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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Luiza Caetano





(Imagem internet)

DOS PEIXES ENDOIDECIDOS


Adormecida
como uma deusa
quase morta

à beira do lago
onde a água
era lisa como o silêncio
e a sombra
era azul de catedral

Na margem inversa
da vida
onde tudo era quase irreal

Quando alarde chegaste
habitada de pontes
e de peixes
endoidecidos
entre a volúpia do mar
e a candura da tarde.

Lá onde moram os pássaros
e os corpos se tocam sem pecado


Luiza Caetano

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