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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

* Nathan de Castro*



Nathan de Castro

Eu choro porque a Natureza chora
e a Natureza é amiga dos poetas.
Chorar num ombro amigo me apavora,
mas sei que ainda existem borboletas!

Eu choro porque vejo o aqui e agora,
e choro pelos filhos das sarjetas.
Se não chorar, o sonho se evapora
e o meu poeta entrega as baionetas!

Portanto, choro lágrimas de estrelas
e enfeito as minhas páginas e telas
com flautas, violoncelos e pianos.

E choro, porque todas as janelas
abertas eu fechei sem escrevê-las
a tempo de estancar meus oceanos

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