Seguidores

sábado, 28 de setembro de 2013

Afonso Lopes Vieira

Vai a galope o cavaleiro e sem cessar

Galopando no ar sem mudar de lugar.

E galopa e galopa e galopa, parado,
E galopa sem fim nas tábuas do sobrado.

Oh!, que brabo corcel, que doidas galopadas,
– Crinas de estopa ao vento e as narinas pintadas!

Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,
O cavalo de pau é o terror das cadeiras!

E o cavaleiro nunca muda de lugar,
A galopar, a galopar a galopar!…

 Afonso Lopes Vieira

Nenhum comentário: