Elza Fraga.
Abri mão de algumas pessoas que, por fado ou carma, nasceram dentro da mesma família sanguínea. Descobri que parente é quem ama, acolhe, incentiva, independe de sangue. Não quem calunia, agride, conta mentiras e inventa uma vida paralela de malfeitor pra gente, e uma de justiceiro, caridoso e benfeitor pra eles.
O que se apresenta compungido, comovente, bonito em ternura, nem sempre é o que parece. O bom senso manda sempre desconfiar de pessoas com bondade demais, palavras doces demais, e - principalmente, auto-elogios. O feio na maioria das vezes não está na capa, está no miolo.
Por isso a autenticidade de me dar o direito de ter meus trilhões de defeitos, escorrendo pela capa, e saber minhas pouquíssimas qualidades, incrustadas no miolo.
E tentar acelerar a reforma íntima, meu tempo está escasseando, nunca sabemos o dia de amanhã.
Quanto aos que abandonei no caminho, sem pena ou remorso, sem julgamentos, apenas aprendendo que nem tudo é o que parece, foram mestres... Aprendi a lição e já não mais necessito desses, vou em busca de outros mestres, outras topadas, outras calúnias, novos caminhos. Muito há a aprender, tempo urge, vento sopra na curva. Com tantas imperfeições sei que ainda encontrarei muitos para as vagas vazias, mestres não me faltarão, sei. Só peço forças e sabedoria para conseguir entender o que cada lição quer - realmente, me ensinar antes da minha transferência definitiva para outros planos.
No mais, mesmo que habitemos o mesmo espaço tempo, o mesmo trecho de caminho, os que ficaram não mais me estorvarão, pois estarão, para sempre, invisíveis aos meus olhos espirituais.
Cruzaremos talvez um dia a mesma esquina, no mesmo horário, e me surpreenderei quando alguém, num deslize, me perguntar falando de algum deles:
_Viu? Fulano passou bem ao seu lado.
E responderei convicta:
_Quem? Não, não conheço essa pessoa.
E estarei sendo sincera, sem um pingo de hipocrisia, maldade ou ódio, apenas esquecimento.
Elza Fraga.
Abri mão de algumas pessoas que, por fado ou carma, nasceram dentro da mesma família sanguínea. Descobri que parente é quem ama, acolhe, incentiva, independe de sangue. Não quem calunia, agride, conta mentiras e inventa uma vida paralela de malfeitor pra gente, e uma de justiceiro, caridoso e benfeitor pra eles.
O que se apresenta compungido, comovente, bonito em ternura, nem sempre é o que parece. O bom senso manda sempre desconfiar de pessoas com bondade demais, palavras doces demais, e - principalmente, auto-elogios. O feio na maioria das vezes não está na capa, está no miolo.
Por isso a autenticidade de me dar o direito de ter meus trilhões de defeitos, escorrendo pela capa, e saber minhas pouquíssimas qualidades, incrustadas no miolo.
E tentar acelerar a reforma íntima, meu tempo está escasseando, nunca sabemos o dia de amanhã.
Quanto aos que abandonei no caminho, sem pena ou remorso, sem julgamentos, apenas aprendendo que nem tudo é o que parece, foram mestres... Aprendi a lição e já não mais necessito desses, vou em busca de outros mestres, outras topadas, outras calúnias, novos caminhos. Muito há a aprender, tempo urge, vento sopra na curva. Com tantas imperfeições sei que ainda encontrarei muitos para as vagas vazias, mestres não me faltarão, sei. Só peço forças e sabedoria para conseguir entender o que cada lição quer - realmente, me ensinar antes da minha transferência definitiva para outros planos.
No mais, mesmo que habitemos o mesmo espaço tempo, o mesmo trecho de caminho, os que ficaram não mais me estorvarão, pois estarão, para sempre, invisíveis aos meus olhos espirituais.
Cruzaremos talvez um dia a mesma esquina, no mesmo horário, e me surpreenderei quando alguém, num deslize, me perguntar falando de algum deles:
_Viu? Fulano passou bem ao seu lado.
E responderei convicta:
_Quem? Não, não conheço essa pessoa.
E estarei sendo sincera, sem um pingo de hipocrisia, maldade ou ódio, apenas esquecimento.
Elza Fraga.
Imagem Google. |
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