Em meu mundo de encanto,repasso as poesias de amigos e de poetas que me fazem sentir o encanto da vida.
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quarta-feira, 30 de julho de 2008
Marta Peres
Olhando para o infinito
senti as mãos do Criador,
caíam sobre mim como
cristais frios, molhavam
meu corpo deixando paz
na alma, uma serenidade
doce que acalmava meu
coração doído, gotícula
a gotícula limpava meu
espírito, revigorava forças,
fazia crescer a vontade de
lutar, vencer pelos méritos,
e a alegria tomava conta
de todo meu ser, o bom
Criador, lá em cima
abençoando, sorrindo feliz
com minha felicidade!
(Marta Peres)
Marta Peres
Olhando para o infinito
senti as mãos do Criador,
caíam sobre mim como
cristais frios, molhavam
meu corpo deixando paz
na alma, uma serenidade
doce que acalmava meu
coração doído, gotícula
a gotícula limpava meu
espírito, revigorava forças,
fazia crescer a vontade de
lutar, vencer pelos méritos,
e a alegria tomava conta
de todo meu ser, o bom
Criador, lá em cima
abençoando, sorrindo feliz
com minha felicidade!
(Marta Peres)
"Ciúmes"
CIÚMES?
Foi isso que propôs?
como...
o que é?
não consigo vê-lo
onde esta?
por mais que jogue luz
não vejo
existe...
tem certeza?
convidaste-me a um vôo
dissestes ser teu sonho
pois vamos...
vamos
aqui estou...
te levarei aos sonhos
e lá tudo é possível
Agora amor...ciúmes?
ahhh...isso não!
Posso cair...
cair ...
machuco-me!
não me tragas isso...
Só vejo chama...
tua aura...
e sinto vontade de cantar...
de tocar...o mundo...
todo ele...
quero vê-lo...
nele estas
é real...
é verdade...
estas aqui?
me basta...
amor...me basta!
pra que mais?
vem comigo...
te levo
onde for...
ao mundo encantado
que queres ser?
Águia ...dominante...
que pega na mão a linha do fim...
o horizonte?
Olha...
veja o que sou...
dono do mundo ...
amor meu...
Teu céu...
teu ponto infinito...
Leninha
30/07/08-
Sophia de Mello Breyner Andresen
Tela de Aldemir Martins
Como uma flor vermelha
À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresc
Como uma flor vermelha.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Garanhuns
Resolvi, trazer aqui neste cantinho de amigos alguma coisa sobre Garanhuns em homenagem a uma amiga Judit Martins,que gentilmente me enviou algumas fotografias da cidade,lembrei-me então, como forma de agradecimento,escrever algo sobre GARANHUNS.
Obrigada amiga .
A fundação do município de Garanhuns aconteceu em 10 de março de 1811.
No entanto, somente em 04 de fevereiro de 1879, pela Lei Provincial nº 1.309, teve sua sede elevada à categoria de cidade. Anualmente, no dia 04 de fevereiro Garanhuns comemora a sua emancipação política.A palavra Garanhuns origina-se do vocabulário "Uraanhu" que quer dizer "homem do campo". Entre as várias versões existentes acerca da origem do nome da cidade, José de Almeida Maciel, em seu livro "Questões de Toponímia Municipal Pernambucana", refere-se a Guirá-nhum, os Pássaros Pretos. Por outro lado, Sebastião Galvão, em seu "Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco", diz que é uma palavra indígena significando sítio de guarás e anuns, o primeiro é uma espécie de cão selvagem e anu-anum, pássaro preto.Garanhuns sempre foi município de importância de Pernambuco, por seu potencial econômico e turístico .
Entretanto, a cidade ganhou projeção nacional por ser terra natal do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.
sábado, 26 de julho de 2008
Maia de Melo Lopo
Maia de Melo Lopo
Todos os poemas expostos, têm direitos e registo de autor.
NOITE
A noite é planeta de amor, cintilam encantos enfeitiçados no sábio e belo luar,
segredos se abrem na flor e mistérios na multidão de todas as coisas silênciosas,
Que romântica é a onda no fundo gigante do mar, bebe os lagos e sons de marés,
Corre a paixão no abismo inebriante, cristalino é o mel nas bocas maravilhosas,
Montanha entrelaçada cheia de formusura, doce cetim cor da rosa a meus pés.
ENTREI
Entrei na caverna da tua boca para que as minhas asas esvoacem dentro de ti,
Ando tonta e desamparada, procuro a fronteira miserável do teu gentil coração,
Como ír ao seu encontro senão ouço o som do seu bater, estará só e adormecido,
Fecho as asas e no silêncio saltito devagarinho, escuto o choro do seu lamento,
Quanta tristeza, tantos raios espalham lágrimas que caiem mortas na solidão.
Meio escondida no silêncio, olho o tormento e vivo o show da tua divina beleza,
Aproximo-me com doce ternura da alma cansada, alvíssimo peito tão dolorido,
Minhas asas abrem na hora do vento, acolhe o mar frio e salgado da tua tristeza,
Tão pálido teu coração sangra, varado por lâminas de aço de dois cruéis punhais,
Jorra o sangue nas covas da tua agonia, como vermes em túmulos esculturais.
Ao ouvir teus gritos e lamentos, minhas asas tremem, as desfaço em mil pedaços,
Estava escuro e de repente, como uma flauta feiticeira ouço lânguidos gemidos,
Em abraços de seda tapei as brilhantes feridas, cobri a carne do teu belo coração,
Me perdoa peregrina e nobre amor, voaste sempre até mim com os teus passos,
foi de ti que fugi, relâmpago de vida que vivi, e por tua dor caio morto de paixão.
QUANDO ELA PASSA
No céu imenso do lindo amor que o vento forte beija e inclina,
passa ela em linhas esculturais como uma deusa alegre altiva e gloriosa,
não sou ninguém, na podridão da escura e rendilhada esquina,
tocam os divinos anjos músicas celestias em bocas abertas e doridas,
na rua miserável gemem na lama as minhas tristes feridas,
quando ela passa fico sem graça e contente estremeço tão nervosa.
Escondo-me na nuvem bronzeada, janela perdida no luar da minha tortura,
ai... vejo-a passar entre magras cadelas de focinhos angulosos,
no veludo dos meus soluços a luxúria dormente da sua formusura,
pescoços selvagens farejam as trevas nos sonhos labirínticos tão feios,
jogam o viscoso desejo no futuro rosto da minha angústia,
e em bodas de chamas lançam olhares que lampejam traiçoeiros.
Quando ela passa, sorri na minha alma nocturna, sou dor febril de tão sofrida,
Entre suspiros lânguidos, choram guitarras nas cordas da minha paixão,
derramo fundas lágrimas em cascatas de pérolas e brilhante prata esculpida,
Oh, fresco golpe, grito disparado na minha profunda desgraça,
boémio beijo dos teus lábios, dentada de amor no seio do meu coração,
Passa por mim o perigo, sensual branca açucena, mimo e laço que me ata.
Não me vê, nem pode lembrar de mim, receio-te e desapareces meu amor,
fera mansa, sereno olho no tropel de belas gazelas,meu corpo arruinado,
embalado de esperança em muros das estrelas e no trono do meu terror,
escondo melancólicos segredos que vegetam nas carnes mortas de solidão,
quando ela passa, lampeja a casta luz crepúscular e caio no abismo esfarrapado,
rude calvário, onde rompem almas libertinas, loucas mártires nas sombras líricas da emoção.
E um dia ela jamais passou, a voz arrepiante do adeus golpeou-me como o aço, foi meu leito, no mar de agonia da minha soluçante sepultura,
desgrenhada tudo foi apunhalado, em nome de Jesus seja na eternidade,
a amante que sempre passa e como traça, talvez voltará a passar cheia de graça,
tão fria a cicatriz da noite escura, sem alegrias de amor no seu regaço,
e no inferno do meu peito, vive o cruel lamento da minha sensual infelicidade.
Quando ela passa... ah... quando ela passa
Martha Medeiros
PEDAÇOS DE MIM
Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante
Já
Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.
Martha Medeiros
Luiza Caetano
Miguel Torga
Rumo
Rasga o pano da noite um grito agudo.
É o apelo de alguém.
Mas um aceno amargo não é tudo,
De mais a mais na bruma de onde vem.
Pode ser consciente, ou ser de quem
Sabe de gritos o que sabe um mudo.
Pode ser justo, e pode ser também
Vestido de injustiças de veludo.
Por isso, ninguém corre àquela voz.
A sua imprecisão passa veloz
Pelo caminho vago da ilusão.
Fogo que queima é fogo que se exprime.
O sentido do sangue é que redime
A angústia pendular do coração.
(Miguel Torga in Libertação)
Marta Peres
Volta
Em meu peito rebentam aflições,
sinto você tão distante!
O infortúnio visitou minha morada
permanecendo longo tempo, você
virou-me as costas, deixou-me com
o coração arrochado pela amargura,
preso em círculo de ferro e fogo, sangue
golfejando sem parar, minha alma
cansada e chorosa viveu só, clamei
piedade ao Senhor, meu olhos verteram
lágrimas, Ele ouviu vendo minha aflição
e angústia, doces palavras vieram ao
coração, martírio já não sinto dentro
d’alma, vivo a plenitude da paz do espírito,
o amargor deu lugar ao prazer, já não há o
que oprime, resista a arrogância e volta!
Marta Peres
RISCOS
Fale tudo o que vier no coração.
Não escondas o que sentes,
não sufoque o querer.
Assuma o sentir
que sente, mesmo sem querer.
Respire o amor
o prazer...
Não fuja.
Descubra-se.
Desperte para
o amor sem
nada temer.
Arrisque-se.
Não deixe o tempo
destruir o que já não pode
mais esconder.
Marilene
26/07/08
E.E. Cummings
Eu vos agradeço, Deus, principalmente por este dia
incrível: pelos saltitantes espíritos esverdeados das árvores
e um verdadeiro sonho de céu azul; e por tudo
o que é natural o que é infinito o que é sim.
(eu que morri estou vivo de novo hoje,
este é o aniversário dos sóis; esta é a data
de nascimento da vida e do amor e das asas: e do alegre
grande acontecimento que é sem dúvida a terra)
como o paladar o toque da audição e visão
o respirar do - elevado do nada
de todo o nada - meramente ser humano
pode duvidar do inimaginável Vós?
(agora os ouvidos de meus ouvidos acordam e
agora os olhos de meus olhos se abrem)
(e.e. cummings)
Um Poema de Menina do Rio
Sobrevivi sem ti, amor
Quando dei por mim, tinhas ficado pra
tras e me dei conta que nunca estivestes
verdadeiramente comigo.
Sobrevivi, apesar das noites frias e
desertas, tendo apenas a solidão como
companhia e o silêncio da ausência de
teus passos ao meu lado.
O vazio dos dias que vieram, contaram-me
histórias que escrevi no pó da estrada,
por onde meus pés caminhavam, as vezes
olhando pra tras até perderem-te de vista
E sufoquei meu grito na garganta cada vez
que minh'alma chamava por ti.
Tropecei muitas vezes na saudade, me feri,
me socorri e sobrevivi
Sobrevivi aos meus medos, calei meus
anseios, abri os braços ao vento e voei
pra longe de ti e do teu fascínio.
Sobrevivi e amanheci
Longe de ti...
(Menina do Rio)
sexta-feira, 25 de julho de 2008
RUBEN ALVES
aquilo que ela provou e aprovou.
Aprovadas foram as experiências
que deram alegria.
O que valeu a pena
está destinado à eternidade.
A saudade é o rosto da eternidade
refletido no rio do tempo."
(Ruben Alves)
MARILENE TEUBNER
TEMPLO DOURADO
O Templo Dourado, que é o templo mais sagrado do sikhismo situa-se em Amritsar, uma das principais cidades do Punjab, no norte da Índia. Este templo foi construído em 1588, 11 anos após a fundação da cidade.Também é conhecido por Harmandir Sahib. Foi atacado pelos afegãos e reconstruido em 1764. Em 1802 foi coberto de cobre. Foi novamente atacado na operação Blue star, em 1984, pelo exercito indiano e as reparações terminaram em 1986. Este templo tem uma porta em cada um dos seus 4 lados para mostrar que esta aberto a pessoas dos 4 cantos do mundo.
TEMPLO DOURADO
Camané - Templo Dourado
Ao cair da noite, salta o muro
Deita abaixo a porta da fachada
Vai p´lo corredor comprido e escuro
Corre os cantos da casa abandonada
Pelas brechas do soalho apodrecido
Saúda com a ponta dos teus dedos
O chão inicial que foi escondido
A pedra que guardou os teus segredos
Desmonta uma a uma as fechaduras
Rasga as cortinas, esventra as almofadas
Para que ´as penas cubram as molduras
E voem p´las janelas escancaradas
Destapa os retratos de família
Dos lençóis que os protegem da poeira
Transforma cada peça da mobília
Em achas preparadas prá fogueira
P´la sala espalha ramos de alecrim
Acende um candelabro bem no centro
Fuma um cigarro, sai pelo jardim
E entra cantando p´lo dia dentro
quinta-feira, 24 de julho de 2008
"MINHA AVENTURA DE PAPEL"
Tela de Luiza Caetano
(Respeitem os direitos autorais)
"MINHA AVENTURA DE PAPEL"
Vou viajar
num barquinho
feito de papel de jornal
onde as notícias
falam do mundo
- tudo vai mal !
Vou viajar
num cruzeiro
amarelecido pelo tempo.
Comigo levarei
apenas a cor da saudade,
e a espuma dos dias
passados contigo,
o som dos sinos
da minha aldeia,
e
uma chapada de cal
da casinha do meu berço.
Apanho a sétima onda
que me dará o tropel.
Faço-me ao Mar
de velas empinadas
à bolina do vento
e das tormentas
Meu sono!
Meu sonho!
Minha aventura de papel.
luizacaetano
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Ofereço uma rosa
A quem me deu perfume,
A quem me deu sentido.
A quem só me fez bem.
Ofereço uma rosa...
Àqueles que sorriram comigo,
Àqueles que comigo partilharam lágrimas,
Àqueles que souberam da minha existência.
Ofereço uma rosa...
Aos nobres do sentir,
Aos ricos do viver,
Aos imperadores do amor,
Ofereço uma simples rosa...
Àqueles que simplesmente foram amigos,
Que ternamente fizeram do silêncio sair sons,
que cantaram comigo,
Que me olharam e ouviram o que eu tinha para dizer.
(Fernando Pessoa)
sábado, 19 de julho de 2008
"LEMBRANÇAS DE ONTEM
"LEMBRANÇAS DE ONTEM"
T`espero na Quinta Feira
lá na esquina das saudades
Vestida de arlequim.
Sexta também estarei
na pracinha dos Afectos
de rosa ansiosa ao peito
Ainda que não apareças
com o trajo de jasmim
Fico na parte da porta
mesmo em frente ao cinema
da Via La Vie en Rose
Negra sala escura
sono, sonho, delícia
e,
depois vamos beber
naquele bar onde a música
toca com dedos de chuva
a magia dos encontros
Muito antes da aurora
marcar o dia de ir
subiremos a Serra Madre
onde a terra cheira
a riso quebrado de sombras
e
os ponteiros nervosos
como navalhas
marcam o tempo
de ir embora
luizacaetano
PINTURA QUASE ABSTRACTA
"PINTURA QUASE ABSTRACTA"
"Pinto-te
amor
da cor da esperança
que te embala o olhar.
Decoro-te
na minha cama
em
vibrações e solfejos
musicados de vento,
Nela adormeço
a intensidade da fruta
e dos animais em fuga.
Pinto Lírios
nos gemidos da tua voz,
gestos e giestas
rasgando a carne da tela
impiedosamente branca.
Folha a folha
apago os dias
do calendário do tempo.
Invento
uma qualquer eternidade
adormecendo na tua boca
a fome e o pão,
a saudade e o grito
mordidamente
suicidados
em minha garganta."
luizacaetano
sábado, 12 de julho de 2008
BORBOLETA DE OUTONO
Borboleta de Outono
Ela enfim surgiu! Tal como a lua...
Apareceu tão linda em meu jardim
(que antes era só todo abandono.)
Ela sorriu! Roçou a asa sua
pela rosa, pelo cravo e o jasmim
borboleta-estrela deste Outono.
É tão bela! E eu só posso vê-la...
Mas eu queria tê-la para mim
(mesmo que o vento seja o seu dono.)
Preciso dela! A borboleta-estrela
de nuvem e asas feito um serafim,
toda de seda, de sonho e de sono.
(JUDIT/NEFERTARI)
quarta-feira, 9 de julho de 2008
PALAVRAS
O som das palavras pode ser tão
doce como o mel ou tão rude
quanto uma rocha, mas nada
se compara
à expressão de um olhar cuja
frieza pode ferir até a mais forte
rocha e cuja docilidade pode amolecer
e alegrar dos mais severos aos
mais tristes corações.
Rosiany Suffi
SOLIDÃO
Solidão
Vem do nada esta angústia,
abala todo meu corpo
trazendo um choro
convulsivo, impulsivo
tal qual melodia triste,
ternura imensa invade
meu coração pesado,
não compreendo
o peso desta aflição,
sinto no ar algo estranho
que comove, faz o medo
crescer, ansiedade
toma conta de mim,
do meu sossego
que se rompe,
procuro palavras
que expliquem,
nada encontro,
meu coração sofre
a solidão da vida!
Marta Peres
terça-feira, 8 de julho de 2008
DE LENINHA-SOLZINHO
Temos a exata noção da grandiosidade da luz...
quando descobrimos pontos escuros...
Nas sombras...avaliamos essa cura de perto...
Só ela trás a vida consigo...e o real motivo da existência...
Se podes ser visto...estas debaixo dela...
irradie e transmita ...
continua...longo é o caminho...
Só podemos chegar...caminhando...
então não pare....
Aprecio todas as tentativas...
mas quando o desanimo chegar...
não te cale...
chame...
busque...
estenda a mão...
Sempre terás teu apoio ao lado.
Vamos?
Carinhos eternos.
Leninha
NOSSA PEQUENA HISTÓRIA
"Eu te vi, tu me viste, nós nos vimos;
Falei-te e me falaste, nos falamos.
Amaste-me e te amei, nós nos amamos,
Eu sorri, tu sorriste, nós sorrimos !
Eu jurei, tu juraste, nós juramos;
Eu senti, tu sentiste, nós sentimos;
Consenti, consentiste, consentimos ...
Beijei-te, me beijaste, nos beijamos !
Não venci, não venceste, não vencemos.
Deixei-te e me deixaste, nos deixamos ...
Eu sofri, tu sofreste, nós sofremos !
Eu chorei, tu choraste, nós choramos;
Suportar a saudade, não pudemos ...
Voltei, voltaste, amor, nós nos voltamos !
( Antonio Vaz Cesarino - Poesias )
27/Agosto
"O jogo da vida é uma brincadeira de bumerangues.
Nossos pensamentos, feitos e palavras voltam a nós mais cedo ou mais
tarde, com impressionante exatidão."
( Desconhecido ) Achei! Achastes rsrsrsr . Vinha-me a memória este Volei, voltaste, eu não sabia de onde. Sabia que era poesia, mas digo para que o Google, nossa! encontra quase tudo neste google, apenas um nome que tenho no coração não achei
Recebi da amiga Yaya!
Mágico...lindo!
Ergo uma Rosa
Ergo uma rosa, e tudo se ilumina
Como a lua não faz nem o sol pode:
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou ventos de cabelos que sacode.
Ergo uma rosa, e grito a quantas aves
O céu pontua de ninhos e de cantos,
Bato no chão a ordem que decide
A união dos demos e dos santos.
Ergo uma rosa, um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve,
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve.
Ergo uma rosa, e deixo, e abandono
Quanto me doi de mágoas e assombros.
Ergo uma rosa, sim, e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros.
Ergo uma rosa - José Saramago
Recebido da amiga Judit Martins.
Obrigada,amiga do coração.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
MAIA DE MELO LOPO
Santa mulher, anjo pálido e sereno, embalaste meu peito sabe Deus com tanta tristeza, Fecunda de grandes tormentos e severos flagelos, foste piedosa aos meus frágeis apelos,
Estou perdida, nem afago teus cabelos, saudades de teus beijos cheios de amor e leveza,
Disseste-me adeus, meus olhos rasos de água derramam a comoção e nas cinzas padeço,
Ainda que ande pelo vale das sombras, foste a minha única amante e quase enlouqueço.
Tanto desgosto tanta dor que arrancaste do meu coração, és meu desejo sem nada ter, Escondo-me agora no claustro da tua campa, nem a orgia primaveril me inflama a vida,
O sol é a taça de luz na aurora da tua terra funda, e caío sepultada a teu lado sem morrer,
Pomba alva voaste para o berço negro e gelado em busca do clarão divino ou de alguém,
Mulher amada, saudade dourada, triunfo do meu céu, linda só és tu, minha querida mãe
MAIA DE MELO LOPO
NO TEMPO
Ando perdida no vale escuro do teu corpo, ao longe algo triste se abate dentro de mim,
De dia galgo à procura da noite e de ti, o silêncio eterno cai por onde dorme a tua paz,
Ainda que me persiga nas encostas da minha vida, tu serás agonia da minha real cruz,
O luto se apaga, tomba o meu amor, e morta nas trevas posso estar onde teu corpo jaz, Suplico a saudade da tua boca, pétalas de rosas secam no sono final da tua ditosa luz.
Minha alma infeliz não se conforma, escurece a verdade filtrada, meu louco tormento,
Gosto tanto de ti que estou morta, morta de sagrado amor, e sózinha sempre írei estar,
Como pude dizer-te adeus, se teu olhar foi lenda secreta, astro poeta do fiel sentimento,
Fecharam-se para sempre teus olhos na minha dor, ardo no pesar e já amo sem a razão,
Coração em guerra, lanças de pavor, eu só dormirei em paz, se um dia te fôr encontrar.
Sem esperança vivo desinteressada, partiste no inverno branco e gela o azul do verão,
És o calvário no meu atroz suplício, terrível chaga das trémulas e implacáveis dores,
Não sei disfarçar o horrível, e na tua sombra o meu vulto não tem pé, braço, nem mão,
Golpe cruel, o monstro negro e infame deixa-me febril, animal de mágoa em soluços,
Minha agonia fareja o teu rosto e meu sangue não é essência nem perfume das flores.
Bebo o amargo veneno do demónio, louca embriago-me na cauda da manhã afrodisíaca,
Desvairada uivo como uma loba, na loucura engulo o suco das viscosas flores da morte,
Não tenho lar e na miséria sinto teu olhar materno, pobre de mim a viver meio maníaca.
Pesadelo espinho infernal, elixir, néctar que se mistura na minha carne e no teu destino,
Perdida na terra fúnebre, amortalha-se minha boca e em chamas arde na cruel má sorte.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
"Lembra-te de mim" ---- JOÃO JACINTO
Tela de Ana Paula Roque
Nada como a figura de Santo António,para este belo poema de amor do poeta João Jacinto.
Lembra-te de mim
Lembra-te de mim
e sentir-me-ei
mais perto da multidão.
Lembra-te de mim
e viverei,
mesmo, da tua lembrança.
Lembra-te de mim
por tudo
o que, por aqui,
foi tatuado
de minha existência,
também, com intuito
de imortalidade.
Temo o silêncio,
a infertilidade
e a descrença.
Nunca me esqueças;
lembra-te!
joão m. jacinto