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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rachel D.Moraes




SEREIA


Agora ela era uma estatua

De mármore branco.

E exilada vivia do mar.

Era uma lenda

De um tempo de sereias,

De voz e melodias.

Quieta,

parada,

Só trazendo consolo

A quem a olhasse.

Tão pálida e envolvida

Na consolação das plantas

Que abraçavam sua calda

Que enrodilhava a rocha

Que a sustentava.

Às vezes alguém chamava

Seu nome por entre as ramagens,

E ela olhava com aqueles

Olhos de veludo estático.

E um ser de espumas reluzentes,

Semelhante a Netuno,

Entrelaçava sua calda viva

Nas escamas frias da sereia.

E no vão da noite

Deixavam-se abraçar

E serem banhados pelo clarão da lua.

(Rachel D.Moraes )

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