DEDOS DE CHUVA
Sou dona dos carinhos
dos olhos e das mãos
das algas e dos cabelos
que cantam dentro de mim,
Sou dona da chuva e do vento
dos caminhos e dos sonhos,
das pérolas por garimpar
algures para além do mar
Tudo o que tenho não cabe
no meu frágil coração
Por entre os dedos da areia
despudoradamente vagueia
um sangue de solidão.
Luiza Caetano
Em meu mundo de encanto,repasso as poesias de amigos e de poetas que me fazem sentir o encanto da vida.
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sábado, 28 de julho de 2012
Luiza Caetano - INTERROGAÇÕES
INTERROGAÇÕES
Que chamar a esse sentimento
que arde dentro de mim
como palha de sol
em fumo de nevoeiro?
como a luz de um sorriso
por entre um rio de lágrimas?
como bandeira branca
em campo de batalhas
Como balas de canhão
ferindo de espanto a vida
Minh`alma é uma harpa
de mil sinfonias
Um canto de esperança
Uma Ode de alegrias
Ou
a sublime inquietude
no limiar da ilusão?
Luiza Caetano
Que chamar a esse sentimento
que arde dentro de mim
como palha de sol
em fumo de nevoeiro?
como a luz de um sorriso
por entre um rio de lágrimas?
como bandeira branca
em campo de batalhas
Como balas de canhão
ferindo de espanto a vida
Minh`alma é uma harpa
de mil sinfonias
Um canto de esperança
Uma Ode de alegrias
Ou
a sublime inquietude
no limiar da ilusão?
Luiza Caetano
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Luiza Caetano - Voz da Água
VOZ DA ÁGUA
Vem,
como a secreta voz da água
Sobre o Rio que te espera
de alegria incendiada
Se vieres
de madrugada
te espero à beira fonte
junto à seara do pão
Tanta fome!
Tanta sede!
Veste-te de branco
e
vem
rumor de pássaro breve
súbita rosa de mágoa
nevegada em alvas velas
aceno-te
como quem despe
um ritual de emoção
Rosa de água!
Rosa Pão!
Luiza Caetano
Vem,
como a secreta voz da água
Sobre o Rio que te espera
de alegria incendiada
Se vieres
de madrugada
te espero à beira fonte
junto à seara do pão
Tanta fome!
Tanta sede!
Veste-te de branco
e
vem
rumor de pássaro breve
súbita rosa de mágoa
nevegada em alvas velas
aceno-te
como quem despe
um ritual de emoção
Rosa de água!
Rosa Pão!
Luiza Caetano
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Luiza Caetano - "Dedos de Chuva"
DEDOS DE CHUVA
Sou dona dos carinhos
dos olhos e das mãos
das algas e dos cabelos
que cantam dentro de mim,
Sou dona da chuva e do vento
dos caminhos e dos sonhos,
das pérolas por garimpar
algures para além do mar
Tudo o que tenho não cabe
no meu frágil coração
Por entre os dedos da areia
despudoradamente vagueia
um sangue de solidão.
Luiza Caetano
Sou dona dos carinhos
dos olhos e das mãos
das algas e dos cabelos
que cantam dentro de mim,
Sou dona da chuva e do vento
dos caminhos e dos sonhos,
das pérolas por garimpar
algures para além do mar
Tudo o que tenho não cabe
no meu frágil coração
Por entre os dedos da areia
despudoradamente vagueia
um sangue de solidão.
Luiza Caetano
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terça-feira, 17 de julho de 2012
Luiza Caetano
Um rastro de estrelas
Assisto ao dobrar dos dias
dentro de cada madrugada,
Sinto a neve
sulcada em meus cabelos,
sorvo a chuva mágoa dos meus olhos
onde os lírios e a esperança
se rasgam em rugas cansadas
de gestos e de nadas.
Invento o dia que não chega
na pura ressonância
do esquecimento.
Órfã do teu sorriso
feito de promessas e de horizontes,
me deixo inesperadamente
apaixonar pelo rasto luminoso
das estrelas.
Luiza Caetano
Assisto ao dobrar dos dias
dentro de cada madrugada,
Sinto a neve
sulcada em meus cabelos,
sorvo a chuva mágoa dos meus olhos
onde os lírios e a esperança
se rasgam em rugas cansadas
de gestos e de nadas.
Invento o dia que não chega
na pura ressonância
do esquecimento.
Órfã do teu sorriso
feito de promessas e de horizontes,
me deixo inesperadamente
apaixonar pelo rasto luminoso
das estrelas.
Luiza Caetano
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Luiza Caetano
COMPLEXIDADES
Eis-nos
tão complexamente
puros,
tão conscientemente natos
cantando, rindo e chorando
neste imenso
lavatório de Pilatos...
Às vezes
viajamos ao coração
dos pássaros
Luiza Caetano
Eis-nos
tão complexamente
puros,
tão conscientemente natos
cantando, rindo e chorando
neste imenso
lavatório de Pilatos...
Às vezes
viajamos ao coração
dos pássaros
Luiza Caetano
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sábado, 14 de julho de 2012
Maia de Melo Lopo
QUANDO
Quando só, te abandonares no sofrimento, imagina seres uma acácia de prata,
sempre que ouças o vento flutuar em cima da montanha não te lembres do adeus,
todas as vezes que olhares um sinal de luz e veres brilhar a lâmina de um bisturi,
não sintas culpa ou medo que o tempo desgaste as lembranças do quanto foste ferida,
mais tarde é possível que a tristeza desvaneça e a próxima lágrima não seja ingrata,
pois se um dia fores acácia de prata, sente, no Outono morrem folhas espezinhadas,
em silêncio, se tiveste alguém ao lado e tuas veias em devaneio desejaram ser amadas,
quando, quando foram as vezes que fingiste dizer não? Lembra… quando, quando?
Quando te achares perdida na triste escuridão, sou o lírico anjo do sonho, deixa-me sorrir,
no tempo, longe da eternidade dei-te a prata, escondi meu coração pois é lá o teu lugar,
não sabes reconhecer a verdade da negra realidade, aproxima-te bate no desejo sem me abraçar,
oculto-me e se me despedir, não poderás ver-me através de ti, a alma na prisão quis fugir,
acariciei a vida, voltei a olhar-te, vejo a paixão dos teus olhos tristes na maior solidão,
não te iludas, o beijo do amor caminhou num instante, foi pela ponte da palavra quebrada,
sonhas, lavras o destino que anseias encontrar, sentirás porque estou aqui e tenho de ir,
quando, quando foi que na revolução eu quis partir? Quando, quando?
Quando sentires lágrimas de gelo, nunca verás no céu rugas errantes da minha sombra,
enquanto teu coração prateado não morrer, terás memórias aprisionadas das noites quentes,
minha mente diferente vagueia na prata mais brilhante das tuas pétalas incandescentes,
se for embora a saudade eterna fica por cá, em perdão o doce amor no segredo vai renascer,
nas estrelas se notares um romance, digo adeus na distância e nem me saberás esquecer,
pelas serras e planícies irás perguntar por mim, sem chance flores te dirão, o livre anjo voou,
no cemitério do rio seu coração sobreviveu numa acácia de prata, alguém que tanto amou,
quando, quando imaginarás que na chama de nós o amor não morreu? Quando, quando?
Maia de Melo Lopo. Lisboa/Portugal. 12. Artista Plástica. Poetisa do Movimento Internacional Poetas del Mundo. Embaixadora Universal da Paz-Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix-France & Genève- Suisse.
Quando só, te abandonares no sofrimento, imagina seres uma acácia de prata,
sempre que ouças o vento flutuar em cima da montanha não te lembres do adeus,
todas as vezes que olhares um sinal de luz e veres brilhar a lâmina de um bisturi,
não sintas culpa ou medo que o tempo desgaste as lembranças do quanto foste ferida,
mais tarde é possível que a tristeza desvaneça e a próxima lágrima não seja ingrata,
pois se um dia fores acácia de prata, sente, no Outono morrem folhas espezinhadas,
em silêncio, se tiveste alguém ao lado e tuas veias em devaneio desejaram ser amadas,
quando, quando foram as vezes que fingiste dizer não? Lembra… quando, quando?
Quando te achares perdida na triste escuridão, sou o lírico anjo do sonho, deixa-me sorrir,
no tempo, longe da eternidade dei-te a prata, escondi meu coração pois é lá o teu lugar,
não sabes reconhecer a verdade da negra realidade, aproxima-te bate no desejo sem me abraçar,
oculto-me e se me despedir, não poderás ver-me através de ti, a alma na prisão quis fugir,
acariciei a vida, voltei a olhar-te, vejo a paixão dos teus olhos tristes na maior solidão,
não te iludas, o beijo do amor caminhou num instante, foi pela ponte da palavra quebrada,
sonhas, lavras o destino que anseias encontrar, sentirás porque estou aqui e tenho de ir,
quando, quando foi que na revolução eu quis partir? Quando, quando?
Quando sentires lágrimas de gelo, nunca verás no céu rugas errantes da minha sombra,
enquanto teu coração prateado não morrer, terás memórias aprisionadas das noites quentes,
minha mente diferente vagueia na prata mais brilhante das tuas pétalas incandescentes,
se for embora a saudade eterna fica por cá, em perdão o doce amor no segredo vai renascer,
nas estrelas se notares um romance, digo adeus na distância e nem me saberás esquecer,
pelas serras e planícies irás perguntar por mim, sem chance flores te dirão, o livre anjo voou,
no cemitério do rio seu coração sobreviveu numa acácia de prata, alguém que tanto amou,
quando, quando imaginarás que na chama de nós o amor não morreu? Quando, quando?
Maia de Melo Lopo. Lisboa/Portugal. 12. Artista Plástica. Poetisa do Movimento Internacional Poetas del Mundo. Embaixadora Universal da Paz-Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix-France & Genève- Suisse.
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