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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Rachel D. Moraes

Branca Lua

Translúcida lua
A mostrar-se nua.
Soluçando acordes 
De uma canção sem fim.

Caminha como uma sentinela,
Num indiferente passeio
Na imensidão da noite.
Quando se mostra no firmamento
Vira o arquétipo da paixão.

E no silêncio do espaço
Torna-se ingênua e dança,
Num vestido bordado 
De vapores e cores. 

Para impressionar-me,
Revela-se branca e pequena
E eu a vigio, 
Objeto de meu desejo,
Brilhante pérola de nácar.

Segue presa num colar cósmico,
Deixando-se refletir e embalar, 
Entorpecida pela mãe Terra
E pelas marés que tecem o mar.

Rachel D. Moraes.







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