HOJE
O céu desceu ao teu olhar, de longe eu vi teu olho tão límpido,
É sonho azul, grito de treva ou amor triste que anda perdido?
Será cor da branca neve, tom vermelho, louco vento de paixão,
Se tua face toca sorriso e saudade, lábio de dor, é beijo ferido,
Tua alma é pomba de verão, berço da noite ou jardim florido?
Não importa, hoje penso em ti, taça de banquete e licor divino,
Deusa, Sul ardente, brindo ao teu dia, na alma de Lisboa secular,
Contente e errante, rompo alegria, peito flor, aroma com destino,
Sem ouro cintilante, ofereço-te meu rio nas fragas de além-mar,
Estilhaço os céus de mansinho, e só desejo teu coração abraçar.
Maia de Melo Lopo.
Lisboa/Portugal.2008.
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