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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Luiza Caetano

CAMINHO DE ESTRELAS

Eras o ombro de meus braços
em movimentos fascinantes
corpo a corpo
ou
um barco iluminado
um farol!
uma âncora 
ou 
uma estrela faiscante

nos meus passos disfarçados
de cansaços, o caminho
se enrolava nos abraços
disfarçadamente hesitantes.

Caminhávamos ao longo da ponte
tuas mãos nas minhas, ternamente

as palavras mordidas nos silêncios
que os pássaros ensurdeciam.

Lado a lado
do lado da sombra...

como a sombra
projetada dos amantes

Luiza Caetano


Luiza Caetano

AS LETRAS

Tal como fios de vento,

Letras
são a memória do tempo!
palavras tecidas!
sentimentos bordados!
cristais de amor!
líames de amizade!

Com elas
desenhamos sentimentos!
acenamos saudades!
bailamos loucuras!
torturamos momentos!

Como cometas
disparados no ventre da alma,

diáfanas !
sensuais!

Castradas às vezes
no útero dos poetas
como anjos comprometidos,

as letras
descodificam o puzzle
do código dos profetas
no cerne mais fundo
do profundo
sémem de Deus

Luiza Caetano

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Jane Rossi

" Cinza gelado"
 
Tem dias que o céu fica nublado
Tem noites que as estrelas se apagam
Tem dias com um tom cinza gelado
E a escuridão da noite nos afagam
Nesse momento rola pelo chão
As gotas de uma alma muito triste
Castelos desmoronam com um não
Um sopro diz que o chão é o limite.

Jane Rossi

Daufen Bach

“poemas concupiscentes”

poema_IX

sede inesgotável do segredo,
da trama,
lençol e cama.

entre os verbos que lambem o teu ouvido
e comprimem as tuas nádegas...
(textura de humanidade).

asas,
ato inefável...
ter-te e dar sentido humano
ao animal em mim.

daufen bach.

José Araújo


CHAMA DA VIDA

O que eu amo sobre meu exterior,
São os pássaros cantando em harmonia.
O que eu odeio sobre meu exterior,
É quando sou obrigado a cair de joelhos.

O que eu amo sobre meu exterior,
É o sussurro suave das folhas nas arvores,
O que eu odeio sobre meu exterior,
É a queda de árvores e devastação da floresta.

O que eu amo sobre meu exterior,
É a brisa do mar e brilho sob um sol de verão.
O que eu odeio sobre meu exterior,
É quando não há mais diversão, só deveres.

O que eu amo sobre meu exterior,
É o impacto das ondas nos rochedos a beira mar.
O que eu odeio sobre meu exterior,
É ter que pisar em calçadas de concreto sem fim.

E assim, prefiro viver meu interior,
Onde existem arvores, folhas, pássaros, terra e sol.
É lá que eu quero sempre viver,
Até que o homem aprenda, a respeitar a natureza.

Entre o exterior e o nosso exterior,
Eu escolhi ser honesto e viver feliz.
Desta vida nada se leva do exterior,
E no final fica apenas nosso interior.

O mundo não gira só do lado de fora,
No coração da Terra há vida interior.
O homem mata nosso mundo exterior,
Não sabe dar valor ao mundo interior.

Ledo engano do ser humano,
Que não respeita os dois lados da vida.
O exterior é matéria, é perecível,
O interior é eterno, jamais terá um fim.

O exterior é como fumaça,
O interior a chama da vida.

Autor: José Araújo

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Maria Marques Jacinto

                                                                (Imagem google)



As palavras são a melodia dos poetas
Na intensidade da sonância dos sentidos
As palavras harmonizam-se
Quase sempre aparentadas
As palavras soletram-se
No dedilhado dos harpejos
As palavras são gracejos
Nos coros das gargalhadas
As palavras são segredos
Ensaiados nos sussurros
As palavras são lamentos
As palavras são graves gritos agudos
As palavras são o silêncio
Pincelado da madrugada
As palavras vestem-se de beijos
As palavras vêm, as palavras vão
E rabiscam-se nas asas pautadas
Da nossa imaginação

Maria Marques Jacinto








Lua Palavra Nua - Carmen Fossari.

Livro de poemas de Carmen Fossari, lançado na Bienal de São Paulo.

domingo, 14 de abril de 2013

André Anlub

Eu, hoje vou falar de André Anlub.
A minha maneira de falar é trazer um pouco da poesia dele aqui.

Comentem, por favor a poesia precisa de incentivo.
Obrigada.
Dolores Jardim.







Restrito, Sóbrio e Calmo

Um voo alto por dentro e firme
Profundamente no seu semblante
Molhado, frio e apertado
... Escuro a um passo do fim do mundo
Onde almas tristes vagueiam confusas
Entre desenhos, pinturas, feito Picassos
O abstrato de várias idéias
Se mesclam ao concreto nos porta-retratos

Na sua vida restrita, sóbria e calma
Com sua estrada limpa e direta
Não cabe a hipocrisia do mundo nosso
Nem muito menos os valores de uma paz incerta

Pois assim continue no seu canto oculto
Adjunto com valores e emoções
Sem poder mostrar-se ao todo e tudo
Sem divulgar sua imaginação

André Anlub






 
 

 
Fruto franco

Estreia uma nova forma de amar
na verdade, não tão nova assim.
Vivendo um dia de cada vez
sendo verdadeiro e oportuno.
Renovando, a cada sol nascer
Inovando, a cada breu noturno.

Na tez, uma coloração, degrade do arrebol
ilumina por vez o ser sincero, dedicado.

Alma é força e lume
sentimento ao cume
fez da idade, moça.

Com o tempo torna-se rotina
surge, na surdina, o sentimento maior.
Ao som de grandes esperanças (high hopes)
pesando na balança
mudança, procura e sina.

André Anlub
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem fronteiras, sem pedradas
vamos na trilha de cem pegadas
em estradas esburacadas
que darão em lugares a esmo.
Sedentos - sem dentes - sem preitos
vemos novamente as torneiras
das camadas privilegiadas
mas não avistamos as goteiras...
Será que foram consertadas?
Não!
... Esgotaram-se as águas.

André Anlub
 
 

domingo, 7 de abril de 2013

Paulo Leminski



Meus amigos




meus amigos 


quando me dão a mão


sempre deixam 


outra coisa

presença


olhar


lembrança calor

meus amigos 


quando me dão


Deixam na minha 

a sua mão.




Paulo Leminski

David Garret

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tristeza - Luiza Caetano

TRISTEZA

Não são as lágrimas
nem o fogo das mesmas
que me abrasam a alma
Mas esta morte
de coração inacabado
que sangra por entre
os meus dedos
Vacilo perante a vida
como um junco perante o vento
ou um pássaro tombado
Já me esqueci da alegria
na festa do teu olhar
Será de noite ou já é dia?
Ai, este gosto nacarado
sem sabor que me navega
Não vejo ou não quero olhar
nesta minha janela cega


LuizaCaetano

Voz da Água - Luiza Caetano

VOZ DA ÁGUA

Vem,
como a secreta voz da água
Sobre o Rio que te espera
de alegria incendiada
Se vieres
de madrugada
te espero à beira fonte
junto à seara do pão
Tanta fome!
Tanta sede!
Veste-te de branco
e
vem
rumor de pássaro breve
súbita rosa de mágoa
nevegada em alvas velas
aceno-te
como quem despe
um ritual de emoção
Rosa de água!
Rosa Pão!

Luiza Caetano

terça-feira, 2 de abril de 2013

QUANDO EU FOR EMBORA - Luiza Caetano

QUANDO EU FOR EMBORA

Apenas quero levar
uma réstea de Luar
que ilumine o caminho!
Lavar a face na fonte
do Arco Íris da vida
Vestir-me de anjo branco
de essência e de emoção
Um voo de ave rasgada
na demência do abraço
Quando eu for...
Um aceno sem regresso
na espessura do verso
na alma lascada do sexo
Apenas quero levar
uma réstea de Luar
um naco do teu carinho
que me ilumine o caminho

LuizaCaetano

ÚLTIMO MOMENTO COM MINHA MÃE - Luiza Caetano

ÚLTIMO MOMENTO COM MINHA MÃE

Mãe,
contigo estou e vou
nessa caminho sem meta

Tuas vestes são a cruz
tua cama é um altar
teu corpo é um mártir
e, teu olhar...
Mãe!

Teu olhar
é um lampejo de vida!
é uma mortalha ferida!
é um trilho sem esperança!

Há um esgaçar de sorriso
na fímbria da tua boca

é um Adeus cricificado
algemado na saudade
dum amanhã sem futuro.

Sobes no tempo o último degrau
do mais infinito silêncio

a tua boca é um grito
quebrado no teu/meu peito

Mãe,
minha Mãe
que já recusas as palavras
nas mãos caídas sem luta

no hematoma do teu corpo
dóiem as chagas da dôr
as saudades e o amor
o Adeus sem retorno

Mãe, Minha mãe!

Prisioneira
sem celas
Mártir e quase santa
choras a Primavera
que a vida que nem foi tanta
é agora... derradeira

Mãe,
Minha querida mãe,
Olha o anjo que te abraça
Olha a cruz que te embaça

e, vais mãe...
para além
onde o meu olhar
já não te alcança...

Através da vidraça
teu olhar
esbaça,

Mãe!

Luiza Caetano

Diário de um anjo - Luiza Caetano

Diário de um anjo

Há um duelo permanente
entre a vida e a morte,
entre o Amor e o Esquecimento.

Um destino que dita a sorte,
caminho... ou cruzamento?

Momento único nos Astros
onde as estrelas se encontram
e o Céu se bifurca para deixar
entrar os anjos...

Tempo de estrelas cadentes
e de fogos de Artifício,
de corpos semi carentes
e de almas encontradas!

Há um Campo de Milagres,
de festas e de romagens

Um caminho, um cruzamento
onde os Anjos brincam ao amor.

Luiza Caetano

Iza* Bel Marques


Sou poeta

 

 

Sou poeta nas quimeras das madrugadas feitas de horas semi-mortas e dispersas,no povoado mar terreno das descobertas.

 

Sou poeta ofegante de embarcações na rota,longas viagens...

Caravelas na fuga,linha do horizonte,navegações,barcos de quilhas quebradas,velas no baixo e alto mar içadas, de várias cores entre crinas das aves e brisa do vento.

Sou poeta livre que sofre e ameniza dores,nas águas salgadas do poema que ostento.

 

IZA*BEL MARQUES.

Luiza Caetano - Instantes.

Instantes

Entre instantes
   cansados
        e
sem destino
  a saudade
     navega
por dentro do tempo


      e
  no cais
onde os adeuses
  se esqueceram
       de acenar,

os pássaros
esperam asas
  para voar.


(Luiza Caetano)

O Poeta

O poeta nasce de sonhos adormecidos,
Amores interrompidos, decepções.
De dores, lamentos e alguns sofrimentos,
Dessa eterna arte de viver e transformar.

O poeta nasce numa esquina qualquer
Colorindo a vida da cor que lhe convém.
Reinventando histórias enfeitadas de sonhos,
Invertendo páginas do passado surrado.

O poeta nasce do bem querer latente,
Mesmo numa alma doente e descrente.
Assoviando numa folha palavras adocicadas,
Fazendo do amor um lindo buquê de flor.

O poeta nasce na melodia do amanhecer,
Mesmo num dia cinzento e escuro.
Transforma tudo claro em coloridas flores,
Viaja e arranca da alma puros sentimentos.

O poeta navega no infinito em sonhos,
Alcança estrelas, adormece na cauda de um cometa.
Arremessa todas as incertezas ao vento cantarolando,
Numa canção revoluciona a existência sombria.

O poeta faz da mentira uma grande verdade!

Sandrah

As visitas.

Olá!

Então por favor se vem até aqui, não passe em branco...
Deixe um comentário, goste ou não goste, escreva.

Será com imenso prazer que o receberei com todas as honrarias que merece.

Obrigada..