DAS BORBOLETAS E DAS PEDRAS
Cheiram
a terra molhada
as manhãs bordadas
com dedos de chuva
a terra molhada
as manhãs bordadas
com dedos de chuva
e a sangue
de papoilas
degoladas pelo vento
de papoilas
degoladas pelo vento
Cheiram aos alvores
dos primeiros sóis
efémeros e faiscantes
voando a transparência
das borboletas sobre as pedras
das palavras caladas
e ao lento movimento
da música das minhas
mãos nas tuas
dos primeiros sóis
efémeros e faiscantes
voando a transparência
das borboletas sobre as pedras
das palavras caladas
e ao lento movimento
da música das minhas
mãos nas tuas
despedidamente
nuas.
nuas.
Luiza Caetano
Caetano
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