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sábado, 6 de dezembro de 2008

"Amanhã e Depois"


Amanhã e depois...

O conflito pela sublimidade
impacienta o entendimento
dos que se preservam
no caminho das estruturas,
viciados num poder
que se absoluta e se contrai,
sem vislumbrarem as derrotas
necessárias à evolução.
Nos céus desenha-se,
com ângulos de tarefas
a ordem temporal da vida
sujeita ao caos.
A dona da noite cai
no túmulo sagrado,
enquanto o guerreiro se exila
na persistência do tesouro.
O vento sopra do mar
coagido de incontrolada tempestade
com o intuito de dissolver
o reino obtuso e circunflexo,
acastelado de desumanidade.
Soltar-se-ão as esperanças,
na confusão do terrífico
e os que julgarem ter morrido,
estarão renovados de consciência.
Outros sucumbirão cegos,
inabaláveis de orgulho
e mesmo que vivos,
não mais serão lançados
ao levante do conhecimento.
A noite será assombrosa
de inquietação,
sem vigília que a ilumine
e os uivos dos lobos
enfurecidos de frustração,
famintos de vingança,
perder-se-ão num deserto qualquer,
sem dunas que os amparem,
nem cadeira que os sustente,
amanhã e depois...

joão m. jacinto

Um comentário:

joão m. jacinto & poemas disse...

Agradeço os seus comentários no meu blogue e a divulgação da poesia.

Admiro pessoas inteligentes; as que sabem ajudar o mundo!

A felicidade é-lhe merecida!


Abraços poema,

João Jacinto