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quinta-feira, 11 de março de 2010

NADA PARA LEMBRAR- De Maria Mendes

NADA PARA LEMBRAR


De: Maria Mendes

Nas lentes do tempo o vento me faz companhia.

Preciso partir para onde devo ir?

Dias após dias, o desassossego do meu apego.

A cada passo que dou à consciência

De outra existência em mim.

O vazio arrebatador sufoca-me...

O que falta não é amor.

As labaredas da mente em chamas gritam...

O silêncio é assustador para onde vou?

O desafio não é viver é não saber o caminho a percorrer.

Entre o certo e o errado é incitante a vontade de voar

Na forma de anjo que não sou.

Recordações quase esquecidas das outras vidas

Buscando no interior o que restou das lembranças,

O ilusionismo do mundo atual torna-se um arsenal.

Sentimentos sentidos, vividos, adquiridos

No tempo existente formando uma ponte.

Apenas voar ....

Esperar as asas crescerem para um novo vôo alçar.

Bem vindo à vida.

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