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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Joaquim Alves

 Um pequeno apanhado da poesia de Joaquim Alves.





COISAS DA ALMA



Não sei o que me fez
caçador de mim
alguma coisa deverá ser
joaquim
assim me disse a alma vaga
se ela em algum lado habita
e não começou
com o milton nascimento
já existia antes de conhecer
o bituca

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NO INCÊNDIO



Quando ficas comigo
e minha mão treme
é sinal de alegria
da raridade que a vida
ainda oferece
de vez em quando
como nunca se sabe
nem quando nem porquê
insisto e resisto


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SOBRAS DO MUNDO


Sobra-me do mundo
o que ele não me dá
a ninguém pode dar
essas dores imensas
os pontapés na barriga
mil murros no estômago
sobram umas migalhas
do que tento dar
e não aceita

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