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terça-feira, 17 de maio de 2011

Rachel D. Moraes

(imagem by google)



Aprisionada
Aprisionada num céu de cor sangrenta,
Amparo em meus dedos
Uma grinalda de lágrimas cheias de segredos.

O sorriso resvala numa sombra perseguidora
Que me acompanha pela vida.
Falta-me voz para falar o que me falta.
Tenho o coração coberto de silenciosos gritos.

Convivo com invisíveis seres de penumbra,
Que só se mostram nas trevas.
Durante o dia sou chuva empoçada
Num impenetrável sorriso.

Tenho nos olhos uma luz esfaqueada,
Repleta de sinais que descem
Formando desenhos de labirintos.

Vim para ser sonhada, querida e fortalecida
Por um guardião do tempo,
Mas fui esquecida por sua escolha.
Fatigado, derrubou-me.


Rachel D. Moraes

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