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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Iza*Bel Marques








Sal do teu corpo

O sabor a sal
que sinto na boca
não é do mar,
ele provem de ti
sal salgado do teu corpo,
no meu vem fervilhar...
esse sal... espuma
de ondas frenéticas,
sal...ora coadificado
em mim, rega emoções
de loucura e paixão,
mergulha no coral
profundo do nosso amor,
funde-se nos nossos corpos.
Nas minhas ondas teu sabor,
estremece-me extasia-me,
solta desejos prazerosos
de amor, e eu...entrego-me
por inteiro a ti meu rio de amor.

Iza*Bel Marques




MADRUGADA DA MANHÃ

Eu sou a madrugada da manhã
que ama as Estrelas,
e as quer a todas
de braços abertos,
e não pode retê-las
pertencem a outras manhãs,
mas eu quero té-las,
ao abrir os olhos hei-de vé-las.
Eu sou a madrugada da manhã,
que deseja amar o Sol,
por entre as janelas,
dos meus passos compassados,
nos castelos dourados,
do sonho falado alto,
nos meus clamores de beiral,
entre lençois de chita e cetim
unir-me-ei a todas as estrelas,
e brindarei dando vivas á vida
de todas as constelações,
com uma infinita taça de amor
junto do Sol, Sol disperto
na madrugada da manhã.

Iza*Bel Marques










Fértil Chama

Eu hei-de amar hoje e amanhã
acolá, aqui, aonde eu estiver,
porque enquanto aqui sou bem-me-quer
serei do amor, Musa, eterna fã!

Embeleza-me o quadro da esperança
sêde, sacio no orvalho duma flor,
a bela Natureza em meu redor,
ajuda-me a sentir paz de criança.

Vou ditando delírio da alma em chama,
letras que meu coração mantém em flama,
na alegria um gemido me consome.

De cada folha extraiu o meu pensar,
eu gravo para depois então ficar
nas páginas da minha vida o nome!

Iza*Bel Marques


RIO DE DESEJOS

Ah... como desejo
ter tua boca
saciar dela um caloroso beijo,
banhar-me no teu sorriso,
e no fulgôr...
das tuas entranhas
contigo nadar
no rio do amor.
Ah! como desejo
ter-te nesta hora
muda, que toca
nas janelas vitrais
do meu SER
faminto do teu.
Vem, espero-te esta noite,
ao se desprender
a auréola da madrugada,
vem beber o perfume doce
desta chama ateada
no grito despido
que cobre o desejo,
de te entregar o delírio
desta chama,
antes que se apague,
e a fogueira fique orvalhada...!

Iza*Bel Marques


Noite Silênciada

Esta noite
sou silêncio em lavras
cativo, em delgadas
cordas de palavras
unilateradas.

Neste silênciar
a meditação,
o manusear
da reflexão,
da breve passagem,
escassa miragem
terrena.
Serena...
entrego-me na silênciação
meditativa,
e da vida reflectiva
na boca central
do meu coração desenvolto,
e elevo o pensamento
do olhar para o alto
do Firmamento,chamo pelos Deuses,
oro a Deus, e ninguém responde
aos meus apelos, receios e medos.
Esta noite sou silêncio,
por entre o mistério da silênciação.

Iza*Bel Marques



É no silêncio

que as palavras mais me falam
como as devo conduzir.

é no silêncio
onde sinto menos a dor, do parir
poemas que se calam
no grito que desnuda versos,
que agora estão desfilando
na passarela de silêncios diversos,
ressuscitos da minha faminta alma,
não sei, não sei até quando,
a vóz do silêncio das palavras, me fala.

Iza*Bel Marques


MEU VÔO

No mar além tão profundo
Encontra-se cativo, um sonho
Meu, espera-me mergulhado
Num coral do mar, suponho

Que não poderei sozinha,
Lá chegar, no vôo que me prostrou
O sonho a pomba branca, singela avezinha
De peito ferido, por mágoas que passou.

Necessita ouvir o tropel,
De asas fortes de outras pombas,
Na direcção do seu batel,
E juntas conseguir banir as sombras,

Deste vôo em comunhão
Voar, voar, aterrar só ao encontrar,
O sonho que planeja, no meu coração,
Até ao coral, que irá entoar,

Cânticos libertos, com vozes de Paz e Luz,
Por entre o caminho do Eden real,
Que direcciona à dimensão, que conduz
Esperança paradisíaca, do Ser na vida Terreal.

Iza*Bel Marques

Minha alma sorri no campo do trigal

Trago no olhar um especial jardim,
de searas belas em toda a estação,
afago-as solenemente, para mim
são pérolas de alegria para o coração,

cantam em campos multi-cores de aguarelas,
enormes celeiros com sementes de trigo loiro,
pão do suor do Povo, para alimenta-las,
esse muito precioso e valioso tesouro,

por entre reflexos do Sol sempre doirado,
brilha a força do amor e luz na minha alma,
saber o Povo merecidamente alimentado,
dá-me Vida, imensa Páz, liberdade e calma!!

Iza*Bel Marques


No meu caminho o Pai Divino

Ficaram crucificadas
sílabas na vida...
corroída de dor,
cascatas de lágrimas
transformaram-se
em lençois de esperança,
nas conchas vizualizadas
nas palmas das mãos,
que mágicamente afagaram
a face taciturna da amargura
e solidão, em passos lentos
e vagos caminhei, sem ninguém
vísivel, apenas eu...
e uma incondicional esperança
e força, que sentia vir do Alto
de onde as Estrelas brilham,
chegou a companhia de Jesus
aos passos da minha direcção,
ora disperta e Iluminada,
preparada para dizer, obrigada
meu Pai Divino!!!



Iza*Bel Marques

O meu amor não Morre

O amor vive, dança
nas ondas serenas do mar,
e na espuma dos corais,
toca harpa nos murmúrios
da dôr, em silêncio pensa...
desnuda-se e procura...
encontra maresias e flores...
na memória, espelho refletido
nos olhos da água
insecante do mar,
onde assenta a sua liberdade
e bebe, respira o meu ego
embalado, nas doces correntes
dos meus rios de amor,
por entre a minha existência
o amor não morre.

Iza*Bel Marques


Quantas vezes
Eu quero falar
E me calo,
Quero pensar
E não penso,
Quero olhar-te
E não te olho,
Quantas vezes
Te desejo beijar
E não posso,
Me apetece abraçar-te
Num abraço nosso,
Vontade de afagar-te
E me fico,
Quantas vezes.

Iza*Bel Marques


É tempo Pascoal

Ao celebrarmos a Páscoa,
é acreditar na Ressurreição
de Jesus, Elle vive em nós, ecoa
a esperança renovada da Salvação,

a Luz que Jesus entrega com amor,
a Paz perfumada de flores que imana,
o dócil adorado e querido Salvador,
que todos tenham Santa e Feliz semana.

Jesus é vida que conduz meu viver,
a ELLE prosto-me com fervor e devoção,
convicta na crença deste meu entender,
oro-lhe em pról de mim e de cada irmão,

que exista mais saúde, amor e paz no mundo,
é tempo Pascoal, haja reflexão, meditação e perdão.

Iza*Bel Marques


Mulher

A Mulher é um Divino SER,
fértil semente Sagrada
germina multiplica vida,

Mulher, amiga, mãe, Deusa do lar,
amante, esposa, companheira,
trabalhadora, aférrima guerreira,

coragem e força sobressai-lhe a sorrir
mesmo nas dores que possa sentir,
desde o íntimo das suas entranhas
regenera o amor nas suas manhãs.

Mulher flôr Princesa
da Natureza.

Mulher Mãe Estrela Rainha da minha alma,
o mais belo poema perfumado de Deus.

Iza*Bel Marques Fernandez


Enlaços do meu Sentir...

A Luz constelada da Lua,
reflete na água do mar,
minha alma sequiosa
banha-se no prateado
da taça intra-uterina,
dos versos recém- nascidos,
vestidos de azul- marinho,
beijados pela enfeitiçada
magia da Luz da noite,
crescem, amam a sorrir
entregam-se por inteiro,
no colchão apaixonado
dos lençois esverdeados,
do corpo da água levemente
ondulada, nesse extenso,
profundo e forte mar,

Ah, esses versos são frutos
de puro amor, filhos da Lua
e do Mar, apadrinhados
por brilhantes Estrelas,
e pelos enlaços do meu sentir.

Iza*Bel Marques Fernandez


O Algarve é um Encanto

O Algarve é pequeno mas tão lindo,
seu mar, dunas, castelos enfeitiça,
todo o mundo vem vé-lo, sorrindo
sempre encanta quem o abraça,

seu Sol sempre bem brilhante
reflete na límpida água cristalina,
mar espelhado a ouro e azul, tocante
nas belas praias loiras, costa Vicentina,

bem perfumada de espuma rendilhada,
envolta de algas para cura, de várias cores,
é um cenário de rendição apaixonada.
Típica é a dança do corridinho Algarvio, louvores

também têem o fumegar da lenha nas chaminés,
a assar as frescas sardinhas... legumes e o bacalhau.
Algarve é zona pescatória e turística de lés a lés,
não falta boa música ligeira, fado, e poesia em sarau.

Nas mansas ondas barcos à vela, remontam história
entre bandos de gaivotas a redopiar e a cantar,
lançam-se gritos de amor e paixão na memória
mais bela, afrodisíaca, tela que o Algarve tem a mostrar.

Óh! Algarve reino d´quem e d´além mar, abençoado,
Província também de descobertas e navegações, prazenteira
quanto hospitaleira, à beira mar tem seu jardim plantado,
amo-te num todo meu pitoresco Algarve, por toda a vida inteira.

Iza*Bel Marques Fernandes


Caminhando pela Praia

Na praia deserta fui caminhar... e procurei
pelo meu tempo aquele que não vivi,
e o que de mim ainda não entreguei,
no movimento das ondas serenas vi,

dois troncos de uma árvore corcomida
desgastada pela erosão da terra e do mar,
estes corpos nos estórios retalhos de vida,
foram dar à praia deserta para me encontrar,

com o meu vestido de folhas amarelecidas
coberto com um manto de algas esverdeadas,
encontrei-me com o Outono da maturidade,
para entregar a cada dia, a felicidade

de sentir Vida, mesmo no que ela não me doou.

Iza*Bel Marques Fernandez


Amor Eterno

Pintei no mar quase ao Sol-Pôr,
versos de amor que não entreguei,
na cruz da saudade os fui depôr,
com doces lágrimas os eternizei,

são versos que nasceram do meu sentir,
sentir derradeiro esse de quem vive a amar,
até chegar a hora do meu indesejado partir.
No mar quase ao Sol-Pôr fui pintar

insígnias do encontro no meu viver
com o reencontro de um eterno amor,
bordado nos brocados do amanhecer
do Sol, a reflectir no mar seu explendor.


Iza*Bel Marques Fernandez


Crianças
Rebentos de vidas,
Esperanças
Bem queridas…

Doces heranças
Estrelas brilhantes,
Cativas lembranças
De um viver antes.

Crianças
Amores puros!
Flores frescas
Alumias, nos escuros.

Bençãos em glórias
Não quero ver sofrê-las!
Felizes! Desejo vê-las.

Eu as adoro e amo
Do fundo do meu peito,
Dia a dia, ano após ano
Com sublime respeito.

Iza*Bel Marques Fernandez


A noite desceu com seu manto azul nas telas
das flores multicores orvalhadas de amor,
beijam suavemente apaixonantes estrelas,
sob o aroma de suas pétalas iluminadas, no fulgor

da madrugada, afagam almas no espaço terreal,
abraçam a inquietude cintilante do luar e amam
na nudez livre, da alquimia do corpo astral.
As flores na calada luz da noite amam-se e sonham.



Iza*Bel Marques Fernandez


Sentimento da Alma

Por vezes
não existem
palavras
plausíveis,
para expressar
o sentimento da alma,
mas são fórmulas
de manifestar
o clamor do coração,
sem ecoar revelação
da profundeza
íntima do nosso SER.

Iza*Bel Marques Fernandez


Pela Luz e Paz lutemos, lutemos
com armas só de amor e por amor,
assim creio que ainda teremos
a Terra sem gritar, e tremer de dor.

Vorazmente seu corpo abre brechas,
engolindo corpos e sangue no solo ferido,
tanto pavor e mortes, tantas queixas,
tratemo-la por favor com o amor devido.

Entrelacemos nossas mãos em cada Nação,
dizendo: não à guerra e adeus aos canhões,
é urgente entregar ao Planeta sua salvação
etérea, para que possam resistir seus pulmões.

Iza*Bel Marques Fernandez

Amar-te meu amor,
É sentir a vida florescer,
É sentir o teu calor
Bem dentro de todo o meu SER!

É renascer em cada segundo,
E respirar e aspirar teu ar
Num sentir-te tão profundo
Não existem palavras para decifrar,

Este vasto amor extenso!!!
Reciproco de ambas as partes
Ele é muito, muito intenso
Que nos linia de liberdades

***Porque é sólido***
Não diluí!!!

Iza*Bel Marques Fernandez


Sustenha as suas lágrimas,
não as deixe por nada cair,
podem ser... talvez esgrimas
conquistas de amor, que a sorrir

você fez eterna morada, no coração
da sua alegria bem detalhada,
sustenha as lágrimas nessa emoção
detalhada, não consinta sua face molhada.

Iza*Bel Marques Fernandez


Um grito pede Justiça
Um grito, no fragor da escuridão
da noite fria e chuvosa,
alarido implora alimentação,

tragam sopa quente e saborosa
junto a um cobertor,
para puder cobrir
o corpo, descrepante dor,

e o grito sumir,
é tão pouco
o que o grito pede,
anda como louco

de tanta fome e sede.
O grito é estridente
nos meus ouvidos retina,
o sofrer de muita gente

haja justiça, sem ser a Divina.

Iza*Bel Marques Fernandez


Icei a minha alma no mar,
o olhar no firmamento,
meu coração ficou a remar
nas ondas do pensamento,

direccionado à sua figurativa
imagem alardeante, memória
sintonizada tão forte quanto altiva,
nas brumas do adro de minha história,

continuarei a ir junto do mar, içar...
meu SER saciará o purificar, jubiloso de si.

Iza*Bel Marques Fernandez


No coração de uma mulher,
existe um rio largo e profundo
de desejo, amor, prazer e sofrer,
que vai desaguar no centro do fundo

do mar, nos corais ecocêntricos multicores,
o caís dos prazerosos segredos,
guarda a paixão dos sentires de amores,
feitos fósseis preciosos estão degredos.

Iza*Bel Marques Fernandez


Contemplando

Contemplei
Uma estrela,
E como adorei
Olhar para ela.

Brilhava, brilhava
Sobressaía das demais,
Quanto mais a fitava
Aproximava-se de mim mais.

Era vermelha, dourada
Prateada e verde,
Estrela bem deslumbrada
Que em meu peito dá alarde.

Comigo a dormir
Ou acordada,
Ela vem-me sorrir
Ao romper da madrugada.

É especial esta Estrela
Que tanto me ilumina,
Dá-me força e anima vê-la,
Não sei…mas será Divina.

Iza*Bel Marques Fernandez


Meu Ego

O meu sentir é imensamente amplo
e tão vasto os desejos do meu querer,
restrito infelizmente é o viver,
infinito quanto desejaria vê-lo!...

No tempo composto de frio e calor,
atravessando este meu horizonte,
sinto e presinto previver cada instante,
o murmurar doce cintilante do amor!...

Em cada despertar de alvorada,
em cada dia que seja eu a viver,
e possa ver cada noite estrelada.

Quero sempre bem alto puder gritar
liberdade, para que me sinta eu!..SER,
não me permito saber, deixar-me apagar!

Iza*Bel Marques Fernandez


Pintei meu rôsto da cor das papoilas
no suor da meia tarde, deu-me gozo
e prazer, ver minhas faces rosadas,
como se fosse o Sol a nascer,
ao romper da madrugada, na jovialidade
dos meus verdes anos, apreciando
o crescer das searas de trigo, no campo
dos sonhos realizados, amadurecidos
no seio da Primavera e assimetrados,
no Verão caloroso a restolhar,
nos meus ouvidos, a ceifa por entre
o murmúrio da água fresca da fonte,
bebida a golfejos; tilintando na garganta
de quem trabalha a terra, com sabor
a cortiça e argila, provente do cocharro,
barril ou bilha de barro, contendo
a frescura dos veios submersos da terra,
nos campos da Natureza, aonde
se construiram fortalezas e castelos,
recheados de medos, por entre o sorriso
do trigo e das papoilas, na juventude
do meu tempo, ora adormecidos,
na censurada mas persistente vontade
de acordar. Choram nos braços da terra
memórias daqueles que se dedicaram de alma
e coração a produtivas searas, que o tempo
vai levando ao mesmo tempo que arrasta
resteas de sementes, na cor viçosa do caule
e do rosto bem rosado, das papoilas
que continuam a germinar, renascendo-lhes
sempre um sorrir de esperança, em tantos
campos, ao abandono nas Terras do meu País!

Iza*Bel Marques Fernandez

Haja amor a doar

O Sol vermelho declina…
Declina, direcciona-se a outro horizonte.
A Lua assoma, com desenhos de papoilas,
Entrelaçadas a espigas a chorar, no espelho
Embaciado dos trigais desertados.
E o Sol vermelho declina… no Pôr-do-Sol,
Vertendo saudade e dor, nas palmas das mãos
Famintas, de afagar searas verdejantes
E douradas, debruadas com a cor rubra do amor,
Aquele que dá vida às sementes do pão, e liberdade
No sustento do viver, até nosso Pôr-do-Sol se diluir.
Haja amor a doar, trabalho sem esmolar,
E liberdade sem rastejar, respeito e dignidade.

Iza*Bel Marques Fernandez


Renovação

Hão-de brilhar estrelas
De cores por nascer,
Haja vida em cada viver
Pintem-se novas telas…

Renasça o horizonte
Que ontem pereceu
No dia que adormeceu,
Ao decair da noite.

No desenhar de quadros
Nasçam nos corações Adros,
De Luz, que ilumine os Céus.

Se a Terra já é castigada
Deverá ser renovada
De amor e por amor, meu Deus!

Iza*Bel Marques Fernandez


Num Mar de Emoções

Pelo corpo das minhas veias,
Corre um mar de emoções,
Desaguam nas quimeras
ilhosas do tempo, em erupções

entrelaçadas nas noites abertas,
dos amanheceres eleitos
na força livre do querer, onde flutuam
palavras em vozes que ecoam

Na história a memória,
Bebendo sonhos, no mar das Poesias
que desbravam, falésias de raivas,

na sombra de paredes vertiginosas
albergando prados vivos,
sob raízes de Terra, com laivos
queimados, na embriaguês dos ares,

retroflexos de emoções melódicas em pomares
de progredimentos, trepam emoções carpidas,
nas encostas firmes dos vales e das serras,
recebendo abraços de Vida,

com sabor a néctares da Mãe – Natureza.

Iza*Bel Marques Fernandez


Âmagos de Amor

Ergo duas taças de cristal vermelho,
brindo com um doce vinho verde,
a terra e o mar,
e aterro e elevo-me
na circunferência de vidros…, espelhada
vejo tua linda imagem, dando alarde
aos faróis das meninas dos meus olhos,
embriagados nos âmagos do amor
e da esperança, não diluem sentidos
sentimentos eternos.

Iza*Bel Marques Fernandez


Em finais de Novembro

A praia estava deserta
nos ombros do silêncio,
e eu, mergulhei os pés
na maré semi-vazia,
que ao pé de mim jazia
exausta de solidão,
fiquei ali… até que a maré
cheia surgiu trazendo um navio,
cheio de multidão,
e … fui embora,
mas depressa
ali regressei de novo,
pois a praia me chama
porque a afago e amo
em qualquer estação do ano.

Iza*Bel Marques Fernandez

Amar e zelar a Natureza é Viver

Fui ao campo, ao encontro da Natureza,
senti encanto e beleza, respirei o ar puro,
a calma que procurava, usufrui a sombra
de verdejantes árvores, e ali senti vontade
de me sentar, mas...ao reparar que o chão
estava colorido de lindas folhas e flores
silvestres, exitei, e sómente me debrucei
para beijar uma flor,exalando o perfume
sádio e ímpar deste encontro fresco, puro,
calmo, e harmonioso, apetecia-me
permanecer lá mais tempo...estava a anoitecer,
a passarada recolhia ali, cantando lindos hinos
diversos, mas tive que voltar à cidade,
deste encontro ao campo, trouxe o ímpar sabor
doce de Vida deslumbrante e espectacular
da Natureza, voltei calma, serena, leve
e embebevecida pelo ar, senti-me purificada,
em liberdade, e exclamei: todos temos
o dever de defender e preservar a Natureza,
amá-la com muito amor e zelar por ela,
a Natureza oferece-nos Viver, é tão salutar
ir ao encontro das Árvores, das Flores,
dos pássaros e dos Trigais, quem sente
assim vontade de caminhar? rodeado entre
a Pureza que a Natureza tem, eu, vós,
e outros certamente!!

Que sejam todos a amar e a zelar pela Natureza.

Iza*Bel Marques Fernandez


A Amália Rodrigues, Fadista

Levou a vóz de Portugal ao Mundo,
amou o Fado, mais que sua vida,
cantou-o com garra e sentimento profundo,
Deusa-Fadista, mui amada é revivida.

Sua vida durante o sono adormeceu...
eterna embaixatriz Portuguesa-Fadista,
pelas veias dos dedos, poesia também verteu.
Amália vive como espírito-alma Artista.

Iza*Bel Marques Fernandez


Deus escreveu
o mais belo poema,
à Luz calorosa do Sol,
com seu amor aprimorou-o,
deu-lhe a formulação
da concessão de procriar,
no colo do seu sagrado
coração, e escreveu
as ínsignias da palavra
Mãe.

Iza*Bel Marques Fernandez


Retalhos de vida

vão ficando na penumbra,
por entre o éter efêmero
da desumanidade,
com que maltratam a TERRA,
aniquilando cada SER vivente.
A TERRA chora e grita por Vida,
urge compadecimento, respeito,
perservação, amor para a salvar,
façam todos isso, por vós próprios
por favor, só viveremos se ela viver,
mas sem a proteger, todos com ela
vamos morrer!

Iza*Bel Marques Fernandez


Asas de veludo voejam
pela areia loira da praia
beijada pelo mar calejado,
aonde o Sol acentua cânticos
de elos de amor em abraços,
para leva-los a voar e poisar
no corpo do firmamento,
para lá da linha do meu horizonte,
um pouco de mim.

Iza*Bel Marques Fernandez


Ao longe, no silêncio
do Pôr-do-Sol, escutei
o marulhar calmo do mar,
caminhei...na sua direcção,
e ele Divinamente
regou-me de afectos,
que me conduzem
ao porto da serenidade.

Iza*Bel Marques Fernandez


Sonho Acordada
Contemplo a Lua,
e caminho...
lentamente debruçada
no lecre misterioso,
que envolve a vida
sem desmistificação,
insatisfeita sonho
acordada com a pureza,
sinto-me levitar a voar,
no espaço da bússola
infinda da alma,
e o corpo sente
a leveza da mente,
e curva-se
nos ocres da Terra.

Iza*Bel Marques Fernandez


Um grito, no fragor da escuridão
da noite fria e chuvosa,
alarido implora alimentação,
tragam sopa quente e saborosa

junto a um cobertor,
para puder cobrir
o corpo, descrepante dor,
e o grito sumir,

é tão pouco
o que o grito pede,
anda como louco
de tanta fome e sede.

O grito é estridente
nos meus ouvidos retina,
o sofrer de muita gente
haja justiça, sem ser a Divina.

Iza*Bel Marques Fernandez

Mulher com teu coração
grita para o mundo,
que amas no teu viver,
com amor puro, profundo,

solta do corpo tua alma
e proclama-te Mulher
Rainha do Amor.
Na cor do mar sereno,
contempla-o em silêncio,
e ouvirás a mais linda melodia,
de calmaria da vóz do teu olhar
tão lindo.

Iza*Bel Marques Fernandez


Chamas de vento
entregaram
labaredas
destrutivas,
nas conchas
de ilhas alojadas
nas minhas janelas,
e foram desaguar
no promontório
das searas,
que habitam
no centro do coração
da minha alma sofrida..

Iza*Bel Marques Fernandez


Serei a estrela
dos meus invernos,
Iluminarei a estrada...
da minha saudade
Primaveril, recordarei
os meus loiros anos,
e continuarei a viver
na Luz e no Amor,
amando este Templo,
do meu tempo presente.

Iza*Bel Marques Fernandez


Paz na alma e coração

Procuro uma Paz
que me aqueça o rosto
alma e coração
na pleinitude,
Paz frutífera recheada
de chamas de Amor
Universal, para banir
o gume que me fére
veias do meu SER
tremulado, por saber
propagação desumana,
no mundo de todos
os viventes, inúmeros
já em via de instinção.
Que se unam todas
as mãos do homem,
em pról do amor,
que esta seja a"arma"
para que surja a Paz
que tanto procuro.

Iza*Bel Marques Fernandez


PÁSSARO FERIDO

Um pássaro ferido canta,
voa sobre ravinas com pavor,
voar mais alto sua força não aguenta
embate, poisa numa árvore semi- morta.

O astro encontra-se acinzentado,
a Terra com ondulante turbulência,
o pássaro já ensanguentado
respira, e canta a sequência

da sua dôr tão amargurada:
a sua vida mui-desdita,
vive ao relento, sem amor e morada,
forçado à guerra, preso, não sendo fascista,

Resistiu, sonhou ser livre, conseguiu,
mas a vida não lhe sorriu como almejou,
viu sonhos frustrados, a vida? por um fio,
e o pássaro partiu, a vida, seus olhos fechou.

Iza*Bel Marques Fernandez


Elevo o Fado

Elevo meu olhar e pensar
na deslumbrante Lua cheia,
que veste a paixão no luar,
e vem alumiar o palco da plateia

com holofotes de linda cor,
ouvem-se gemidos de viola e guitarra,
acompanhando o fado, com amor
filtrado na possante garra

da vóz, calorosa da alma do artista
essa alma que representa o nosso Povo,
perdure genuína, nas veias de cada fadista,
e assim o fado, sorrirá sempre de novo!

Iza*Bel Marques Fernandez


Abandono o altar
do cálice da madrugada
despida de quase tudo,
vestida de quase nada
e semi-inerte
na coluna insustentável
do tempo, abandono-me
para me entregar
renascida por inteiro
ao coração dos versos
que ainda não escrevi,
no côncavo do templo
da minha alma.

Iza*Bel Marques Fernandez


Debrucei-me...
No silêncio
da noite,
e meu amor
Deu alarde,
Ao reencontro
Da brisa suave,
Que proclama
A madrugada
Disperta
Ao meu SER,
Em projecção
Ao altar
do infinito.

Iza* Bel Marques Fernandez


Olhando o mar
encontro
a infinidade
de amor
que contempla
a minha alma,
no mar eu vou
ao encontro...
de mim e de ti,
nele nos perdemos
e nos reencontramos
subtilmente.

Iza*Bel Marques Fernandez


Era noite

Quando suavemente redopiei
nos braços doces do vento,
no ensejo de te reencontrar, adorei
a aragem, brisa ao relento

veio afagar minha alma, orvalhar
o corpo da minha mente,
meu rosto beijar e acariciar,
senti por instantes força veemente

no coração das conchas das pérolas
dos meus olhos cansados e lacrimosos,
boas memórias de ti, com auréolas
cintilantes... mas, diademas clamorosos

desfragmentam-me pela ausência etérea,
nesta sequiosa amarga e doce saudade!!!

Iza*Bel Marques Fernandez


Plena Sintonia

Sou cada instante
no nosso tempo,
sonho imortal
do nosso poema,
sou brisa suave
que contempla
teu dócil olhar,
rio de ternura
a acariciar...
teus cabelos soltos
ao vento, deserto
sequioso pela água
do teu Ser, sou chuva
fervente em erupção
torrencial, ao beijar
o cálice licoroso
da tua boca,
sou vendaval envolto
no teu cálido corpo,
mar profundo
ondulante na ilha
ténue da infinda
firmeza existente,
no nosso amar
sou tua sintonia
alimentada no coração
da minha alma,
porque tu e só tu
és o meu eu, em mim
meu eterno amor.

Iza*Bel Marques Fernandez


Ao final da Tarde

Percorri caminho
de tons acinzelados,
horas em desalinho
e versos pintados

de vermelho encontrei,
numa sombra de Luz
no meu coração reparei
que o amor nele reluz,

sangrando e amando a sorrir
na fuga da linha do Pôr- do- Sol.

Iza*Bel Marques Fernandez


Espaço no Silêncio

No silêncio, constância
de instantes, frases, ensejos,
transportam ressonância
ao meu espaço interior, arpejos

dum corpo não musicado,
de uma alma penitente,
num coração estilhaçado,
onde paira dor permanente,

entrego doações de amor
sem nada em troca cobrar,
escrevo meu sentir numa flor,
e ofereço dolências ao mar.

Iza*Bel Marques Fernandez
A tarde pode ser fria no Verão,
se minhas flores preferidas murcham,
se não escutar passarinhos a cantar,
se não ver árvores com folhas a redopiar,
se não alcançar ver terra, mar e céu
até... para lá da linha do meu horizonte,
e se não tiver caneta para escrevinhar,
nem o Sol consegue vir aquecer
o frio da alma do meu coração.

Iza*Bel Marques Fernandez


Desejos volupiosos

Minha pele fervelhece, transpira,
ao sentir nela o contacto da tua
e arrepia com calor arrepia,
ao contemplar essa pele nua

que vai estremecendo, nos soluços
por amor corporal redesejos dos desejos
volupiosos, onde se fundem abraços
nos entrelaços dos corpos, solfejos

sussuram canções de palavras
românticamente apaixonadas,
percorrem nossas veias com lavras
de paixão corporal, almas, saciadas.

Iza*Bel Marques Fernandez

O Poeta

Se a vida for tristonha,
de sorte não contemplada,
o poeta sempre, sempre sonha,
no centro de energia desenfriada!...

persiste mesmo que a chorar,
com os olhos bem fechados,
o poeta canta seu versejar,
vendo desenhadas pelos dedos,

palavras sangradas do seu coração,
encontra almejos de persistência,
flamejante, para cada resolução,
revela na palavra, a resistência.

O grito da alma do poeta, suporta
o caís da dor, com poesia se conforta.

Iza*Bel Marques Fernandez


Inicie seu dia a sorrir
para si e para a vida,
o viver merece
ter beleza
e encanto,
não esqueça
que seu coração
precisa sentir
a doçura do amor,
no sorriso alegre
e sincero dos seus lábios.

Iza*bel Marques Fernandez


No jovial da Primavera

Lembrei-me de repente de amoras,
daquelas amoras silvestres que apanhavamos
com gosto nas silvas junto ao riacho,
tu as colocavas na minha boca e eu na tua boca
também, eram roxas bem maduras doces
como o nosso amor, cúmplices dos nossos beijos
trocados e molhados nas docas do frenesim
dos desejos envolventes na paixão jovial
da nossa juventude, foi numa época linda
de Primavera, mais tarde esse amor amadureceu
tal como as amoras que comemos.
Por vicissitudes na nossa vida, hoje as amoras...
de que me lembrei, são uma quimera escrita
numa folha de silva amarelecida, com o decorrer
do nosso tempo de amor à muito finito.
Apenas relembrei.

Iza*Bel Marques Fernandez


Louvo e exalto o amor
grito para o Mundo,
amem-se por favor
sintam bem profundo

esse sublime sentimento,
minorem ou retirem o sofrer
na dor, angústia e lamento,
colaborem para melhor viver.

Iza*Bel Marques Fernandez


Mãezinha tão cedo da vida partiste,
Eu fiquei nesta vida a penar, penar...
Choro muito por ti e ando triste
Porque Deus tão cedo te quis levar?

Iza*Bel Marques



É atravez do silêncio
e de olhos fechados,
que vislumbro melhor
os contornos mais belos
da tua alma.

Iza*Bel Marques


Hoje o Luar...
é teu lindo sorriso
apaixonado e conciso,
no brilho do meu triste olhar.

Iza*Bel Marques


Brocados de Eternidade

Matrizes de sonhos ficam no Pôr-do Sol
refletidos no extenso azul manto do mar,
nas folhas de árvores Outonais que em rebol
ateiam de luz ramalhetes de flores a acenar,

Para um horizonte, onde o corpo fica assim:
em forma de segmento longo ou breve
na hora misteriosa que aparece vestida de cetim,
pára no relógio da torre que toca suave,

Tal como imagino ser os brocados da eternidade.

Iza*Bel Marques


Depois que Partiste

No sacrário dos olhos
de meu coração,
guardo a presença
da tua imagem
e recordações
preciosas,
de vez enquando
uma Luz, vem afagar
e beijar o Templo
da minha alma sofrida,
pela doce-amarga
saudade, proveniente
da ausência....
e companheirismo....
do teu corpo físico!!

Iza*Bel Marques Fernandez


Um Grito na Noite Fria

Um grito, no fragor da escuridão
da noite fria e chuvosa,
alarido implora alimentação,
tragam sopa quente e saborosa

junto a um cobertor,
para puder cobrir
o corpo, descrepante dor,
e o grito sumir,

é tão pouco
o que o grito pede,
anda como louco
de tanta fome e sede.

O grito é estridente
nos meus ouvidos retina,
o sofrer de muita gente
haja justiça, sem ser a Divina.

Iza*Bel Marques Fernandez







Meu Irmão

Já nem sei quantas vezes te chamei,
e minhas súplicas não ouviste!!
já nem as vezes que por ti chorei,
desde que desta vida partiste.

Aflora-me já profunda saudade
vivo com ela de braço dado,
espero que na eternidade
possa viver a teu lado,

é a esperança que me resta,
e dá ânimo a meu coração,
no mistério da vida que atesta
reencontrar-te meu irmão.

Se nosso reencontro acontecer,
direi obrigada Bendito SENHOR
valeu a pena, na terra eu perecer,
para terminar esta saudade e dor.

Iza*Bel Marques Fernandez


Quando um dia
meu corpo sucumbir,
que a minha Alma
cante por mim, o Amor
eternamente.

Iza*Bel Marques Fernandez


No Mar de matizes Coloridas

O mar pela noite baloiça, lentamente adormece,
no silêncio das pontas loiras de suas praias
bronzeadas, liberta-se nas rochas cobertas de lágrimas
doces e salgadas, como que numa apoteose,
desenha e pinta entre soltas pinceladas, sonhos
semi-inertes no meu rôsto, e eu estendida no lençol
de areia molhada junto ao mar, adormeço entrelaçada
nas verdes algas que em mim emergem, vindas ao sabor
das crinas do vento, que sopra das Dunas, quando acordo
ah!... quando acordo o meu SER, bebe golfejos de seiva
da brisa e salpicos do marulhar das ondas do mar- mais-azul,
por entre belos reflexos das cores do Sol, da madrugada
nascida, já vestida de dourado, ocre e de azul escerdeado,
recebo sonhos vivos com ovações, como se fosse um poema
parido do embrião perfumado na fonte alimentadora do mar
que desperta livre, alentando meu égo, e inspirando-me Vida,
na Vida deste mar de matizes coloridas.

Iza*Bel Marques Fernandez









Voei...nas asas do Sonho

Voei... voei no sonho
amei suponho,
voei de braços abertos,
deparei com afectos
recheados de luz e vida,
voei em braços que adorei,
vivi laços e entrelaços
voando no espaço cor de anil,
amor e mais amor encontrei,
num regaço musical poisei.
Adormeci e...acordei
com o perfume de rosas
vermelhas, lírios brancos
e rosmanos, neste sonho a voar,
não desejava para Terra voltar
mas regressei, porquê?
Não sei só sei, que ansejo
de novo sonhar a voar... e voar...
voar.

Iza*Bel Marques Fernandez


Que o abraço, não seja só o abraçar
de quatro braços, mas sim o sentir
de duas almas, permutando-se
verdadeiramente na chama
do bem querer.

Iza*Bel Marques Fernandez


Na salva da Saudade

Estou admirando a Lua,
nela refugio-me, medito...
no amor eterno, na magia
do envolvimento que dito

à redoma da convenção
das minhas letras, vestidas
nas artérias dos ventrículos
do meu coração, batidas

nas salvas do átrio da saudade
morfológica, entrego ao luar
fléxivel, amor- eternidade.
Meu perpétuo amar.

Iza*Bel Marques Fernandez


Vida Terrena

A vida diminue sem dúvida,
em cada dia sem farsa,
que por nós passa,
é preciso saber vive-la,
dar-lhe cor, até pinta-la
com a arte de fazer com que ela
seja a mais linda e terna aguarela,
que habita em todo o nosso SER.
Saibamos disfrutar o breve viver,
desta vida, na vida terrena.

Iza*Bel Marques



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