


Há dias em que
Amanhece a esperança
Desilusão domina
A madrugada fria.

Sem noticias
Nada faz sentido.
O caminho se enche
De espinhos.

Um sinal
E tudo volta ao normal
Dia de sol, chuva.
Flores no jardim.

Platônico
Amor sem gozo.
Ímpar no sentir.
Profundo vazio.

Saudade vira desespero
Tristeza
Mortalha da vida.
O medo consome.........

Marilene
27/11/07


http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=21771

domingo, 25 de novembro de 2007

PRÊMIO:ESCRITORES DA LIBERDADE


Prémio

Escritores da Liberdade


Tive a agradável surpresa de ser-me concedido um prêmio.
Como blogueira: Escritores da Liberdade.

O prêmio foi-me atribuído por meu adorável e gentil amigo poeta João Jacinto,também, anteriormente nomeado “Escritor da Liberdade” , autor do blogue http://joaojacintopoemas.blogspot.com
que foi inicialmente criado e publicado no blogue Batom cor-de-rosa
(http://batomcorderosa.blogspot.com), para distinguir e incentivar todos os que escrevem, partilham seus sentimentos, opiniões,dividem as palavras amigas que recebem de seus amigos,colocam seus ideais,seus gostos pela literatura,seja ela de que forma for e de que manifestação lhe seja atribuída.
O prêmio tem um simbolismo, e reflete o reconhecimento a quem escreve,a quem partilha, que é o meu caso,uma vez que sempre disse e continuo dizendo que o "MEU ENCANTO",não é meu, é de meus amigos. É um generoso incentivo de quem o criou e de quem o atribui,no meu caso meu amigo poeta João Jacinto.
Por isso, outros como eu, precisam desse reconhecimento e estímulo.
Passo o testemunho e procurarei ser isenta e justa na escolha, respeitando quem o, criou,respeitar quem o imaginou, parabenizar os que o receberam e a acentuar a credibilidade dos valores da LIBERDADE,pois onde há liberdade há criatividade.




É, uma honra receber o prémio

Escritores da Liberdade!

Muito feliz,mas muito feliz mesmo!

Abraços e beijos.

Muito obrigada, meus amigos


DAGQJ.

sábado, 24 de novembro de 2007

DOLORES JARDIM - CARMEN LÚCIA FOSSARI



DOLORES JARDIM

Para Dolores, com a mesma ternura que mantém seu Blog aberto a@s amig@s.Obrigada , Beijim Carmen Fossari.


TECEU A BEIRA DO TEJO
O SONHO DE ALGAS
ALADAS
COMO UMA PONTE
AO POENTE
AO SOL O CORAÇÃO
SE LANÇOU
E POR MAÕS DO AMOR
DEIXOU SEU PORTO SEGURO

A VIVA PORTUGAL NA ALMA
PISANDO TERRAS BRASILIS
PLANTOU UM JARDIM FLORIDO
POR SER DE NOME O PRÓPRIO
JARDIM E UM QUINTÃO DE SEMENTES
AS DORES TROUXE AO NOME
MAS OUTRAS NÃO SÃO SENÃO
A SAUDADE QUE PERDURA
DAS LUSAS TERRAS DA INFANCIA
DA MÃE, QUE UM DIA FOI COMO FILHA
DO PAI DO AMOR TÃO PLASMADO
MAS AO SORRISO DA ALMA
AQUELAS LONGÍNQUAS ALGAS
DA PONTE TECERAM UM ESPAÇO
QUE AOS VENTOS DE CHUVA
E INVERNOS, FEZ BROTAR
A PRIMAVERA, ERA A CASA
É O AMOR, É A FILHA , E OUTRA,MAIS UMA
SÃO OS AMORES PERFEITOS DA BAILARINA
E DO MENINO LEVADO

QUE AINDA A FAZ SER MENINA , NAS PERALTICES
VIVENDO SEUS DIAS DE TERRA LUSA,
NAS TERAS BRASILIS DE RAÍZES PLANTADAS
E DA ALMA LHE BROTA UMA ROSA ,
DE CORES VIBRANTES AS DUAS
VERMELHO CORAÇÃO, PÓRTUGAL,
VERDE BRASIL , TÃO LUSA PRESENÇA
E AMARELO DO SOL, QUE UNE BRASIL,
AOS GIRASSÓIS

DOLORES COM SUA EMOÇÃO
ABRIU AINDA UM ESPAÇO,
PRÁ ARTE A POESIA E AMIIZADES
E DE ENCANTOS VAI PLASMANDO A SAUDADE E A PRESENÇA
DA VIDA QUE SE INICIA ANTES E ALÉM MAR DO ATLÂNTICO

Prémio Escritores da Liberdade




Dia chuvoso e véspera de feriado municipal, o que eu faço? Filmes!
E hoje eu assisti um em especial, que eu não dava nada de início, julguei pela capa, coisa que normalmente não faço.
"Escritores da Liberdade", resumo oficial:
Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça uma diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.
Lendo assim parece mais um drama, não? Mas esse filme lembrou-me muito Sociedade dos Poetas Mortos. Ambos passam mensagens ótimas. Durante e depois de serem assistidos. Realmente um maravilhoso filme. E cá estou eu para criar um prêmio aos blogueiros... Prêmio cuja explicação está logo abaixo.

Todos temos blogs pelo fato de gostarmos de escrever. Por prazer, profissionalismo, ou qualquer motivo pessoal.
E a maioria gosta de escrever para liberar algum sentimento profundo, seja ele bom ou ruim. Escreve para se encontrar, para analisar a situação depois de algum tempo, ou naquela mesma hora, e também por essa paixão de pôr tudo no "papel".
E estou chamando esses blogueiros de Escritores da própria liberdade.
Escritores sim, mesmo que amadores, que escrevem suas emoções, que não guardam tudo para si. Que compartilham tudo com pessoas muitas vezes estranhas (entre as conhecidas)... Escritores que admiro muito, por vários motivos, que se destacam de um jeito único, para cada uma das pessoas que os conhecem. Blogueiros que publicam a sua liberdade de expressão.
Estou passando esse selo para 5 blogs que leio muito, que gosto muito.
E isso não significa que eu desconsidere os outros.
Vocês conhecem o "sistema". Passe adiante para outros 5 blogs amigos, copiem esse texto se quiserem, parabéns, escritores da Liberdade! =)
1 - Meias Palavras
2 - Meu retrato
3 - Surto Psicossomático
4 - Tão Diferente
5 - Uma Menina

Até a próxima! :)

(Texto copiado do blog Batôn cor-de-rosa)
http://batomcorderosa.blogspot.com/2007/10/blogueiros-da-liberdade.html
Como premiado, cabe-me agora seleccionar 5 blogs e atribuir-lhes o prémio.
Os Blogs por mim escolhidos são:

Armazém da palavra
http://carmenfossari-armazemdapalavra.blogspot.com
Meu encanto
http://omundodedoloresquintaojardim.blogspot.com
Fernanda & Poemas
http://fernananda55.blogspot.com
Pena & Poesia
http://penapoesiaporluizdeaquino.blogspot.com
Preciso Viver
http://precisoviver.blog.dada.net/reciso viver


Parabéns!
Abraços poema,

João jacinto




"A MAGIA DA POESIA COMO ALIMENTO DE CADA DIA.O PÃO E A ÁGUA DA ALMA É O CORPO DAS PALAVRAS TECIDAS A PONTO DE EMOÇÃO".

(Texto extraído do blogue:http://vozdeaguaarteblog.com de LUIZA CAETANO)


Como blogueira premiada,cabe-me agora selecionar 5 blogues e atribuir-lhes o prêmio.

Os blogues escolhidos por mim são:


http://vozdeagua.arteblog.com.br/
http://luabianca.blogspot.com/
http://arteoriginaldeanaproque.blogspot.com/
http://omedododiaseguinte.blogspot.com/
http://rosasdocotidiano.blogspot.com/



Parabéns a todos!

O meu blogue não existiria, se não fossem as palavras dos amigos e amigas que nele estão.

Agradecida,com carinho.

Beijos e abraços.

DAGQJ.(Dolores)

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

"OLHOS , ESPELHOS , JANELAS "





OLHOS , ESPELHOS, JANELAS
Carmen Fossari


Dizem os sábios
entre suas sentenças imprescindíveis
Serem os olhos a janela da alma,
O Brilho
Ou o lado opaco
O cintilar ou a fugidia rota,
de não pontuar a nada,
nem de pessoas,
nem de animais,
nem da natureza,
nem de todas as coisas.

Dia outro, olhei ao espelho
em busca de minha alma,
estavam alí
cores refratadas,
um pequeno vitral
dançando peças ,
num mosaico inacabado de costura

Por vezes estive desatenta.
Depois, abriu-se em poesia,
minha alma, não dos olhos meus
a fixar a busca no espelho da imagem,
Olhei meus olhos por
TUAS JANELAS ABERTAS.

Meu perfil alí se desenhou,
meu retrato revelou-se na alma
da imagem ao percorrer estas,
as ruas de teus labirintos,
em poesia estando.

Como é infinita a estrada que caminhas.
Perspectiva, no ponto de fuga,é o ponto
intocável da partida a não se avistar mais.

Olhos abertos,alma beijando o corpo
o espelho mergulha seu reflexo
o avistar de outras manhãs
desenhados ao sabor da geometria do ventos

se irá longe, se
formos dentro de nosso ser,
tocaremos na borda da lua
se o olhar casar o outro olhar
amorosamente.

"ODE A EVO MORALES"



Ode a Evo Morales .....





DOS COBRES DESCOBERTOS
SEMPRE NAS MÃOS DO ESTRANGEIRO
DA FOME FINCADA NA MÃO DE OBRA
BARATA
DAS ENGRENAGENS NOS NERVOS
AOS CORAÇÕES TRITURADOS
NOS ROSTOS A FACE TÃO CERTA
SUDORES GRITANDO SILENCIOS
OS NEGROS CABELOS
QUE AO SOL BRILHO E SEDA PARECEM
CAINDO ASSIM SOBRE CORPOS
COBERTOS DE CORES, DE LÃS
PROTETORAS
DO FRIO DE ALTITUDES INDORMIDAS
NAS TERRAS QUE SENDO SUAS
DO ESTRANGEIRO INVASOR
AOS PÉS SE LHE AFUNGENTARAM
E ALÍ DE ESPREITA FICARAM
VENDO A FESTA ESTRANGEIRA

DOS DE LONGE INVASORES
MUITOS TÃO POBRES DE SINA
AMALGAMARAM OUTRA VIDA
DOS OLHOS E MÃOS SE ENCONTRANDO
QUE TÃO DESPROVIDOS DAS TERRAS
AO VENTO SEUS CORPOS CRUZARAM
DE SILENCIOS NACERAM OS FILHOS
REPLETOS DE VOZ SUFOCADA
OLHANDO ALÍ NO INFINITO
AQUELE CAPAZ DE SONHAR INCERTIDUMBRES

DOS FRUTOS QUE FRUTO MATARÁ A FOME?
QUE LÍNGUA FALARÁ MEU NETO?
QUECHUA, GRARANÍ ?
FORJADA OUTRA LÍNGUA A FALAR ESPANHOL, PORTUGUÊS

QUANTAS NAÇÕES DIZIMADAS
INCA MISTÉRIO E IMPÉRIO
MAIASTRONOMIA E FORAM OS MIBIAS, BOROROS,MUISCAS, E CENTENAS DE NAÇÕES DITAS ÍNDIAS MILHÕES MORTOS A FOME, FACADA, FOICE
FÉ IMPOSTA O ESTRANGEIRO SE FEZ DONATÁRIO

IDO FOI O TEMPO
DAS LIBERDADES
FORMAS TÃO DIFERENTES DE AMAR,
O VIVER SEM CONTAR POSSUIRES
EDUCAR E BRINCAR COM SEUS FILHOS
E PENETRAR NA MATA VIRGEM
E CONVERSAR COM ANIMAIS
E DOMINÁ-LOS SOBREVIVENCIAS
E MANTER VIVA AS ESPÉCIES

SOCIEDADES DAS TERRAS
PRÉ COLOMBINAS
TUDO SEU TODO EM ENTORNOS
A MESMA HISTÓRIA DIVERSA
MERGULHO E NUDEZ DE UM RIO

TAMBÉM HÁ DOMINAÇÃO
UMA NAÇÃO
SE IMPONDO NO DOMÍNIO DO SABER
COBRANÇA DE BENESSES DE OUTRAS NAÇÕES MENORES
É VERDADE IMPÉRIOS NEFASTOS SÃO
É VERDADE
AS OUTRAS
CONTINUAVAM NAÇÕES

FALANDO SUAS PROPRIAS LÍNGUAS
DANÇAVAM SUAS PRÓPRIAS DANÇAS
RITUALIZAVAM SEUS DEUSES
SEUS SÁBIOS SENTENCIARAM A LUA CHEIA
BRILHANDO NOS RIOS FALANDO SUAS PROPRIAS LÍNGUAS
DANÇAVAM SUAS PRÓPRIAS DANÇAS
RITUALIZAVAM SEUS DEUSES
SEUS SÁBIOS SENTENCIARAM A LUA CHEIA
BRILHANDO NOS RIOS
E MAR ABERTO
CLARENDO OUTRA ROTA
PESCAR EM OUTRO RECANTO
DEIXANDO NOS SAMBAQUIS
FOTOS TRIDIMENSIONAIS
DE UM TEMPO GEOGRÁFICO

PARA ALGUNS ESTAR NOMADE
ERA A SOBREVIVENCIA
QUEM SABE DOS AFETOS
DOS DESAFIOS DE ESTAREM ATENTOS
AFINAL BREVE SEMPRE É A VIDA
E DOS PÉS CAMINHANDO AMÉRICAS
UMA ESTRADA AVIZINHA NAÇÕES
UM SONHO
UMA UTOPIA
O CORAÇÃO SE HARMONIZA
HÁ O OUTRO DIA QUE CHEGA
SE O CAMINHO DO ESTRANGEIRO
PASSADOS 5 SÉCULOS SÓ ELE PODIA PASSAR
JÁ NÃO MAIS !

SENHORES
ASSOMAMOS ESTA ESTRADA
NADAMOS NESTE RIO CAUDALOSO
DE SANGUE
DORES
SILENCIOS
MAS DELE EXTRAÍMOS OUTRA SEIVA
NOSSOS PÉS PISAM ESTA ESTRADA
AS NOSSOAS MÃOS CONSTROEM ATALHOS
PRECISAMOS MERGULHAR NA TERRA AS MÃOS
IMEMORIAIS DOS ANTEPASSADOS

NOSSO COBRE, NOSSO OURO, NOSSA PRATA
NOSSA MATAS
NOSSO ORGULHO LATINO AMERICANO
É O POVO NÃO MAIS SENHORES

A CAMINHADA VEM DESDE OUTRA ESTRADA
A ALCANÇARMOS EM SONHOS

FOI OUTRO DIA SONHANDO COM UM CAMARADA
QUE AMAVA NOSSA PELE INDIA, NEGRA, MORENA
SIMON BOLÍVAR FOI UM NOME, VIERAM TANTOS OUTROS
UM COMANDANTE DE ESTRELAS E SONHOS DOS ARGENTEOS
PAMPAS GUEVARA SEGREDOU QUE ERA POSSÍVEL
ATÉ QUE UM DIA
NA MAIS INGREME NOITE
TODAS AS MÃOS UNIDAS TOCARAM NA BORDA DA LUA
REFLETIU-SE ESPELHO

NOSSOS ROSTOS ÍNDIOS LATINO AMERICANOS,
NOSSAS IMAGENS DE ALMAS SILENTES
ECOAM OS SONS , TÃO FORTES E DOCES
DAS FLORESTAS AS RUAS DE VILAREJOS E CIDADES
ONDE ESCONDIDOS DE NÓS MESMOS VIVÍAMOS
AGORA ALI REFLETIDO
UM NOME ALCANÇA NUVENS
E DESCE A MAIS CÁLIDA CHUVA
ESTAMOS TODOS ALÍ CORTOU A NOITE MAIS DENSA
ECOA O DIA CHEGANDO
POR NÓS QUE SEGUIMOS A ROTA
DE ESTRADAS TÃO TORTUOSAS
EVO MORALES
CHEGAMOS NA OUTRA MARGEM DO RIO.

Carmen Lúcia Fossari .Em 9 de Febrero de 2006
FLORIANÓPOLIS, Isla al sur de BRASIL

Quem é CARMEN LÚCIA FOSSARI?


FLORIANÓPOLIS, Isla al sur de BRASIL

Carmen Lucia Fossari- atriz, dramaturga, poetisa, diretora de teatro, roteirista.Integrante do Circuito Latino Americano de Teatro.
Esteve junto ao CLETA em Chiapas México em apoio aos Índios Chiapanecos, apresentando teatro e falando com as organizações campesinas. Com trabalhos que dirigiu esteve inúmeras vezes no Chile, e ainda em Portugal, Argentina, Paraguai, Porto Rico, México e Colômbia

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

"ALEGRIA" de BIA MARQUEZ




Alegria

beijo, pão de queijo,
chocolate, não me mate !
um bolo gigante,
brigadeiro, refrigerante.
no mais...
nem me fale de dieta
que eu não sou atleta.
sou artista da alegria,
de festa,
algazarra,
estrepulia.
viver de amor enquanto posso
é minha filosofia,
sempre que o amor for nosso
e o sol brilhar o dia,
Alegria !


Bia Marquez

terça-feira, 20 de novembro de 2007

"ASAS" de JOÃO JACINTO



Asas

Nascido em Montijo,
descobri cedo
sonhar o mundo.
Não me sinto poeta
das palavras,
mas fotógrafo
de comportamentos.

Adapto-me
às novas linguagens
e leio
de vontade,
nunca esquecido
do que me foi escrito,
para que aprendesse...

Pássaro,
homem,
voando
para além de mim,
com o riscado
da gaiola
tatuado na alma
e tanto azul
à minha espera...

Mudo sempre de asas
por cada poema,
que me toque ao céu.

joão jacinto

(Este texto foi escrito, inspirado no poema "DEPOIS DAS CORDILHEIRAS" de Carmen Lúcia Fossari.)

Pai Joaquim- MARTA PERES



Pai Joaquim

Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Se viu separado da mulher e filhos,
do seu lar foi arrancado
por mercadores, carregado como carga
Em negreiros, trazido para o Brasil.

Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás,
debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra como rei deu-se
O respeito.

Sonhou com a volta à Pátria,
Sonhou encontrar filhos e esposa,
Chorou sozinho, escondido sofreu,
Padeceu!

Era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!

Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos,
Porém cativo, após a morte deixou de ser!

Marta Peres

Dia da Consciência Negra!

"ANARQUISTA"- LUIZA CAETANO




PARA TI,

Um Poema! Uma pena!
Um rasto de Luz
um fio de amizade.


"ANARQUISTA"

De mim
sou o Senhor!
o escravo!
o Deus
e o
Demónio !


Minha bandeira
não tem sexo!
não tem cor!

Em minh`Alma,
apenas a forma
com a forma do AMOR!

Não!
Não me ponham
rótulos no sexo!

Meu sexo
sou eu!

verso e reverso
de cada poema!

Proclamo
quando te chamo
na gestual fala
dos lobos.

Minha fronteira
fica depois
da última barreira!

Não!
não me ponham rótulos
na alma,

sou de mim
o Senhor!
Dona do
meu amor!

luizacaetano

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"INTERROGAÇÕES"- LUIZA CAETANO




"INTERROGAÇÕES"

Que chamar a esse sentimento
que arde dentro de mim
como palha de sol
em fumo de nevoeiro?

como a luz de um sorriso
por entre um rio de lágrimas?

como bandeira branca
em campo de batalhas

Como balas de canhão
ferindo de espanto a vida

Minh`alma é uma harpa
de mil sinfonias

Um canto de esperança
Uma Ode de alegrias

Ou
a sublime inquietude
no limiar da ilusão?

Luizacaetano

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"AMIZADE" - JOÃO JACINTO





Selo emitido pela Ilha de Man em 1991 .





"AMIZADE"


A amizade
deverá ser construída
tijolo a tijolo
com alicerces de confiança
e de cumplicidade
e arranhar os céus,
sem nunca se completar.
Se não for consistente,
desmoronar-se-á de egoísmo
e perdurará em ruínas
de dor e de frustração,
para sempre.

Um amigo nunca morre.

"AO SOM DO BLUE" - LUIZA CAETANO.





TELA DE LUIZA CAETANO(Respeite os direitos autorais)








"AO SOM DO BLUE"

Por entre os dedos
da areia,
vagueia
um sangue - saudade

despudoradamente...


lavando a mágoa da chuva
por entre os riscos do vento
molhando, algures teus olhos

Uma sinfonia soprando
velhos lamentos da terra

Saxofonicamente...

Imagens quebradas ,
melódicas
insuflam a alma do tempo

Movimentos em preto e branco
num velho écran da mente

substituindo o presente.

LuizaCaetano

FLORBELA ESPANCA


Meio-dia. O sol a prumo cai ardente,
Dourando tudo…ondeiam nos trigais
D´ouro fulvo, de leve…docemente…
As papoulas sangrentas, sensuais…

Andam asas no ar; e raparigas,
Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram por entre o ouro das espigas
Os perfis delicados e trigueiros…

Tudo é tranqüilo, e casto, e sonhador…
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: onde há pintor,

Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?!


Horas mortas… Curvada aos pés do monte
A planície é um brasido… e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A ouro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota d´água!

EDE MULLER









Morre o Poeta Ede Muller!
Pirenópolis e Goiás perdem seu grande poeta.
13/11/2007






POR UM FIO

A VIDA SEMPRE ESTÁ POR UM FIO
CADA PASSO PODE SER FATAL
CADA RESPIRAÇÃO VITAL
CADA ANO UMA ESPERANÇA.
VIVA A VIDA INT4ENSAMENTE
NAOS SABEMOS NADA DE AMANHÃ
O ONTEM JA FOI
E NAO VOLTA MAIS
SO TA NA MEMORIA
VIVA CADA MINUTO
CADA SEGUNDO
COMO UNICO
POIS ESTA POR UM FIO
TUDO PODE ACONTECER NUM MINUTO
ESTEJA ATENTO E VIVA
APRECIE AS COISAS BOAS
EVITE AS M-ÁS
E VA MAIS FUNDO
ESPIRITUALIZE-SE
E CONTEMPLE A GLORIA
A GLORIA DA CRIAÇÃO.
(Ede Muller).




MENTE E CORAÇÃO

JUNTOS SIM
MENTE E CORAÇÃO
ENTENDER E SENTIR
PERCEBER E FLUIR
PENSAR E CRIAR...
CORAÇÃO E MENTE
JUNTOS AO VIVENTE
ALEGRE E CONTENTE
CONVIVENDO NA MAGIA
DO SER AGORA CONSCIENTE.
RELIGIÃO E CIENCIA
SABER E SENTIR
RELIGARE...
E PESQUISARE...
UNIDOS VENCEREMOS
UM POR TODOS
E TODOS POR UM...
A VIDA PLENA
ENTRANDO EM CENA
E EU SENDO
A TESTEMUNHA VIVA
DE UMA UNIÃO EFETIVA...
CORAÇÃO E MENTE.
(Ede Muller).

COLETÂNEA VARIADA



SONETO

Aquela fé tão clara e verdadeira,
A vontade tão limpa e tão sem mágoa,
Tantas vezes provada em viva frágua
De fogo, e apurada, e sempre inteira;

Aquela confiança, de maneira
Que encheu de fogo o peito, os olhos de água,
Por que eu ledo passei por tanta mágoa,
Culpa primeira minha e derradeira,

De que me aproveitou? Não de todo por certo
Que de um só nome tão leve e tão vão,
Custoso ao rosto, tão custoso à vida.

Dei de mim que falar ao longe e ao perto;
E já assim se consola a alma perdida,
Se não achar piedade, ache perdão.


Sá de Miranda



DEIXEI meus olhos sózinhos
nos degraus da sua porta.

Minha bôca anda cantando,
mas todo o mundo está vendo
que a minha vida está morta.

Seu rosto nasceu das ondas
e em sua bôca há uma estrela.

Minha mão viveu mil vidas
para uma noite encontrá-la
e noutra noite perdê-la.
Caminhei tantos caminhos,
tanto tempo e não sabia
como era fácil a morte
pela seta do silêncio
no sangue de uma alegria.

Seus olhos andam cobertos
de côres da primavera.
Pelos muros de seu peito,
durante inúteis vigílias,
desenhei meus sonhos de hera.

Desenho, apenas, do tempo,
cada dia mais profundo,
roteiro do pensamento,
saüdade das esperanças
quando se acabar o mundo...

Cecília Meireles




Existem seres puros e sensíveis
que nada dizem quando o amor tortura,
guardando sentimentos de candura
que nem o olhar os torna compreensíveis

Oficiam no templo claro da alma
e quem os vê assim sem um queixume
talvez se lembre da poesia calma
de uma flor escondida no perfume.

Esse amor dura as vezes uma vida
quando a amada ignora ou silencia...

Que falta faz um gesto de ousadia,
uma graça maior na despedida!

Que falta faz! Mas ela não socorre
ao pobre amante e chora
aos poucos se transforma...
e o amor divinizado morre.


Miguel Reale

terça-feira, 13 de novembro de 2007

"ASAS DA TARDE" - Luiza Caetano







"ASAS DA TARDE"



Bate o sol na chapa velha,
a saudade no coração,

Olho a volta do caminho
sem a sombra dos regressos

Tocam os sinos na Sé
Avé-Marias e preces

A solidão é uma asa
chapada contra o muro

faz-me falta o teu carinho
tua mão dentro da minha

nelas seguro o vazio

Um cisco - cio de ave
desenha-te no horizonte

Bate o sol na chapa velha
rumor de fonte na tarde

Tu, não vens eu desespero
espelho quebrado...saudade.

***********************luizacaetano

_
Olhos da Noite
A inspiração bate forte à noite
quando no quarto ao lado
apenas o vazio
ou apenas a memória de um amor
que nunca o chegou a ser
de verdade e na verdade
é sempre tarde demais

Lá fora transpira a humidade e o frio
lá longe onde nem os olhos da noite te avistam
onde tu dormes sem descanso
sem viver o sorriso de cada amanhecer
apenas a noite que te envolve
nos sonhos de mulher frágil
grande enorme em pose humana
sem o querer, apesar de o saber

Apenas um humilde objectivo
na noite escura como breu
e nem preciso de ver
sei o que me abraça
mesmo sem me lembrar do sonho
do beijo demorado
do sexo quente e desmesurado
do doce cansaço em que nos deixamos cair
e lá dentro apenas a memória
apenas memórias
que os olhos da noite
não me deixam esquecer

MM

http://www.manuelmarques.com/visualizar.php?idt=733284

domingo, 11 de novembro de 2007

"AMOR" - Luiza Caetano







" A M O R "

Tenho um dedo
que te adivinha,
um segrêdo
que te inventa,
uma lança
que t`assassina,
um amor
que t`acorrenta,
um olhar
que te fulmina,

Tenho
Meu Amor
toda a ternura
do mundo
nesta amargura
de mêdo,

Neste Amor
neste segredo!

lc - Nov-2006

"VERSOS NA AREIA"




" VERSOS NA AREIA"

Escrevo versos na areia
bordados a ponto de luz
canções que o vento leva

palavras cruzadas de amor
cantadas a ponto de cruz

selo sem marca d`àgua
tormento que me seduz

Morro na praia dos sonhos
entre a cruz e a luz, embalada
entre a mágoa e a saudade
Uma imagem desenhada

luizacaetano


"VERTIGEM"

Excalibur esgrimido
no céu da minha alvorada

sangra essa passarada

palavras ocas,
mordidas
do inverosímel
sentimento

Rotina
retalho no malho

disfarce calafetado

Palavras esgares fingidas
banidas! sempre banidas!
no céu da noite estrelada

Tela singela, poesia
barco ancorado na areia

Rede , peixes e sonhos
pescador da maré cheia

Algas, sóis e girassóis
Vertigem dilacerada

Vieste de madrugada
Vieste com a alvorada

Luizacaetano

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Várias de Judit - NEFERTARI



SEDE (SEDA)

Seda é tua pele, teu ruivo cabelo,
seda é tua voz, a boca nua,
que me dá sede de seguir pelo
teu corpo: ressuscitada... tua!

Seda é teu falar, a voz macia...
esse jeito dengoso, de quebranto...
Seda são esses claros olhos, como o dia,
que fazem a minha festa, o meu encanto.

Leva-me ao Monte das tuas delícias
de seda. Sacia minhas sedes apresadas.
Enleva-me nas sedas das carícias,
nas sedes de tantas eras esperadas!!!

(JUDIT/NEFERTARI)





ESTRELA CADENTE

No céu escuro surge uma estrela...
que gosto vê-la assim, tão reluzente ! ...
No ar tão puro, ela segue pela
noite: uma brilhante estrela cadente.

Veio e se foi ! Um breve lampejo
iluminou fugazmente o meu Eu.
Não foi para durar - um suave desejo
surgiu... vibrou... e logo morreu.

(JUDIT/NEFERTARI)


ÊXTASE (LUZ)
Mansa é a Luz que me vem,
e no entanto,
toda me inunda de encanto
e me desnuda,
mostra-me um mundo Além,
me deixa muda
e tonta, tonta de espanto!

Que Luz é essa que me vem assim
e toda me ilumina
da Beleza me aproxima,
transformando tudo em mim?
Não sou corpo, nem a sina
de mulher, que me anima...
sou humana ...e sou divina!


Pela Luz que assim me cai
e me deixa inebriada
num frêmito que me percorre...
(a vida é essa que vai,
ou fica estagnada?)
Oh, não entendo mais nada!
Oh, Luz, vem e me socorre!

Luz, vem de novo aqui,
me explode em megatons
(energia total, crua.
Preciso de estar em ti,
porque me deixaste nua...)
quero ouvir os Teus sons...
Mais uma vez toda Tua!!!

(JUDIT/NEFERTARI)




RENUNCIÂNSIA
Saudade. Saudade. Saudade. Saudade.
Amo um flor: flor-espinho,
amo um amor: dor-carinho,
mal, que eu queria Bondade!
Amor-distância como a China, Rússia...
Vermelho-púrpura e azul da Prússia.
Olhar de neblina. Rosto sem idade.
Meia-idade menina. Urso de pelúcia.
Renúncia. Renúncia. Renúncia. Renúncia.

Tristeza. Tristeza. Tristeza. Tristeza.
Há tanto tempo gritei o meu grito,
ardente ânsia, o soluço aflito,
não encontra a cor: morre a Beleza.
Partiu alguém de alta fidúcia,
saiu por aí... e com minúcia,
levou na bolsa amor, cartão, astúcia,
deixou saudade-dor e esta certeza:
renúncia. Renúncia. Renúncia... RENÚNCIA !

(JUDIT/NEFERTARI)

Marilene Teubner-"CINZAS DO AMOR"



Cinzas do amor.

Do céu vejo a primeira estrela cair
Da escuridão da noite
Tornei-me prisioneiro.
Sorrisos condenados pela dor.
Lagrimas de solidão.
Sentido algum.
Verdades estampadas no rancor
Mentiras disfarçadas de terror
Sobre o véu de teus olhos
Viajei entre céus,
E me perdi.
No frio da noite
Aqueço o coração.
E das cinzas espero o renascer
Da emoção do amor.

Marilene
08/11/07

Espelho Meu - JOÃO JACINTO





Espelho meu

Quero curar-me das crostas empedernidas,
das chagas, que teimam em não cicatrizar,
envoltas de pus, infectadas de raiva.
Quero ter na vontade o segredo da cura,
a percepção do tempo da dor,
resistindo à constante comichão,
para não voltar a sangrar,
ao pôr o dedo na ferida,
ao escarafunchar do confronto com as mágoas.
Quero uma pele limpa de cicatrizes,
sem vincos de receios mal dormidos,
sem rugas de tristezas resguardadas,
sem golpes, que me trespassem a alma...

Quero que seja o espelho, que me mire.
Olhá-lo?!... Não pretendo mais magoar-me.

joão jacinto
in (Re)cantos da Lua

Amizade


Amizade

A parte mais difícil duma amizade é no auge duma crise saber qual o ponto em que se deve ceder (se houver ponto para isso), de forma a que não se tomem decisões precipitadas. Sem esquecer que ninguém é perfeito e sem esquecer também que não se devem admitir imperfeições a mais...

É sempre mais fácil fugir, mas deve-se ter sempre em conta o que leva alguém a quebrar um 'compromisso' de lealdade que por vezes se torna mais forte que o tomado por um casal.

Antes de se pensar que o melhor amigo de ontem, é hoje um bandido, deve-se guardar o medo e a vergonha de pensar se não seremos nós os culpados pelas situações criadas.

Lealdade, cumplicidade, generosidade e companheirismo nunca são demais para um amigo, assim como não é amigo se não houver essa compensação que tem sempre de ser espontânea...

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/649794

Manuel Marques

terça-feira, 6 de novembro de 2007







Que o olhar não se perca nas rosas
Pois formas incomparáveis de rara beleza
Vêm das ilusões.
Eu estou aqui e sou de carne e osso,
Te amo mais que tudo no mundo
já te dei provas,
Estou sempre perto de ti
Pouco apareço,
E sou a flor mais simples deste jardim...

Marta Peres

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Recebi da amiga Claudia Brasil!






Apesar de todos os obstáculos
que encontro pela minha vida,
apesar dos contratempos que me deparo,
apesar das portas fechadas que vejo,
apesar das dificuldades que enfrento,
ainda assim,
tenho a esperança.

Quando meus pensamentos estão confusos
e minhas idéias não são decifráveis,
não desisto!
Lembro-me da esperança que me move...

Esperança,
é a certeza de que algo de bom vai acontecer,
é a confiança que tudo vai dar certo.
Todos devemos ter essa esperança,
para que não nos sintamos caídos,
para que nosso dia seja menos tumultuado,
e para que nosso coração esteja menos pesado.

Desejo a você,
que também tenha sempre a esperança,
que ela permaneça sempre em seus pensamentos.
Desejo que você nunca desista,
porque enquanto houver a esperança,
nenhum sonho estará perdido!

Lembre-se:
"A ESPERANÇA É A CHAVE QUE ABRE A PORTA PARA UM FUTURO MAIS FELIZ,
NÃO PERCA ESSA CHAVE NUNCA."