ÚLTIMO MOMENTO COM MINHA MÃE
Mãe,
contigo estou e vou
nessa caminho sem meta
Tuas vestes são a cruz
tua cama é um altar
teu corpo é um mártir
e, teu olhar...
Mãe!
Teu olhar
é um lampejo de vida!
é uma mortalha ferida!
é um trilho sem esperança!
Há um esgaçar de sorriso
na fímbria da tua boca
é um Adeus cricificado
algemado na saudade
dum amanhã sem futuro.
Sobes no tempo o último degrau
do mais infinito silêncio
a tua boca é um grito
quebrado no teu/meu peito
Mãe,
minha Mãe
que já recusas as palavras
nas mãos caídas sem luta
no hematoma do teu corpo
dóiem as chagas da dôr
as saudades e o amor
o Adeus sem retorno
Mãe, Minha mãe!
Prisioneira
sem celas
Mártir e quase santa
choras a Primavera
que a vida que nem foi tanta
é agora... derradeira
Mãe,
Minha querida mãe,
Olha o anjo que te abraça
Olha a cruz que te embaça
e, vais mãe...
para além
onde o meu olhar
já não te alcança...
Através da vidraça
teu olhar
esbaça,
Mãe!
Luiza Caetano
Mãe,
contigo estou e vou
nessa caminho sem meta
Tuas vestes são a cruz
tua cama é um altar
teu corpo é um mártir
e, teu olhar...
Mãe!
Teu olhar
é um lampejo de vida!
é uma mortalha ferida!
é um trilho sem esperança!
Há um esgaçar de sorriso
na fímbria da tua boca
é um Adeus cricificado
algemado na saudade
dum amanhã sem futuro.
Sobes no tempo o último degrau
do mais infinito silêncio
a tua boca é um grito
quebrado no teu/meu peito
Mãe,
minha Mãe
que já recusas as palavras
nas mãos caídas sem luta
no hematoma do teu corpo
dóiem as chagas da dôr
as saudades e o amor
o Adeus sem retorno
Mãe, Minha mãe!
Prisioneira
sem celas
Mártir e quase santa
choras a Primavera
que a vida que nem foi tanta
é agora... derradeira
Mãe,
Minha querida mãe,
Olha o anjo que te abraça
Olha a cruz que te embaça
e, vais mãe...
para além
onde o meu olhar
já não te alcança...
Através da vidraça
teu olhar
esbaça,
Mãe!
Luiza Caetano
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