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quinta-feira, 27 de junho de 2013

João Marques Jacinto

Procura

Dói-me nas palavras
o sentido que não emprego,
a vontade que encubro.
No significado vazio
dos meus sentimentos,
sinto-me perdido,
sonhando com a coragem
de me encontrar.
Doiem-me as memórias
deste corpo envelhecido de crescer,
que espera sucumbir,
compreendendo a pureza do amor.
                                                                                                                João Marques Jacinto.

Maria Albertina Natividade da Purificação - PREDICADO






O talento, a magia e o Encanto.

Carmen Lúcia Fossari



INTUIÇÃO


Carmen Fossari



Da cidade  que sou
Ruas e  atalhos
São mapas
São cartas
Trançadas
Percorro os passos
Dia a dia  do trajeto
 De bússolas da razão
Que  em parte apraz,
Mas se repartem de estilhaços
Que oclusam a lua nova.

 Na  cidade que estou
Uma rebelião
Indormida também
É habitante citadina.

Outros ventos  vitrificam
O olhar , que  carrega o mar
De olhar  no olhar.
Me assoma
Outro compasso
Regido por uma
Sonata do que não sei.

Amanhecer em
pressentimentos
Do saber sem ver
Do sentir sem tocar
Um vento sul embaralha 
Todas as conhecidas cartas da razão
E no verso da  intuição
A cidade  de  estar
Seduz 
Imagética , renovada
Povoada d. eus
Não ditos
Evocados  da oculta face
pressentida
De saber-te.


Carmen Lúcia Fossari

Mário Quintana



No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não consegue levar: um estribilho antigo, o carinho no momento preciso, o folhear de um livro, o cheiro que um dia teve o próprio vento...

(Mário Quintana )

Conversa para amigos...


Hoje a conversa é entre nós, eu e você ou tu, que vens aqui fazer uma visita e às vezes, não deixas sinal nenhum.
Ah, como eu ficaria feliz se cada um de vocês, que aqui vêm, dissessem pelo menos, olá!
Portanto, vos peço, sempre que passarem por aqui, deixem ao menos um sinal.
Vossa amiga Dolores.
Beijinhos e abraços.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Paulo Alvarenga

Tarde fria

Estava coberto pela névoa,
talvez um pouco de névoa fresca,
aqueles versos que eu via na 
paisagem branca açucarada,
tentava eu na minha mocidade tardia,
prantear inocentes poesias
pra poder te escrever em folhas brancas...
sim meu bem, cartas que deixarei pra ti,
alguns filamentos do meu amor,
tratados em belas linhas
e juras eternas,
deixarei pra ti
o que escrevi na
vidraça suada também,
naquela tarde fria,
magia que fizemos nus,
corpos dançantes,
amantes ardentes,
som de blues !

Paulo Alvarenga
(Foto minha)

Luiza Caetano

PRENHE                                                            
(Tela Luiza Caetano - Homenagem a Florbela Espanca)

                                                               
Prenhe na bainha
desfeita
de útero

Sempre
Te segurarei a mão
em meu colo-coração

tronco de seiva-matriz

gerado entre a noite
e a alvorada
duma estranha-encarnação

feita raiz
sem eira nem beira

ou
apenas um ser
na imaginação
de alguma feiticeira

Luiza Caetano









(Tela de Luiza Caetano - Senhora dos Girassóis)






QUANDO EU FOR EMBORA            

Apenas quero levar
uma réstea de Luar
que ilumine o caminho!
Lavar a face na fonte
do Arco Íris da vida
Vestir-me de anjo branco
de essência e de emoção
Um voo de ave rasgada
na demência do abraço
Quando eu for...
Um aceno sem regresso
na espessura do verso
na alma lascada do sexo
Apenas quero levar
uma réstea de Luar
um naco do teu carinho
que me ilumine o caminho

LuizaCaetano




                                       

                                                                           
(Luiza Caetano - A Poeta, Escritora, Pintora Arte Naif)




"ENCANTAMENTOS"

Toquei o céu
com a minh`alma
quando te conheci
Afaguei as nuvens
num vôo de Águia Feliz

Fui senhora
do universo
num canto desesperado

Cantei versos
no reverso chorado
de cada encantamento

Casei a solidão
vestida de regressos
espessos de algodão

Fiz de cada momento
um altar de preces
onde te santifiquei

Assim inaugurei
a minha Primavera

com os olhos cerzidos
e as penas
dos pássaros feridos

Luiza Caetano











Luiza Caetano - " Não Sei"

("Imagem Fairy Moon" David Delamare)
NÃO SEI

Não sei se voltarei
a olhar o espelho dos teus olhos,
não sei...

Nem se o fogo espesso do Verão
no seu breve leito de Sol
de novo libertará
o equinócio do meu desejo.

Não sei se foi magia ou emoção
uma ferida aberta em punhal,
ou um cristal em explosão,

Uma púrpura secreta
ou um néctar proíbido
não sei...

Talvez uma fantasia,
uma frágil e breve
alegria ou um
cristal de chuva
em águas anoitecidas.

LuizaCaetano.

Luiza Caetano - "Abismos"

"
(Imagem google- Portugal)
A B I S M O S"


Conhecer?
Não é viver!

Embora eu busque conhecer
no que vivo de ti!

Saber?
Não é viver!

Embora eu anseie saber
o que a tua máscara oculta!

Se,
quero conhecer-te
e
saber-te
fico sempre à beira do abismo
e
já nem sei se é meu!
ou teu?
ou nosso?

Sonhar-te?
sim, é viver
porque sonhando-te
invento-te
no imaginário desenhado
que fica para além de ti.

Assim,
eu decreto
que o meu amor por ti
é apenas sonhado.

Luiza Caetano

Luiza Caetano

(Imagem google)
IN MEMÓRIAS

Deixámo-nos 
sem adeuses nem alarde
entre o meio dia 
e o meio tarde.

Pela porta traseira
das nossas vidas

Num silêncio branco
sepultado de eternidade

Luiza Caetano

Luiza Caetano - "Dentro da Noite"

(Imagem google)
DENTRO DA NOITE

Dentro da noite insone
invento
meu voluntário degredo
junto dos pássaros mortos
que habitam
meu átrio de medo

Dentro da noite
me escondo
do lado errado
da sombra

Presságios
de violinos ou árias
in memória
que não esqueço

dentro da noite
me concebo,
me celebro
e me aconteço

Luiza Caetano

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Luiza Caetano - "AMAR"

                                            FELIZ DIA DOS NAMORADOS