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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

JUDIT/NEFERTARI




Borboleta de Outono




Ela enfim surgiu! Tal como a lua...

Apareceu tão linda em meu jardim

(que antes era só todo abandono.)

Ela sorriu! Roçou a asa sua

pela rosa, pelo cravo e o jasmin

borboleta-estrela deste Outono.



É tão bela! E eu só posso vê-la...

Mas eu queria tê-la para mim

(mesmo que o vento seja o seu dono.)

Preciso dela! A borboleta-estrela

de nuvem e asas feito um serafim,

toda de seda, de sonho e de sono.



(JUDIT/NEFERTARI)

Mírian Warttusch

(Imagem  google)







O SABOR DE UM BEIJO




Mírian Warttusch





Quando os olhos se fecham ao sabor de um beijo,



A alma vê... se extasia com o desejo...



É mais que ver... é quando o toque se sublima,



E os lábios vivenciam do amor o clima.







...Doce delícia que os olhos não precisam ver...



Deslumbrado o beijo, na penumbra passa a ser,



forma abstrata, exata, que concebe o olhar,



Boca na boca, traduz o modo de sonhar...







Nesse carinho, o êxtase, a emoção,



Fazem disparar, com loucura, o coração!



Acendem uma centelha... e o fogo do prazer,







Se alastra... e mesmo nada o poderá conter...



Inflamado, depois de um ardente beijo,



Culmina numa entrega... num louco desejo!

Luna

teu riso é uma cascata


borbulhante

no meio da floresta

é água fresca, é brisa leve

é um sopro de mar

em noites de verão

breve...breve...





£una




Leninha - Sol

Quando estamos cheios de amor,


refletimos um sol inteiro,

e nossas pernas viram asas...

no infinito é possível irmos...

Quando estamos cheios de amor,

Somos realmente filhos da Luz.



Nenhuma dor vem pra ficar...

Não fomos feitos pra sofrer,

mas pra vencer obstaculos e lutar por dias eternos de vida.



E teremos.



Beijo grande em cada coração,

aos que sofrem ou sentem medo dos dias futuros...

Não sinta,

confie,

as mãos de seres iluminados te seguram

embalam...e te dão certeza.

Nada somos alem de energias

com vestes pesadas,

logo elas se desfazem,

e livres ...

ai sim voltamos a viver.



Leninha/Sol

22/11/2010

Claudia Vidinhas

Em cada coração uma saudade




Em cada saudade uma lembrança



De uma distância amarga



Que arrasou uma paixão.







Lembranças que nos deixam...



Tristes e Alegres por vez



Momentos tão nossos...



Que nos tiram o ar... Fazem- nos flutuar







Tristezas que de nossos corações brotam lágrimas



Alegrias que iluminam a felicidade já esquecida



Envolvendo nossas almas em desordem



Receio de esse meu arquivo apagar







Com a amplitude desse amor



Não era para desistir



Perdoa-me... Era para ficar



Mas duvidei... Na hora de partir.







Cláudia Vidinhas.

Drummond

Eu te amo porque te amo.


Não precisas ser amante,

E nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça

E com amor não se paga.



Amor é dado de graça

É semeado no vento,

Na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários

E a regulamentos vários.



Eu te amo porque não amo

Bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,

Não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,

Feliz e forte em si mesmo.



Amor é primo da morte,

E da morte vencedor,

Por mais que o matem (e matam)

A cada instante de amor.



(Carlos Drummond de Andrade)

FADO





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sábado, 6 de novembro de 2010

Jairo de Brito

Mergulho em seus olhos
um amor de inteira argúcia:
medo, desespero, arte-ofícios.

Mergulho em seus olhos
um mar de nomes inéditos:
cometas, algas, êxtase, suicídios.

Mergulho em seus olhos
uma língua afiada em riste:
verbos, substantivos, pronomes;
oceanos de silêncio e silício.

Mergulho em seus olhos
arcanjos de nuvens e neve:
retalhos, letras, sussurros;
restos avessos da inútil paixão.

Submerso em seus olhos,
desnudo e descubro seu corpo:
então, sua beleza me resgata
do pântano das sobras e sombras.


Jairo De Britto,
em "Dunas de Marfim"

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Luiza Caetano

" IN REVERSOS"

Aconteceste em minha vida
como lua cheia em noites de prata
e os dias se preencheram de promessas
selvagens como o uivo dos lobos.

Partilhei as tuas lágrimas,
as tuas dores e os teus risos.

Partilhaste os meus sonhos, desenganos e ilusões

Subitamente 
as minhas horas ficaram cheias de nada
povoadas de fantasmas e decepções

Entre o Não e entre o Sim
Uma palavra! Apenas uma palavra
en FIM...
sem gestos ou patéticos adeuses
no cais dos acenos inúteis.

Algures, a saudade é uma lâmina aguda
dilacerando o coração dos pássaros.

LuizaCaetano2010

"Tiempo de las Cereijas"



Foi um lançamento realizado com muito primor!

Parabéns a Maria Conceição (SaoSendim) autora,do primeiro livro escrito no feminino em mirandês.
          

Ana Jácomo

Mírian Warttusch

Caio Fernando Abreu

Florbela Espanca

Líria Porto

Flutuo
plano
desmaio
pouso numa flor
num galho


O vento me leva
o orvalho me pega
a água me carrega
a chuva me amassa
o sol me apruma


Tenho corpo d'alma
p
l
u
m
a




(Líria Porto)