(Imagem luzpromundo) |
Dança do Fogo
Sonhei que tu acendias para mim
Uma dança flamejante de fogo.
Audaciosa, ela rodopiava labaredas
Em meu corpo adormecido.
Fazia irromper sombras incrustadas
Com o oficio de soprar brasas.
Segurava-me em turnos,
Como uma sentinela que nunca adormece.
Os mesmos passos avançavam e contavam
Estrelas em mim.
Fazia-me perder a consciência,
E afundar entorpecida no vazio das horas
Pássaros voavam, obedecendo
Ao ritual sagrado do esvoaçar das sedas.
Dançavam no ar, em busca do perfume das flores.
Despiam o vestido de meu corpo,
Que, ferido ardia em chamas.
Emaranhavam-se no vapor das nuvens,
Buscando entrar em meus pensamentos.
Eu, tarde da noite, acordava,
Testemunhando a jornada do voo
E as voltas da dança do fogo,
Que traziam ao meu corpo
O desespero do sangue.
Uma dança flamejante de fogo.
Audaciosa, ela rodopiava labaredas
Em meu corpo adormecido.
Fazia irromper sombras incrustadas
Com o oficio de soprar brasas.
Segurava-me em turnos,
Como uma sentinela que nunca adormece.
Os mesmos passos avançavam e contavam
Estrelas em mim.
Fazia-me perder a consciência,
E afundar entorpecida no vazio das horas
Pássaros voavam, obedecendo
Ao ritual sagrado do esvoaçar das sedas.
Dançavam no ar, em busca do perfume das flores.
Despiam o vestido de meu corpo,
Que, ferido ardia em chamas.
Emaranhavam-se no vapor das nuvens,
Buscando entrar em meus pensamentos.
Eu, tarde da noite, acordava,
Testemunhando a jornada do voo
E as voltas da dança do fogo,
Que traziam ao meu corpo
O desespero do sangue.
Rachel Moraes
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