Tela e poema de Luiza Caetano. |
Agora
que já posso
adormecer
meu sono
sobre a pele
livre dos meus versos
na ausência
ferida das gaivotas
ou no crepúsculo
cansado da vida
Agora
que os violinos
deixaram morrer
suas árias
e todas as pessoas
se foram embora
Aqui
onde o areal é só meu
uma infinita linha de mágoa
e de pegadas solitárias
me benzo onde me perco
em longos caminhos de água.
Luiza Caetano
(in Agora)
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