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domingo, 27 de julho de 2014

Luiza Caetano em Casino Estoril.

Luiza Caetano, a artista que nos honra .



Mais uma vez, e serão muitas com certeza a Pintora/Poeta Luiza Caetano de Portugal, expõe no Salão de Arte do Casino Estoril, esta exposição inaugurou dia 16 de julho de 2014 e estará patente até meados de setembro.
No ato da inauguração a artista plástica e poeta, recebeu seus amigos e visitantes confraternizando a arte e a amizade.

Desejamos a essa brilhante artista portuguesa, a continuação do merecido sucesso.
Luiza Caetano, tem honrado o Brasil diversas vezes com suas exposições e lançamentos de livros de poesias.

Parabéns, Luiza Caetano!





sábado, 12 de julho de 2014

Maria da Conceição Gonçalves Lopes - SÃOSENDIN.

Dra. Maria da Conceição Gonçalves Lopes (SãoSendin)

Veterinária de profissão, Maria da Conceição Gonçalves Lopes, mais conhecida por SãoSendim.



Por SãoSendin:
Escritos em Mirandês!
O Mirandês é a segunda língua oficial de Portugal desde 17 de Setembro de 1998.Foi reconhecida como tal em plenário na assembleia da república Portuguesa!Assim sendo e sendo eu uma descendente de puros Sendineses(habitantes do planalto Mirandês),corre-me nas entranhas a essência de ser-se /sentir-se filha da terra
L Mirandés ye la segunda léngua oufecial de Pertual zde 17 de Setembre de 1998.Fui reconhecida cumo tal an plenário na assemblé de la república Pertuesa!Assi sendo i sendo you ua çcendente de puros Sendineses(habitantes de l praino Mirandés),corre-me nas entranhas l'eissencia de ser-se /sentir-se filha de la tierra
SãoSendin.

Capa do livro "Tempo das Cerejas" por Luiza Caetano.




Poesia escrita em Mirandês.




Para além de carinhosamente tratar de pequenos e grandes animais.  SãoSendim, faz mais. Concebe lindos poemas lá para as terras longuínquas de Trás os Montes onde a Camara Municipal de Miranda do Douro a promoveu poeta da terra.



 "Geniceu/Androceu"
Deixa-me falar-te de las flores
Que crecén cula chuba i l sol na tierra suolta...
Ó são de carino cercadas an jardines pribados.
De la peixão de las rosas, de l'inocéncia de ls malmequeres,
De l guapo amor-purfeito que l ye por si mesmo...
De la modéstia de la bioleta i de l'aroma de l jasmin
De l crabo de puro amor feito por nós libardade!
Deixa-me hoije falar-te de las flores
Que todos ls dies chaman l sol i l'auga
I fázen culs l'amor que las alimenta,
Deixa-me hoije ser you flor
I querer-te sol ardiente i auga fresca...




"Remando/navegando"
Navego num rio de azul,
Sigo o caminho do vento,
Não tenho amarras perto
Nem baias no pensamento.
Em frente só há o limite
Que o tempo me quiser dar,
Deixei os porquês à espera
De quem quiser questionar.
É no quebrar da minha janela
No pleno grito lançado,
Que a alma leve se eleva
E a vida larga o passado.
S:)
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"Remando/nabegando"
Nabego nun riu d'azul,
Sigo l camino de l bento,
Nun tengo cuordas acerca
Nien baias ne l pensamiento.
An frente solo hai l lemite
Que l tiempo me quejir dar,
Deixei ls porqueis a la spera
De quien quejir questionar.
Ye ne l quebrar de la mie jinela
Ne l pleno grito lançado,
Que l'alma lebe se eileba
I la bida deixa l passado.
S:)


SãoSendin:
Andorinhas
Leva-me contigo, andorinha dos dias distantes e plenos...
Partamos para terras diferentes e imensas
Onde o sol brilha...
Dá-me o teu voar, prenúncio de horas felizes
Não quero poiso permanente
Chega um abrigo...
Ensina-me tudo, alegria dos altos e alvos beirais
Do teu efémero ninho quente
Casa de breve carinho...
Partamos agora, andorinha do tempo antigo...
Alcança o beiral da minha alma,
Descansa no meu ninho
E leva-me contigo...
s:)


SãoSendin:
"quero..."
quero acordar as palavras
deitadas na sombra,
despertar os sentidos
que o calor não toca...
dou tudo o que, parada
na margem me sufoca.
da dádiva de mim trago
a certeza funda e calma
e te digo:
só o amor preenche
o lugar vazio da alma...
s:)



"Recado"
É urgente ir
capturar um raio de sol...
prender nos dedos
a água pura e fria...
parar o tempo
num instante único...
conhecer o prazer
escondido
de abrir lentamente os olhos
para a luz brilhante e azul
ao fundo de uma gruta escura...
S:)



Por SãoSendin:
Manhana
Qu'eisista siempre esta manhana de claridade
i la luç de l sol an bolo raso subre l praino,
sonido de l mielro que me fala de suidade...
peinha qu'entra pul porto de l miu peito,
die que nace na aba de l deseio!
I que, na alma que biaija subre la cama
de l Douro que l suonho bei purmeiro,
moreclara esta óndia antemporal
qu'agora arrolha la proua de ser-se cardo...!
S:)
Manhã
Que exista sempre esta manhã de claridade
e a luz do sol em voo rasante sobre o planalto,
som do melro que me fala de saudade...
penha que entra pelo porto do meu peito,
dia que nasce na aba do desejo!
E que, na alma que viaja sobre o leito
do Douro que o sonho vê primeiro,
habite límpida esta onda intemporal
que agora embala a proa de ser-se cardo...!
S:)



Meio(del)die
Sei de la calor alhá fuora
i de ls purmeiros sonidos de l berano...
La campana, loinge, acabou de tocar,
ye l meio de l die.
Nien l'apelo ourgente de la montanha
nien l cristal d'auga an filo
me leban para alhá desta hora...
Presa na manhana que nun termina
mesmo quando ampeça la tarde.
Spero la nuite
i la luç que l'eilumina!
S:)
------------------------------------------
Meio(do)dia
Sei do calor lá fora
e dos sons precoces do estio...
O sino, longe, acabou de tocar,
é o meio do dia.
Nem o apelo urgente do montanha
nem o cristal de água em fio
me levam para lá desta hora...
Presa na manhã que não termina
mesmo quando a tarde se inicia.
Espero a noite
e a luz que a ilumina!
S:)



Por SãoSendin:
Ls gatos são seres poéticos...
Porque nun ser gato
anroscado an nobelo ne l caliente del lume?
Passear pula beira d'algun telhado.
Ser gato, tan mimado
ne l roçar de l pélo an pieles zeiosas
de las carícias qu'ousa de forma squiba...
Ser gato, dua bida,
que siete serien l tiempo alongado,
tédio marcado para ua hora cierta .
Ser gato i tener abierta, a la fuorça de querer,
la puorta de salida para ser mulhier...
S:)
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"Os gatos são seres poéticos...
Porque não ser gato
enroscado em novelo no quente da lareira?
Passear pela beira de algum telhado.
Ser gato, tão mimado
no roçar do pêlo em peles desejosas
das carícias que ousa de forma esquiva...
Ser gato, de uma vida,
que sete seriam o tempo alongado,
tédio marcado para uma hora certa.
Ser gato e ter aberta, à força de querer,
a porta de saída para ser mulher...
S:)




Por SãoSendin:
Afetos"
Assi pouco a pouco
Cai la çtáncia cumo bruma
Spessa i caliente
Ne ls finicos filos de la aranheira dels afetos...
Qual stranha espuma dissolbiente
Parte un, depuis outro
Até que l nada se anstala sin abiso!
Lougo falamos stranhas lénguas,nó l mirandês
Palabras suoltas cumo gumes scundidos..
Cerrada que ye l'alma
Selados ls sentidos...
S:)
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Afectos"
Assim pouco a pouco
Cai a distância como bruma
Espessa e quente
Nos frágeis fios da teia dos afectos...
Qual estranha espuma dissolvente,
Parte um, depois outro,
Até que o nada se instala sem aviso!
Logo falamos estranhos línguas,que não o mirandês
Palavras soltas como gumes escondidos...
Fechada que é a alma,
Selados os sentidos...
S:)

Por SãoSendin:
Poema de Outonho"
L bento soprou
Tan doce i sereno,
Tocou-me al de lebe
Girou sentimientos
Drumentes, calhados
Que an buolo rasante
Tocórun l suolo...
L fondo de l'alma
Transformou-se an quelor d'ouro
Ocre ó laranja...
Dou fruitos yá secos
Dun doce amargoso
Surgiu l Outonho
Na borda del miu coraçao.
(Nun die de sol qu'antecipaba l'outonho)
S:)
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Poema de Outono"
O vento soprou
Tão doce e sereno,
Tocou-me ao de leve
Gerou sentimentos
Dormentes, silentes
Que em voo rasante
Tocaram o chão...
O fundo da alma
Transformou-se em cor de ouro
Ocre ou laranja...
Deu frutos já secos
De um doce amargo
Surgiu o Outono
Na aba do meu coração.
(Num dia de sol que antecipava o outono)
S:)


Por SãoSendin:
"Un abraço"
Sin qu'esso tenga grande amportança
Hoije yá solo querie un abraço,
Un doce, terno i sentido abraço...
Que me deixasse squecer l cansaço
I me lebasse pula strada de bolta
Al tiempo buono de la bida sin trabones
Adonde camino al sabor de l'anseios...
S:)
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"Um abraço"
Sem que isso tenha grande importância
Hoje já só queria um abraço,
Um doce, terno e sentido abraço...
Que me deixasse esquecer o cansaço
E me levasse pela estrada de volta
Ao tempo bom da vida sem freios
Onde caminho ao sabor dos anseios...
S:)



Por SãoSendin:
Ansónia
upo-me çprebenida
na borda de la nuite
i atiro letras
a la puorta de l silenço...
S:)
Insónia
ergo-me incauta
na margem da noite
e atiro letras
à porta do silêncio...
S:)



Por SãoSendin:
Suonho de Maio
Que benga Maio
i traia ne ls dies la fartura de a tierra...
renacer de pormessas que Abril sembrou!
Seia Maio,
oulor de aire criançoso que nel carrega
mil augas caídas na tierra que se secou!
Floreça Maio agora,
nesta hora de pendones caídos ne l suolo,
crabos çfraldados ne l tiempo d'atrás
i traia outra beç
la fuorça que sonhemos tener drento la mano...!
S:)


SãoSendin:
Dolores,
Um mimo para si:
"Pensando"
Andei pensando
Pensando pensamentos leves,
Tão leves e despercebidos...
Parecenças necessárias,
Andei pensando sonoridades
Palavras bonitas,
Sons delicados
Sabores auditivos!
Andei criando,
Bordando letras redondas,
Com dourados de nuvens,
Com azuis do mar
Com o brilho das estrelas
Da noite que não vai tardar...
S:)


SãoSendin:
"CARTA Á MODA ANTIGA OU DA INCERTEZA DA CHUVA...
Carta à moda antiga ou da incerteza da chuva…
Venho por esta dizer-te
que as nuvens passam no céu,
como em qualquer outro dia
daqueles em que o sol hesita...
Por isso esta breve escrita,
do tédio que me envolveu
quando a chuva não sabia
se apagava o Verão.
E mais te dou a entender
nestas pequenas letrinhas,
espelho de ansiedades minhas...
neste dia e nesta hora
em que me lembrei de ti:
por mais que tentes, agora,
neste momento preciso,
eu não sei se chove aí...
(escrito num destes dias em que a chuva miudinha ameaçava o Verão)
S:)


SãoSendin:
"VOAR"
...Para aprender a voar bastava-nos
o começo e o fim
de uma linguagem pessoal,
em que as mãos, impacientes,
despissem a paisagem
e, apenas por um instante,
se tornassem asas...
S:)

Convite por ocasião do lançamento do livro.














quinta-feira, 3 de julho de 2014

Luiza Caetano

ALVÉOLOS

Recordo
alvéolos
onde deixamos casulos
e
barcos parados
nos
portos sem regressar
como que criando
alentos
para fecundar
a rosa
ou a onda do mar

mas
as gaivotas
se recusaram
a voar
e
os alvéolos
a fecundar
numa desistência
tumultiosa

Luiza Caetano 



Tela de Luiza Caetano.

Luiza Caetano

Luiza Caetano 
S.O.S.

Ah, não me deixes
fazer amor com os peixes
nessa cama de sal
onde as escamam
arranham
e as palavras
da poesia
se debruçam
sobre o mar
sem alegria
e sem ar…

Luiza Caetano

Luiza Caetano

Imagem google.
POEMA DOS MAL AMADOS

Andam as palavras
tão vazias
de frutos
de árvores
e de ervas doces

Ausentes de temperos
como o alecrim
ensosas e sem sal,
sem picante
ou enfeites de jasmim

Andam as palavras
assim
de gentes sentidas
e adocicadas
entre poesias plagiadas

Todos falam
a mesma coisa
distanciadas da emoção

Pretensão
de ser diferente
Falam! Falam
sem razão

Falam de amor
Querendo pão.


Luiza Caetano 
2014


Luiza Caetano

DAS PSICO FUGAS EMOCIONAIS

O único preço
de sermos autores
da nossa própria
história
é humildemente
e sem glória
assumi-la
perdoando

Porque não se pode
apagar do consciente
as pessoas que amamos
as quais se irão manter
teimosamente
em nosso inconsciente
encarcerando-nos
em ruínas
até ao crucial
momento sem regresso

Porque não recolher
todos os pedaços
dispersos
e todos os reversos
no trágico palco
de nossas perdas
e, verticalmente
assumir como derradeira
a nossa outra metade
ainda inteira ?

LuizaCaetano
Imagem Rosana.

Olá a todos !

 Agradecendo em especial a todos que andam por aqui e sempre deixam um carinho.
 Este blog, não tens fins lucrativos de espécie alguma.
 Aqui, como já escrevi diversas vezes guardo o que gosto e me fala ao coração.


Seja bem vindo julho, estamos no meio do ano.
Será que conseguiremos alcançar nossos objetivos, nossas promessas feitas há seis meses atrás?

Aí está um bom motivo para refletirmos.
Paz a todos.

Imagem Google.