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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Maia de Melo Lopo. 11. Lisboa/Portugal - "ILUSÃO"

ILUSÃO

De vez em quando na emoção do amor me iludo,
sem passar pela mente ter sido objecto de engano,
vivo nos sóis da noite onde é importante estar iludida,
o vento fresco aproximou-se, aspirou lufadas de ar,
impregnado em aromas na tola confiança já vencida.

De vez em quando no meu lugar preferido me iludi,
no cair do azul pensei em baptismos de órfãs,
sonhos de vida, nos ramos a queda das simples folhas,
esperanças felizes, na ponta dos dedos enviei beijos,
adeus de tristeza, desgostos ocultos no coração,
deixei exultar o riso… oh, felicidade, grande ilusão.

De vez em quando só de vez em quando,
ai… ando tão iludida no ninho da minha ferida,
ao relento cismei ser uma virtuosa heroína,
Vibra a dor em cansaços no dilúvio dos teus doces lábios,
Acende o murmúrio do fogo, abismo dos meus abraços.

De vez em quando, só de vez em quando me iludo,
na melancólica esperança a voz das trevas sempre ria,
ouvi a marcha dos heróis de ilusões arruinadas,
passadas em frias ou cristalinas noites e rápidos dias,
animada eu sonhava no interesse e prova de vida,
que todos eles cantavam e vinham morrer de amor na luz da alegria.


De vez em quando, só de vez em quando sem reflexos,
minha paz celeste no vasto crepúsculo anda perdida,
fundida na sombra do desejo, voa o pássaro, nada muda,
Nunca poderão saber o que perdi e iludi perder,
silêncio envolvente, tão vertiginoso o beijo sorvedor.

De vez em quando vivo com a alma apertada,
ninguém ingénuo, calcule dar informação errada,
homem ou mulher indiscreta dissimule, meu coração iluda,
com o olhar abandonado, enlaçado no fluído dos teus olhos tristes,
tão tristes como os meus desmaiados de esperanças,
e sonhos brandos suspensos em profundezas de amor.

De vez em quando, apenas sei,
à meia luz de saudade tanto chorei,
em caminhos fustigados de pouca sorte, olho a solidão,
no mundo onde o brilho do amor passou... não passei,
alguém de raiva desdenhou, o esmagou nas pedras do chão.

De vez em quando, só de vez em quando olho a escuridão,
cansada no vício do silêncio sucumbo ao mistério da pele,
sozinha na lembrança permaneço em frente da pobre calçada,
lugar onde sofreu, sangrou, sem abrigo com ardor ardeu,
perdida no local clandestino sensível à suavíssima ilusão,
que o mais belo amor ardente só passou… nunca morreu.


Maia de Melo Lopo. 11. Lisboa/Portugal. Artista Plástica.
Poeta do Movimento Internacional Poetas del Mundo.
Embaixadora Universal da Paz/ Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix. France & Genève-Suisse.

Um comentário:

Namaste Fashion disse...

amiga seu blog esta lindo estou te seguindo