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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Jose Sepulveda

Cameleira do Museu de Vista Alegre - Portugal.





A cameleira
Estava no jardim verde, viçosa,
E dava a quem passava o seu perfume,
Sentia-se rainha, a mais formosa
E em flor desabrochava sem queixume
Mas algum dia, a cameleira rosa
Secou é não deu flor como costume
E é vê-la fenecendo lacrimosa,
É transformar-se aos poucos em estrume
Aquela cameleira tão querida
Já mesmo estando seca e sem ter vida,
Deixou pra todos nós esta lição...
Que vale ter o mundo ao nosso pé
Se a vida, abandonada a crença, a fé,
Não passa de perfídia, de ilusão!
José Sepulveda

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