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domingo, 1 de agosto de 2010

POEMA DE PABLO NERUDA


                                                                (imagem - Mulher - By Google)



Morre lentamente quem nao viaja, quem nao le, quem nao ouve musica, quem nao encontra graca em si mesmo.
Morre lentamente quem destroi o seu amor-proprio, quem nao se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem nao muda de marca, nao se
arrisca a vestir uma nova cor ou nao conversa com quem nao conhece.
Morre lentamente quem faz da televisao o seu guru.


Morre lentamente quem nao vira a mesa quando esta infeliz com o seu trabalho, quem nao arrisca o certo pelo incerto para ir atras de um
sonho, quem nao se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de inicia-lo, nao pergunta sobre um assunto que desconhece ou nao responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforco muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseveranca fara com que conquistemos um estagio esplendido de felicidade. 


 

 



(respeitando a forma gramatical  do tradutor)

Um comentário:

Valdecy Alves disse...

Belíssima poesia de Pablo Neruda. A conquista da liberdade do indivíduo, já que a liberdade é um mito, gerou o óbvio: NOSSO DEVER DE CONSTRUIR-NOS SEMPRE. Então essa responsabilidade é um fato, quanto a ser feliz ou sentir-se livre, apenas possibilidades.