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domingo, 18 de maio de 2014

Luiza Caetano - "Agora"






Tela e poema de Luiza Caetano.
AGORA

Agora
que já posso
adormecer 
meu sono
sobre a pele
livre dos meus versos
na ausência
ferida das gaivotas
ou no crepúsculo
cansado da vida

Agora
que os violinos
deixaram morrer
suas árias
e todas as pessoas
se foram embora

Aqui
onde o areal é só meu

uma infinita linha de mágoa
e de pegadas solitárias
me benzo onde me perco

em longos caminhos de água.

Luiza Caetano
(in Agora)

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