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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Julio Teixeira de Lima



SENDA

Caminha...
Porém assim de cabeça abaixada
O teu costado pesa
Pesa-te esse fantasma e nem é nada!

É o medo cego que às cegas levas,
Mas pra quê o levas, na tua estrada?
Mas ainda que por ela vás sozinho
Ela é o teu caminho

E a tua porta de entrada!

Pensa nela com afeto e com carinho
E ainda que por ela vás sozinho
A impedir-te quem se atreve
Sigas leve o teu destino?

A tua estrada?

Caminha...
E já agora de cabeça levantada
Segue em frente,
O teu destino incontinente
que só tu conheces as tuas pegadas.

Segue em frente

Seja através das pedras seja em tua mente
Não importa segue em frente
E não te prendas
Nem te iludas mais com nada

Mais com nada...

Conquanto sim, para onde vais
É um lugar desconhecido
E só tu o poderás reconhecer
Que aí ninguém nunca haverá ido

Por ser aí onde és só tu sozinho em teu ser.


Julio Teixeira de Lima

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