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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ












Instituída em 1654 por Alvará Régio de D. João IV, a Casa do Infantado, pertença dos filhos segundos dos Reis de Portugal, incluía todos os bens confiscados aos simpatizantes de Castela após a Restauração de 1640. Neste património incluía-se a Quinta de Queluz e o Pavilhão de Caça pertencentes, desde o último quartel do séc. XVI, a D. Cristóvão de Moura, 1º Marquês de Castelo Rodrigo.


A "Casa de Campo" de Queluz deve a sua passagem a Palácio ao Infante D. Pedro (1717-1786), segundo filho de D. João V e de D. Mariana de Áustria, e irmão do Rei D. José (1714 -1777). O projecto inicial foi confiado ao arquitecto Mateus Vicente de Oliveira, iniciando-se as obras em 1747. Em 1752 encontrava-se já concluída a Capela, profusamente decorada em talha rocócó da autoria do mestre entalhador Silvestre Faria Lobo. O projecto global sofreria, no entanto, alterações e ampliações sucessivas até ao final do século.A uma primeira fase de construções, com o objectivo de ampliar a velha residência seiscentista situada na zona da actual cozinha, sucedeu-se uma segunda coincidindo com o anúncio do casamento de D. Pedro com a sobrinha, futura Rainha D. Maria I (1734 -1816), que teria lugar em 1760. Tornou-se, então, necessário dotar o Palácio de espaços e salas de aparato adequados a um Palácio Real, desempenhando papel fundamental neste processo o arquitecto francês Jean-Baptiste Robillion, que emigrara para Lisboa após a morte do seu Mestre, o ourives francês Thomas Germain.
Mateus Vicente, chamado para a obra de reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755, permanece como Superintendente em Queluz, cedendo, no entanto, o papel principal ao arquitecto francês. Rodeado de um escol de artistas nacionais e estrangeiros, Robillion ocupa-se da decoração dos mais belos espaços - Sala do Trono, Sala da Música e Sala dos Embaixadores - acrescentando ao projecto inicial a ala poente, o Pavilhão Robillion e a Escadaria dos Leões, como solução cenográfica para vencer o desnível existente entre os jardins superiores e a "Quinta". Tanto os jardins geométricos "à francesa" que rodeiam o Palácio, como o resto do Parque são, então, decorados com estátuas, balaustradas, lagos e azulejos.

Colecções O Palácio Nacional de Queluz, residência de veraneio da Família Real na 2ª metade do Séc. XVIII e monumento aberto ao público desde 1940, integra um importante espólio de Artes Decorativas ilustrativas da evolução do gosto português de meados do Séc. XVIII ao início do Séc. XIX.

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