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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Luiza Caetano!




Querida amiga,parece impossível,mas é verdade.
Estiveste em terras do Brasil, e não pude abraçar-te!
Mas...um dia...
Ainda não era o dia, nem a hora, nem o momento.
Como dizem...nada acontece por acaso!
Senti saudades..
Que o teu regresso ao nosso mundo virtual,nos traga a tua alegria contagiante.
Seja muito bem vinda querida amiga Luiza!

"SAUDADES"



"S A U D A D E S"
Guardo
nas minhas mãos
o súbito calor das tuas,

A magia
desse olhar
perdido no meu!

O cálice
da tua boca
bebendo na minha,

o cristal
das tuas palavras
no Céu do meu sonhar,

Guardo,
ciosamente
Meu Amor,
cada momento
feito de tudos
e de nadas
de risos e de espanto

Bebo
a espuma da saudade
e o pranto

Todos os dias
de te lembrar...

Todos os dias!

luizacaetano

"Não à Lágrima"




NÃO À LÁGRIMA.


MEU CORAÇÃO AO VER TUA IMAGEM...
SE ENCHEU DE AMOR...
FOI UMA CARGA DE TERNURA...
VONTADE DE TE ACONCHEGAR...
TE BUSCAR...BEIJAR...AFAGAR...
PEDIR PERDÃO PELO OUTRO...
POR ESSA LAGRIMA
ALGUÉM A FEZ CAIR...
EU A QUIS SEGURAR...
NÃO QUERO OUVIR O RUÍDO DELA...
NÃO QUERO SENTIR O SAL ...
NÃO ...
TEUS OLHOS NÃO A QUEREM...
DESEJAM BRILHAR...
COM OUTRA LÁGRIMA...
BRILHAR COM UM CRISTAL DE AMOR...
DERRAMANDO ...DERRAMANDO....
ATÉ MOLHAR TEU SORRISO...
EU DESEJEI VIR...
TE APERTAR FORTE...
PARA QUE ACORDES...
NÃO...A LÁGRIMA...
OLHA PRA MIM....
TE DOU ESSA ENERGIA....
TE CUBRO COM ELA....
TE ENCHO DELA....
TE AMO COM ELA....

(LENINHA-SOL)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Desvendares - BIA MARQUEZ




Desvendares

chaves abrem portas,
destrancam segredos,
livram mentes de males
e velhos medos.

mas também fecham sonhos
estradas e destinos
que caminho procuro
na minha emoção:

se não for o paraíso
da imaginação
qual chave, seria,
então ?

um poema, talvez
ou quem sabe até
aprender javanês?

chaves são tantas
dúvidas são muitas

não importa quais sejam
nem desvendem certezas,

apenas quero um jardim
com flores, framboesas
e um sorriso carmim !

Bia Marquez

bjus e poemas....sempre!!!!

Esta é a minha poeta querida de Tocantins! NITA V. AGUIAR.


Querida amiga poeta de Tocantins!
Te gosto tanto amiga!

"Precisa-se de Poesia"


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Kadu Vaqueiro



Sentado na sacada do apartamento
no alto desta selva de pedras
sou um coração solitário
viajando por meus pensamentos

Meus olhos observam pontos brilhando
nuvens brancas, como pedaços de algodão
deslizam com ajuda do vento
pelo infinito céu negro


Na escuridão desta noite fria
a minha amada lua desapareceu
acredito que devido a minha angustia
ela foi te fazer uma visita
tentar aliviar seu coração vazio


Aqui eu vivo um tormento
sofro com sua ausência
e tento acalmar as dores que sinto
neste vasto mundo urbano


Um ponto de luz, se desloca
nas trevas negra deste imenso céu
Observo que um avião solitário
voa a sua direção, minhas asas estão quebradas
não posso alcançar este vôo ir até você


Ansioso o pulsar do meu coração lateja
Só me resta continuar te buscando
achar um caminho que me leve até você
fico triste em saber, você também sofre!
(Kadu Vaqueiro)

Kadu Vaqueiro



DE ESTRELA A FLÔR
Não é só a lua que é linda no sertão...

O sol também é belo, é o aquecimento de nosso corpo,
para movimentar a vida que pulsa dentro do peito.

Admito que tenho a lua como minha eterna namorada...

Também sei que ter a lua como minha namorada, causa
ciúmes nas estrelas.

Mas...tenho por elas, uma grande admiração!

Brilham, na imensidão do céu azul e entre todas elas,
uma se destaca...

Que me perdoe, o meu coração, mas terá que ser, muito
amável com ela, até que se transforme em uma linda e eterna
flor, em meu jardim!

(Kadu Vaqueiro)

KADU VAQUEIRO



Sentado na sacada do apartamento
no alto desta selva de pedras
sou um coração solitário
viajando por meus pensamentos

Meus olhos observam pontos brilhando
nuvens brancas, como pedaços de algodão
deslizam com ajuda do vento
pelo infinito céu negro


Na escuridão desta noite fria
a minha amada lua desapareceu
acredito que devido a minha angustia
ela foi te fazer uma visita
tentar aliviar seu coração vazio


Aqui eu vivo um tormento
sofro com sua ausência
e tento acalmar as dores que sinto
neste vasto mundo urbano


Um ponto de luz, se desloca
nas trevas negra deste imenso céu
Observo que um avião solitário
voa a sua direção, minhas asas estão quebradas
não posso alcançar este vôo ir até você


Ansioso o pulsar do meu coração lateja
Só me resta continuar te buscando
achar um caminho que me leve até você
fico triste em saber, você também sofre!
(Kadu Vaqueiro)

AMÁLIA RODRIGUES





A M Á L I A

Amália deixou o fado
A letras de ouro gravado
Com as maiores perfeições
A cantar o seu valor
Foi a inspiração maior
Como a rimar foi Camões.

Foi fadista de alma inteira
Da mais brilhante carreira
Que orgulha o nosso País
O fado pelo mundo fora
Cantou e foi detentora
Da aura de Embaixatriz.

Duma voz sem par foi dona
Um povo inteiro apaixona
Pela sua simplicidade
Pelo talento que tinha
Foi muito mais que rainha
Foi do fado divindade !…

Este Povo que a ama
Guarda viva a sua fama
Nas memórias do passado
No coração de quem sente
Amália estará presente
Onde se cantar o fado !…

Euclides Cavaco

AMÁLIA RODRIGUES






Amália da Piedade Rebordão Rodrigues (Lisboa, 23 de Julho ou 1 de Julho de 1920 — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.

Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, etc.). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Melo.
Filha de um músico sapateiro que, para sustentar os quatro filhos e a mulher, tentou a sua sorte em Lisboa, terá nascido, segundo o seu assento de nascimento, às cinco horas de 23 de Julho de 1920 na rua Martim Vaz, na freguesia lisboeta da Pena. Amália pretendia, no entanto, que o aniversário fosse celebrado a 1 de Julho ("no tempo das cerejas"), e dizia : Talvez por ser essa a altura do mês em que havia dinheiro para me comprarem os presentes. Catorze meses depois, o pai, não tendo arranjado trabalho, volta com a família para o Fundão. Amália fica com os avós na capital.

A sua faceta de cantora cedo se revela. Amália era muito timida, mas começa a cantar para o avô e os vizinhos, que lhe pediam. Na infância e juventude, cantarolava tangos de Carlos Gardel e canções populares que ouvia e lhe pediam para cantar.

Aos 9 anos, a avó, analfabeta, manda Amália para a escola, que tanto gostava de frequentar. Contudo, aos 12 anos tem que interromper a sua escolaridade como era frequente em casas pobres. Escolhe então o ofício de bordadeira, mas depressa muda para ir embrulhar bolos.Aos 14 anos decide ir viver com os pais, que entretanto regressam a Lisboa. Mas a vida não é tão boa como em casa do avós. Amália tinha que ajudar a mãe e aguentar o irmão mais velho, autoritário.

Aos 15 anos vai vender fruta para a zona do Cais da Rocha, e torna-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integra a Marcha Popular de Alcântara (nas festividades de Santo António de Lisboa) de 1936. O ensaiador da Marcha insiste para que Amália se inscreva numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera, em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabaria por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela.

Conhece nessa altura o seu futuro marido, Francisco da Cruz, um guitarrista amador, com o qual casará em 1940. Um assistente recomenda-a para a casa de fados mais famosa de então, o Retiro da Severa, mas Amália acaba por recusar esse convite, e depois adiar a resposta, e só em 1939 irá cantar nessa casa.Alcança tremendo êxito no Retiro da Severa, onde faz a sua estreia profissional, e torna-se a vedeta do fado com uma rapidez notável. Passa a actuar também no Solar da Alegria e no Café Luso. Era o nome mais conhecido de todos os cantores de fado. Fazia com que por onde actuasse as lotações se esgotem, inflacionando o preço dos bilhetes. Em poucos meses atinge tal reconhecimento e popularidade que o seu cachet é o maior até então pago a fadistas.

Estreia-se no teatro de revista em 1940, como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. No meio teatral encontra Frederico Valério, compositor de muitos dos seus fados.Em 1943 divorcia-se a seu pedido. Torna-se então independente. Neste mesmo ano actua pela primeira vez fora de Portugal. A convite do embaixador Pedro Teotónio Pereira, canta em Madrid.

Em 1944 consegue um papel proeminente, ao lado de Hermínia Silva, na opereta Rosa Cantadeira, onde interpreta o Fado do Ciúme, de Frederico Valério. Em Setembro, chega ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no Casino Copacabana. Aos 24 anos, Amália tem já um espectáculo concebido em exclusivo para ela. A recepção é de tal forma entusiástica que o seu contrato inicial de 4 semanas se prolongará por 4 meses. É convidada a repetir a tournée, acompanhada por bailarinos e músicos.

É no Rio de Janeiro que Frederico Valério compõe um dos mais famosos fados de todos os tempos: Ai Mouraria, estreado no Teatro República. Grava discos, vendidos em vários paises, motivando grande interesse das companhias de Hollywood.

Em 1947 estreia-se no cinema com o filme Capas Negras, o filme mais visto em Portugal até então, ficando 22 semanas em exibição. Um segundo filme, do mesmo ano, é Fado, História de uma Cantadeira.Amália é apoiada por artistas inovadores como Almada Negreiros e António Ferro. Esse que a convida pela primeira vez a cantar em Paris, no Chez Carrère, e a Londres, no Ritz, em festas do departamento de Turismo que o proprio organiza.

A internacionalização de Amália aumenta com a participação, em 1950, nos espectáculos do Plano Marshall, o plano de "apoio" dos EUA à Europa do pós-guerra, em que participam os mais importantes artistas de cada país. O êxito repete-se por Trieste, Berna,Paris e Dublin (onde canta a canção Coimbra, que, atentamente escutada pela cantora francesa Yvette Giraud, é popularizada por ela em todo o mundo como Avril au Portugal) . Em Roma, Amália actua no Teatro Argentina, sendo a única artista ligeira num espectáculo em que figuram os mais famosos cantores de música clássica.

Canta em todo os cantos do mundo. Passa pelos Estados Unidos, onde canta pela primeira vez na televisão (na NBC), no programa do Eddie Fisher patrocinado pela Coca-Cola, que teve que beber e de que não gostara nada. Grava discos de fado e de flamenco. Convidam-na para ficar, mas não fica por que não quer.
Amália dá ao fado um fulgor novo. Canta o repertório tradicional de uma forma diferente, sincretisando o que é rural e urbano.

Canta os grandes poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escrevem para ela (Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, O’Neill). Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe várias canções.

O seu fado de Peniche é proibido por ser considerado um hino aos que se encontram presos em Peniche, Amália escolhe também um poema de Pedro Homem de Mello Povo que lavas no rio, que ganha uma dimensão política.

Em 1966, volta aos Estados Unidos. Neste mesmo momento o seu amigo Alain Oulman é preso pela PIDE. Amália dá todo o seu apoio ao amigo e tudo faz para que seja libertado e posto na fronteira.

Em 1969, Amália é condecorada pelo novo presidente do concelho, Marcelo Caetano, na Exposição Mundial de Bruxelas antes de iniciar uma grande digressão à União Soviética.

Em 1971, encontra finalmente Manuel Alegre, exilado em Paris.


Na chegada da democracia são-lhe prestadas grandes homenagens. É condecorada com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República, Mário Soares. Ao mesmo tempo, atravessa dissabores financeiros que a obrigam a desfazer-se de algum do seu património.

Em 1990, em França, depois da Ordem das Artes e das Letras, recebe, desta vez das mãos do presidente Mitterrand, a Légion d'Honneur.

Ao longo dos anos que passam, vê desaparecer o seu compositor Alain Oulman, o seu poeta David Mourão-Ferreira e o seu marido, César Seabra, com quem era casada há 36 anos.

Em 1997 é editado pela Valentim de Carvalho o seu último álbum com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975 (Segredo). Amália publica um livro de poemas (Versos). É-lhe feita uma homenagem nacional na Feira Mundial de Lisboa (Expo 98).

A 6 de Outubro de 1999, Amália Rodrigues morre com 79 anos, pouco depois de regressar da sua casa de férias no litoral alentejano. No seu funeral centenas de milhares de lisboetas descem à rua para lhe prestar uma última homenagem.

colaborara economicamente com o Partido Comunista Português quando este era clandestino. Sepultada no Cemitério dos Prazeres, o seu corpo é posteriormente trasladado para o Panteão Nacional, em Lisboa (após pressão dos seus admiradores e uma modificação da lei que exigia um mínimo de quatro anos antes da trasladação), onde repousam as personalidades consideradas expoentes máximos da nacionalidade.

Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, de Lisboa ao Rio de Janeiro, de Nova Iorque a Roma, de Tóquio à União Soviética, do México a Londres, de Madrid a Paris (onde actuou tantas vezes no prestigiosíssimo Olympia).
Propagou a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o fado.

SIMONE DE OLIVEIRA


Música: Nuno Nazareth Fernandes

Letra: Ary dos Santos

"UNL - Literatura portuguesa"


Corpo de linho
lábios de mosto
meu corpo lindo
meu fogo posto.
Eira de milho
luar de Agosto
quem faz um filho
fá-lo por gosto.
É milho-rei
milho vermelho
cravo de carne
bago de amor
filho de um rei
que sendo velho
volta a nascer
quando há calor.

Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.

Minha raiz de pinho verde
meu céu azul tocando a serra
oh minha água e minha sede
oh mar ao sul da minha terra.

É trigo loiro
é além tejo
o meu país
neste momento
o sol o queima
o vento o beija
seara louca em movimento.

Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.

Olhos de amêndoa
cisterna escura
onde se alpendra
a desventura.
Moira escondida
moira encantada
lenda perdida
lenda encontrada.
Oh minha terra
minha aventura
casca de noz
desamparada.
Oh minha terra
minha lonjura
por mim perdida
por mim achada.

SIMONE DE OLIVEIRA



Simone Macedo de Oliveira, filha de pai belga e mãe portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 11 de Fevereiro de 1938.

Na sequência de uma crise, aos 19 anos, o médico aconselhou-a a distrair-se tendo optado, por ideia da sua irmã, por matricular-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Começou por se apresentar nos programas do prof. Motta Pereira.

A estreia da cantora em público ocorreu, em Janeiro de 1958, no I Festival da Canção Portuguesa, realizado no cinema Império, em Lisboa. Nos dois anos seguintes iria vencer esse mesmo Festival.

Em 1959, a editora Alvorada lança um EP com 4 artistas. Simone de Oliveira aparece com a canção "Sempre Que Lisboa Canta". É lançado também um EP com os temas "Amor à Portuguesa" (La Portuguesa), "Tu", "Nos Teus Olhos Vejo o Céu" (Nel Blu Dipinto di Blu) e "Tu e Só Tu" (Love Me For Ever).

Estreia-se no teatro de revista em 1962. Vence também, nesse ano, o Festival da Canção da Figueira da Foz.

Recebe o Prémio de Imprensa do ano de 1963.

Em 1964 grava um EP com os temas "Canção Cigana", "Sempre Tu Amor", "Quero e Não Quero" e "Alguém Que Teve Coração".

Na 1ª edição do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa Festival RTP da Canção fica em 3º lugar com "Olhos Nos Olhos". "Amar É Ressurgir", o outro tema apresentado, fica em 8º lugar.

António Calvário e Simone gravam um EP com versões do filme "My Fair Lady".

Em Março de 1965 recebe o Prémio de Imprensa de 1964 para melhor cançonetista. Vence o Festival RTP da Canção de 1965 com o tema "Sol de Inverno", de Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, enquanto "Silhuetas Ao Luar" fica em 4º lugar. Representa Portugal no Festival da Eurovisão realizado em Nápoles. É eleita Rainha da Rádio.

É editado o EP "IV Festival da Canção Portuguesa" com os temas "Nem Tu Nem Vocês", "Se Tu Queres Saber Quem Sou", "Quando Será" e "Canção do Outono" e o EP "Praia de Outono" onde é acompanhada pelo Thilo's Combo e pela Orquestra de Jorge Costa Pinto). Lança também alguns discos com versões da banda sonora do filme "Música No Coração". Além do tema "Música No Coração" grava canções como "Onde Vais" [Edelweiss], "As Coisas De Que Eu Gosto" e "Dó-ré-mi".

Participa com "Começar de Novo", de David Mourão Ferreira e Nóbrega e Sousa]], no I Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, realizado em 1966. Amália Rodrigues fez parte do júri e escolheu Simone de Oliveira como representante de Portugal.

Ainda em 1966, Simone grava uma versão de "A Banda" de Chico Buarque e faz parte do elenco do musical "Esta Lisboa Que Eu Amo" que esteve em cena no Teatro MonumentalLança um EP com "Marionette", uma versão de "Puppet On A String" de Sandie Shaw, e "Esta Lisboa Que Eu Amo". Lança também o disco "A Voz E Os Êxitos" que inclui uma versão de "Yesterday" dos Beatles, entre outros temas.

Amália Rodrigues inicia uma temporada no Olympia, em França, como primeira figura do espectáculo "Grand Gala du Music-Hall Portugais", inteiramente composto por um elenco português. Simone de Oliveira é um dos nomes convidados ao lado do Duo Ouro Negro, Carlos Paredes, entre outros.

Concorre ao Grande Prémio TV da Canção de 1968 com os temas "Canção Ao Meu Piano Velho" e "Dentro de Outro Mundo".

É editado um EP com os temas "Viva O Amor", "Nos Meus Braços Outra Vez", "Quando Me Enamoro" e "Para Cada Um Sua Canção" e outro com os temas "Cantiga de Amor", "Amanhã Serás O Sol" e "Não Te Peço Palavras".

Lança um disco com os temas "Aqueles Dias Felizes", "Pingos de Chuva" e "Fúria de Viver".

Vence o Festival RTP da Canção de 1969 com "Desfolhada Portuguesa", da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes. Perde a voz, um incidente que se prolongará por cerca de dois anos. Nesta fase aceita tudo o que lhe oferecem para sobreviver. Desde o jornalismo, à rádio, à locução de continuidade ou à apresentação do concurso das Misses de Portugal e de espectáculos no casino da Figueira da Foz.

Recupera do problema que lhe tinha afectado as cordas vocais: a voz era mais grave, mas podia continuar a cantar. Grava um EP com temas de José Cid. O tema principal é "Glória, Glória Aleluia" que Tonicha levou ao 1º Festival da OTI.

Participa no Festival RTP da Canção de 1973 com "Apenas O Meu Povo".

A sua carreira estava marcada por músicas e letras compostas por autores de qualidade, muitos deles anti-fascistas. Isso ajuda a que, após o 25 de Abril de 1974, continue a sua carreira e participe em revistas como "P'ra Trás Mija a Burra".

Em 1977 é convidada para participar no espectáculo do Jubileu de Isabel II de Inglaterra.

Vence o 1º prémio de interpretação do Festival da Nova canção de Lisboa, de 1979, com "Sempre Que Tu Vens É Primavera".

Em 1980 representa Portugal no Festival da OTI, em Buenos Aires, com "Á Tua Espera". Durante os ensaios a orquestra levantou-se para a aplaudir. Arrecadaria o prémio de interpretação do Festival Ibero-Americano da Canção.
O álbum "Simone" é editado em 1981. Para este disco grava "Á Tua Espera" e "Quero-te Agradecer", da dupla Tozé Brito e Pedro Brito, e temas de António Sala ("Auto-retrato"), Paulo de Carvalho ("Canção") e Varela Silva ("Espectáculo"). Outros temas são as versões de "Pela Luz Dos Olhos Teus" de Vinicius de Morais e Tom Jobim e "Il S'en Va Mon Garçon" de Gilbert Bécaud. Anteriormente já gravara temas como "Reste" e "C'est Triste Venice".

No teatro faz de "Genoveva" na peça "Tragédia da Rua das Flores" baseada na obra homónima de Eça de Queirós. Participa também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP onde contracena com nomes como Nicolau Breyner e Amélia Rey Colaço.

Comemora as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone".

O disco "Simone, Mulher, Guitarra", editado em 1984, é uma incursão da cantora no fado, com produção de Carlos do Carmo. Cinco dos temas pertencem a José Carlos Ary dos Santos e os restantes são de Luís de Camões ("Alma Minha Gentil Que Te partiste"), Fernando Pessoa ("Quadras"), Cecília Meireles ("Canção"), Florbela Espanca ("Amiga, Noiva, Irmã") e Miguel Torga ("Prece").


Em 1988 apresenta o programa de televisão "Piano Bar" da RTP.

Faz parte do elenco do musical "Passa por Mim no Rossio" (1991).

Em 1992 é editado o álbum "Algumas Canções do Meu Caminho". Apresenta este espectáculo ao vivo no Teatro Nacional S. João, TEC e no Funchal.

Filipe La Féria convida Simone para "Maldita Cocaína" de 1993.

Em 1997 celebra os seus 40 anos de carreira com um espectáculo na Aula Magna, de Lisboa. É lançado o duplo CD "Simone Me Confesso". O espectáculo "Simone Me Confesso" é apresentado na Expo-98.

O álbum "Mátria" de Paulo de Carvalho, editado em 1999, com letras de várias mulheres portuguesas, inclui um tema com letra de Simone.

Em 2000, Simone de Oliveira participa no tema "Sem Plano" dos Cool Hipnoise. O convite surgiu após se terem conhecido em Beja, numa comemoração do dia mundial do livro.

"Kantigamente" é o nome do espectáculo apresentado no São Luís, com produção de Fátima Bernardo (Casa das Artes). Os discos "Simone" e "Simone - Mulher, Guitarra" foram reeditados, em Abril de 2003, pela Universal. Em Julho de 2003 é editado o livro "Um País Chamado Simone" (Garrido Editores) do jornalista Nuno Trinta de Sá. Trata-se da segunda Biografia depois de "Eu Simone Me Confesso" de Rita Olivais.

Em 2003 lança o livro "Nunca Ninguém Sabe" (Publ. D. Quixote )onde relata a sua luta contra o cancro da mama.


Simone grava um CD e um DVD, ambos com o nome "Intimidades", que registam dois dias de espectáculos ao vivo, no Fórum Cultural do Seixal, acompanhada por José Marinho (piano) e Andrzej Michalczyk (violoncelo).

No ano 2008 Simone integra o elenco da nova versão de Vila Faia na RTP, onde vai encarnar Efigénia dos Santos Marques Vila, papel que na versão anterior era desempenhado pela actriz Mariana Rey Monteiro.

Simone de Oliveira tem dois filhos, Maria Eduarda e António Pedro. Recebeu vários Prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio Pozal Domingues. Foi condecorada com a Grande Ordem do Infante.




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As personalidades artísticas não são muito frequentes. Artistas sim, mas personalidades... é outra coisa.
Personalidade nunca faltou a Simone de Oliveira. Um temperamento marcado, inequivocamente, pelo excesso: excesso de talento, de vontade, de querer. Excesso de expressão e de paixão. Dela poderá dizer-se o que de muito poucos se disse: É uma daquelas pessoas maiores do que a vida.
Iniciando bastante nova uma carreira de cantora, fatalmente marcada pelo Centro de Formação dos Artistas da Rádio de Motta Pereira, Simone vai revelar, ainda rapariga, uma intesidade interpretativa que imediatamente a distinguiu das restantes vozes femininas da época.
O seu repertório de cançonetista não fugirá, nesses primeiros anos de carreira, aos estereótipos criativos dos compositores consagrados da época. Desses tempos iniciais guardam-se vivas memórias de prémios e consagrações sucessivos, e de uma mediática rivalidade (tão real quanto encenada) com Madalena Iglésias.
Mas Simone, a inquieta Simone, quererá sempre mais da sua arte. Por sua iniciativa (e pela iniciativa dos que nela viram a intérprete de excepção) vai procurar cada vez melhores compositores e letristas.
Aproximou-se, assim, dos grandes nomes que despontavam, numa clara linha de oposição ao Regime. Com Desfolhada, de Ary dos Santos e Nazareth Fernandes, Simone fará história: história da música popular urbana, é claro. Mas, também, a história das mentalidades.
Como nos arquétipos clássicos, o excesso conduziu à tragédia. Simone fica sem voz. Mas, como a Fénix, renascerá com uma voz nova, mais profunda. Com ela vai partir à conquista de públicos renovados e ganhará desafios só ao alcance dos eleitos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Algumas de minhas amigas!

"SONHAR"



Sonhar...



Ao amanhecer, que prazer em te ver...

durante o dia, como sorria eu te queria

na tardinha, eu tinha só uma fitinha...
A noite, escureceu, desapareceu, como doeu...
sentei, chorei, demorei e não te segurei...

Na madrugada...
sem enxurrada, era demorada!
Sonolento, sem vento, o barulho do cata-vento.,.
Assustei, despertei, quando olhei, parei!
Era luar!
Vi tu lá, com as estrelas a faiscar...
Daqui, eu fui lá...
Sempre a voar, nada de chegar...
Era um sonho, não podia te alcançar!

Mas...namorar,
se amar...
Poder sonhar!
(kadu vaqueiro)

Inconteste




Se é óbvio e inconteste que Deus existe e criou o universo, por que tanta divergência e disparidades de opiniões , religiões , seitas e facções religiosas degladiando-se, até quando? deveriamos ser serenos , pacíficos e cordatos e marcharmos em uníssono passos e pensamentos para a terra prometida e ponto final, ou o divino diverte-se com a dialética provocada por sua onipresença?



Norberto P. Jardim


Professor de Sociologia aposentado.
Pós graduado em Psicopedagogia.
Pedagogo

"ÁGUA E AZEITE"



ÁGUA E AZEITE


Quando tudo se perdeu
e a Rosa feneceu?
Não importa, amor meu:
o mar continua ali!
Sim...este mar azul e imenso que vinha carinhoso beijar nossos pés, nas manhãs...lembra?
Companheiro de tantas conversas!
Mas,assim como as ondas do mar vão e vêm, os sentimentos, coisas e pessoas, também vêm e vão.
Somos diferentes "amor meu" como a água e o azeite. Eu fico à parte, observando a vida... você fica dentro do redemoinho do viver e assim não nos encontramos.E eu quero seguir o meu caminho,assim, do meu jeito. Minha marcha é mais lenta, porém permanente: eu páro e sigo para ver e pensar e tirar minhas conclusões. Você passa como um cometa, numa velocidade que não lhe permite enxergar melhor. Água e Azeite. Sol e Lua. Cada um com natureza e objetivos diferentes. Direções opostas...
Mas, o mar está ali!
Azul e imenso, a levar e trazer vida.
Se tudo se perdeu...
(e sabe-se que nada se perde por completo, e sim se renova, se modifica...)
Se a Rosa feneceu,
Amor Meu!
Mais Rosas virão, nesse eterno ir e vir
das ondas da vida,
o mar da existência!

(JUDIT/NEFERTARI)

"Flores para Coimbra"




Flores para Coimbra


Que mil flores desabrochem. Que mil flores
(outras nenhumas) onde amores fenecem
que mil flores floresçam onde só dores
florescem.

Que mil flores desabrochem. Que mil espadas
(outras nenhumas não)
onde mil flores com espadas são cortadas
que mil espadas floresçam em cada mão.

Que mil espadas floresçam
onde só penas são.
Antes que amores feneçam
que mil flores desabrochem. E outras nenhumas não.

Manuel Alegre

"DE DORA DIMOLITSAS"



bom diaaaaaaa
que lindo está a
sexta feira com ares de maresia

A lua toda dourada
Ilumina o caminho

Seguirei na noite,
Unificada ao lugar.

Caminharei confiante
Equilibrando meus passos.

Ao olhar para trás
Sinto-me fortalecida
Pelo que de mim ficou.

Uma ponte iluminada
Parece suspensa
Levando-me ao infinito...

Dora Dimolitsas

"VIDA BANDIDA" por Marilene Teubner



Vida bandida

Na poesia e na musica!
Encontros
Amor
urgência
Sentimentos.


Na vida!
Desencontros
Sina
Luta constante
Aceitação
Esquecimento.

Marilene17/01/08

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

"ROSA BRAVA DO DESERTO" -LUIZA CAETANO




"ROSA BRAVA DO DESERTO"

Entre obscuras sementes
me ergo todos os dias!

Sou um rumor de animal
correndo à desfilada
entre a festa e a morte...

Aço em força fundido
vara que abana e não verga.

Interminável é o caminho
que todos os dias invento.

Às vezes sentas na sombra
oscilante dos meus dedos
neles bordas um carinho
em meu anel moribundo.


No calendário do mundo
Tombam folhas como lágrimas
- Tão longe o que já foi perto!

Eminente em meu peito
uma raíz ! Um deserto!
um poema cicatriz

em Rosa brava aberto

LuizaCaetano




Poema publicado em :

"ANTOLOGIA BRASILEIRA"

TÍTULO DO LIVRO:

MARES DIVERSOS! MAR DE VERSOS!

Editora Mar de Idéias Rio de Janeiro

domingo, 6 de janeiro de 2008

" PALAVRAS MORDIDAS "





"PALAVRAS MORDIDAS"

Palavras
incompreendidas
mordidas uma a uma
ombro a ombro hesitantes
na constelação da bruma

a incerteza é uma adaga
de vários gumes

ferindo o rasto
dos peixes luminosos

os marinheiros
alçam as velas

e as velhas vestidas de negro
te aguardam
nas janelas brancas
cortinadas de vento

Porém a sombra duma ave
se recorta incerta
no horizonte



Luiza Caetano

"VEM"


"V E M"

Vem,
dá-me a tua mão
ensina-me o riso
e a razão de existir

Ser
não é apenas viver
e a minha vibração
corre nas janelas
das tuas veias em festa!

Vem,
na sedução dos odores
da terra prometida

Não te imploro momentos
que a alma não partilhe
Apenas as tuas mãos
dedos de vento e saudades

Vem,
como fado destinado
asa do meu corpo alado
riscar o vazio
que
desesperadamente
te desenha

luizacaetano






FELIZ 2008!




A todas as amigas e amigos,que fazem parte de minha vida,o meu amor e a minha dedicação.

Que nossa amizade perdure!

VIVA A VERDADEIRA AMIZADE!