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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

FESTIVAL JOÃO JACINTO

Tenho um sonho
que não me pertence.
Não consigo encontrar
a razão que o sustenta.
E continuo sem querer
a sonhar,
para que seja meu
esse sonho
e eu possa ser outro
para o viver.

Continuo
sem saber sonhar,
sem me surpreender,
sem estruturas,
iludido ao que não sei;
mas vem de mim.

Ainda, não o posso matar,
para que eu não morra.

joão m. jacinto

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